MICHEL TEMER RECEBE ORAÇÃO DE SILAS MALAFAIA PASTOR DESEJOU QUE DEUS DÊ SABEDORIA AO VICE-PRESIDENTE PARA GOVERNAR O PAÍS
A apertada agenda do vice-presidente Michel Temer na manhã desta quarta
(27) abriu espaço para um encontro com o pastor Silas Malafaia. O líder da Assembleia
de Deus Vitória em Cristo esteve em Brasília e orou com o peemedebista no
Palácio do Jaburu, de acordo com informações da Folha de SP. Com a crescente
possibilidade de assumir o país em meados de maio, quando o Senado votará o
pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff, Temer tem andado ocupado.
Vem sendo procurado constantemente por políticos de praticamente todos os
partidos. Mas hoje teve um encontro diferente. Intermediada pelo o ex-candidato
a presidente pelo PSC, pastor Everaldo, a breve reunião de Silas com Temer
recebeu atenção da mídia, mas Malafaia não falou com a imprensa. “Na oração,
ele desejou que Deus dê sabedoria ao vice-presidente para que ele dirija a
nação para tirá-la do fundo do poço”, conta Everaldo. Para o presidente do PSC,
Dilma deveria “ter o mínimo de bom senso” e renunciar antes do plenário do
Senado Federal fazer sua votação, marcada para 11 de maio. Acrescentou ainda
que discorda de proposta de antecipação de eleição presidencial. “Isso seria um
golpe e não é previsto na Constituição Federal”, resumiu. O próprio Temer
chamou a ideia de “golpe”, que tem sido defendida por ministros e petistas como
uma maneira de minimizar o afastamento de Dilma por conta do crime de
responsabilidade. A aproximação de Malafaia e Temer parece natural após o
pastor ter defendido o vice-presidente e tentado acabar com boatos sobre ele
estar ligado a um grupo satanista. O
vice tem recebido apoio de vários membros da bancada evangélica, que vem
procurando Temer para fazer orações por ele. O deputado João Campos (PRB/GO),
presidente da Frente Parlamentar Evangélica relatou na semana passada: “Fizemos
uma oração por ele (Temer), para que, na hipótese de assumir a Presidência,
Deus o capacite e dê discernimento para tomar as decisões mais adequadas para o
País”. Embora evite falar abertamente sobre seu possível governo, o que tem
sido anunciado pela imprensa é que haveria uma reaproximação do Planalto com os
segmentos mais conservadores, após a “guerra ideológica” instituída pelos
governos petistas.
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