O AMOR: O MAIOR DE TODOS OS ARGUMENTOS JESUS NOS AMOU MAIS DO QUE SI MESMO. ELE NOS AMOU E A SI MESMO SE ENTREGOU POR NÓS – HERNANDES DIAS LOPES
“Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu
vos amei, que também vos ameis uns aos outros. Nisto conhecerão todos que sois
meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros” (Jo 13.34,35). Francis
Schaeffer definiu o amor como a apologética final, o argumento irresistível e
irrefutável. Jesus está no cenáculo, dando suas últimas instruções a seus
discípulos, quando falou para eles sobre esse novo mandamento. Três verdades
são aqui destacadas: Em primeiro lugar, o amor é o maior de todos os argumentos
pela sua natureza. “Novo mandamento vos dou…”. Amar ao próximo era um
mandamento antigo. Era a própria essência da lei de Deus e o seu cabal
cumprimento. Porém, Jesus fala de um novo mandamento, porque trata do amor sob
uma nova perspectiva. A lei ensinava a amar o próximo como a si mesmo, mas aqui
Jesus vai além e fala de um amor transcendente, que ultrapassa a fronteira do
amor próprio. Esse novo mandamento fala de um amor que ninguém conhecia até
então e ninguém podia praticá-lo senão pelo poder de Jesus e pela influência de
seu exemplo. Não se trata do amor natural pelo próximo nem do amor que existe
entre os membros de uma família. Esse amor é totalmente novo e, por isso, sua
prática consiste na obediência de um novo mandamento. Em segundo lugar, o amor
é o maior de todos os argumentos pelo seu exemplo. “… que vos ameis uns aos
outros; assim como eu vos amei…”. Até então o homem conhecia o amor ao próximo
como a si mesmo. Esse amor tinha limites e era regulado pelo amor a si mesmo.
Jesus, porém, nos amou mais do que si mesmo. Ele nos amou e a si mesmo se
entregou por nós. Ele nos amou e deixou a glória para habitar entre nós. Ele
nos amou e vestiu pele humana e calçou as sandálias da humildade para
servir-nos. Ele nos amou e andou por toda a parte fazendo o bem, libertando
todos os oprimidos do diabo. Ele nos amou e por nós foi perseguido, traído e
torturado. Ele nos amou e levou sobre si os nossos pecados, não levando em
conta a ignomínia da cruz, pela alegria que lhe estava proposta. Ele nos amou e
suportou morte e morte de cruz para nos dar a vida eterna. Ele nos amou se fez
pecado por nós, para que nós fôssemos justificados. Ele nos amou e foi feito
maldição por nós para que nós fôssemos benditos eternamente. Se ele nos amou e
deu sua vida por nós, o amor consiste em amarmos aos nossos irmãos e darmos
nossa vida por eles (1Jo 3.16). Em terceiro lugar, o amor é o maior de todos os
argumentos pelo seu resultado. “Nisto conhecerão todos que sois meus
discípulos: se tiverdes amor uns aos outros”. O amor vivido entre os irmãos
transborda para além dessa fraternidade e alcança o mundo. O amor entre os
irmãos tem um profundo impacto evangelístico. Quando o mundo olha para nós e vê
o amor vivido mais do que o amor falado, precisa se curvar à realidade inegável
de que somos discípulos de Jesus, aquele que por amor, sendo Deus se fez homem,
sendo Senhor se fez servo, sendo rico se fez pobre. O amor é o sermão pregado
aos olhos. O discurso do amor impacta mais os corações do que carradas de
palavras desprovidas dele. O amor é a maior defesa do nosso discipulado. Não
somos conhecidos como discípulos de Jesus pelo nosso conhecimento nem mesmo
pelos nossos dons. Somos conhecidos como seus discípulos pelo amor. O amor é a
prova dos nove, o argumento mais poderoso, a apologética final. Aqueles que
amam nasceram de Deus, pois Deus é amor. Aqueles que amam são filhos da luz,
andam na luz e são luzeiros num mundo de trevas. Que o nosso amor uns pelos
outros seja a maior evidência da nossa fé e a nossa mais eloquente pregação aos
olhos do mundo.
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