COMEÇA O VII CONGRESSO DO PARTIDO DOS TRABALHADORES DA COREIA DO NORTE
Partido dos Trabalhadores da Coreia do Norte deu início nesta
sexta-feira, na capital Pyongyang, a seu VII Congresso, um importante evento
que não era realizado há 36 anos e no qual são esperadas decisões políticas e
econômicas que vão pautar o futuro do regime. O Congresso, presidido pelo líder Kim Jong-un e no qual participam
delegados do partido procedentes de todo o país durante três ou quatro dias,
começou na Casa da Cultura de 25 de abril, confirmou à Agência Efe uma fonte do
Ministério das Relações Exteriores na capital norte-coreana. O início do evento
esteve marcado pelo habitual sigilo das autoridades e dos veículos de imprensa
norte-coreanos, que sequer divulgaram o esperado discurso de abertura de Kim
Jong-un. Está previsto que a televisão estatal "KCTV" retransmita as
palavras do líder na noite local desta sexta-feira. Seu discurso é considerado
crucial para se conhecer a direção que será adotada a partir de agora pelo
Partido dos Trabalhadores, o principal órgão político do país. As autoridades
norte-coreanas não revelaram, por enquanto, a duração do evento, nem o número
de participantes, mas o regime se dedicou nos últimos meses à preparação do
Congresso, para o qual foram credenciados mais de 100 veículos de imprensa
estrangeiros. O último Congresso do Partido dos Trabalhadores da Coreia do
Norte aconteceu em 1980 quando o fundador do país e então líder Kim il-sung
anunciou que seu filho Kim Jong-il seria seu sucessor no cargo, o que deu
início à primeira dinastia comunista da história. O Congresso acontece em um
momento de alta tensão entre o regime norte-coreano e a comunidade
internacional, depois que Pyongyang realizou no início deste ano seu quarto
teste nuclear e o lançamento de um foguete espacial, o que é considerado um
teste de mísseis encoberto. Os especialistas acreditam que o Congresso servirá
para consolidar a liderança de Kim Jong-un, que chegou ao poder em 2011 com
menos de 30 anos. Também não está descartado que o líder anuncie em seu
esperado discurso as novas diretrizes econômicas do país, que neste momento
enfrenta duras sanções internacionais.
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