OS CRISTÃOS PRECISAM SER MAIS POLITIZADOS SE O CRISTÃO SE EXIMIR DE SUA PARTICIPAÇÃO POLÍTICA, ESTARÁ CEDENDO JARDAS AO INIMIGO, COLHENDO NO FUTURO AS CONSEQUÊNCIAS DESTES ATOS
Estamos debaixo de uma sobrecarga de política. Noticiários, jornais, sites, blogs e redes sociais evidenciam que o tema, antes tratado como chato e desinteressante pela maioria, ganhou a atenção de um público que, mesmo tardiamente, percebeu sua correlação com os outros aspectos da vida de uma nação e, por consequência, de cada cidadão.
Em climas assim, os chamados fla-flus são inevitáveis. O amigo petista quer escrever textão para o que curte Bolsonaro, o fã do Bolsonaro quer criticar o marineiro, e muitas conversas que começam pontuando divergências, se tornam discussões ferrenhas e muitas vezes agressivas.
Muitos estão surgindo com o remédio mais fácil: paremos de falar de política, paremos de abordar questões que suscitam discórdia, paremos de causar divisão.
Como quase sempre, a solução que surge muito simples não é necessariamente a correta.
Os cristãos precisam debater assuntos delicados com fundamento, respeito e civilidade, mas de maneira alguma abster-se da participação e do debate.
Começamos recentemente a ter uma representação mais atuante na política e pagamos um preço pesado por décadas de abandono deste espaço.
Somos um país de maioria conservadora, mas que não tem em seu congresso e em seus cargos majoritários representação equivalente, e a máxima de que “crente não se mete com política”, que vigorou por décadas, tem responsabilidade neste desequilíbrio.
Enquanto a igreja se absteve de ocupar o ambiente político, o vácuo deixado abriu espaço para uma agenda política progressista, que hoje se mantém forte, a despeito do crescimento da própria bancada evangélica.
Durante o período militar (1964-1985) a esquerda, sem poder de ação política, juntou esforços para a ocupação do ambiente acadêmico. Estamos, portanto, no exato período de exercício profissional dos formandos advindos desta ocupação.
As principais classes formadoras de opinião no Brasil, jornalistas e professores, são oriundos de cursos completamente dominados pela esquerda marxista, logo, há um desequilíbrio entre a real postura da sociedade (conservadora) e a manifestação nos espaços do debate de ideias (progressista).
Se o cristão se eximir de sua participação política, estará cedendo jardas ao inimigo, colhendo no futuro as consequências destes atos.
Não adianta depois querer culpar o diabo, por aquilo que decorre de termos sido relapsos!
Temos direito à participação política e acesso ao debate. Cristãos engajados em defesa do conservadorismo são uma base firme contra os avanços da esquerda.
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