FLORES DE SÍRIA E NIGÉRIA REVELAM ISOLAMENTO DA COREIA DO NORTE
Líder da Coreia do Norte Kim Jong-un apenas recebeu flores dos
presidentes de Síria e Nigéria por ocasião do VII Congresso do Partido dos
Trabalhadores, informou neste sábado o jornal "Rodong Sinmun", o que
evidencia o isolamento vivido pelo regime comunista. Os presidentes da Síria, Bashar al Assad, e da Nigéria, Muhammadu
Buhari, foram os únicos líderes internacionais que parabenizaram desta maneira
o líder norte-coreano que, no entanto, foi presenteado com flores por todas as
delegações diplomáticas presentes no país e associações de amigos do regime no
exterior. O VII Congresso do Partido dos Trabalhadores de Coreia (PTC), que
acontece pela primeira vez desde 1980, começou ontem com a presença de mais de
3 mil delegados. Agora, no entanto, nenhuma delegação internacional viajou a
Pyongyang como em outras edições. O regime norte-coreano foi alvo da condenação
quase unânime da comunidade internacional desde que realizou em janeiro seu
quarto teste nuclear e, um mês depois, o lançamento de um foguete espacial, o
que a comunidade internacional considera um teste encoberto de mísseis
intercontinentais. Nem mesmo a China, um aliado histórico de Pyongyang, enviou
qualquer representante ao Congresso, que há 36 anos contou com a presença de
delegações internacionais de Pequim, Moscou e Havana. O "Rodong
Sinmun" detalhou hoje na página três de sua edição impressa que o
presidente da Síria enviou no dia 6 de maio uma cesta de flores a Kim Jong-un
através de seu embaixador na Coreia do Norte. "Enviamos a mais alta
felicitação e glória a sua excelência o marechal Kim Jong-un", detalhou o
jornal, que também relatou que o presidente de Uganda, Yoweri Museven,
parabenizou o líder, mas não enviou flores. Durante o discurso de abertura do
Congresso, feita a portas fechadas, Kim Jong-un elogiou os testes recentes,
nuclear e de mísseis, e assegurou que os mesmos promovem a dignidade e o poder
do país.
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