"SEMPRE SONHEI EM CASAR DIANTE DE DEUS", DIZ CRISTÃ INTERNADA COM CÂNCER MESMO COM TODO AMPARO, OS EXAMES DE IMAGEM MOSTRAM QUE A DOENÇA JÁ ATINGIU OUTROS ÓRGÃOS. MESMO SEM TER CONDIÇÕES DE ANDAR, ELA MANTINHA FIRME O DESEJO DE CASAR NO RELIGIOSO
Sandra Raquel Nogueira Pereira, uma manicure e diarista de 36 anos foi diagnosticada com neoplasia no colo de útero em setembro de 2015. Uma dor no útero a fez buscar um médico e para a sua surpresa e de sua família, ela descobriu um mal maior. Apesar de uma vida de lutas, conquistas e perdas, ela nunca perdeu a esperança de ter os sonhos realizados. Hoje ela se encontra internada, mas mesmo assim, depois de 16 anos de casada no civil, ela teve seu casamento religioso. O local da cerimônia foi o Hospital Regional do Cariri (HCR).
Internada há cerca de dois meses no HCR da rede pública do Governo do Estado do Ceará, em Juazeiro do Norte, lá Raquel tem acesso aos cuidados dos profissionais para aliviar suas dores.
Mesmo com todo amparo, os exames de imagem mostram que a doença já atingiu outros órgãos. Mesmo sem ter condições de andar, ela mantinha firme o desejo de casar no religioso.
A situação de Raquel é bastante complicada, mas ainda assim ela e Sérgio, seu companheiro, decidiram casar dentro do HRC. “Sempre sonhei em casar diante de Deus. Eu e meu marido estamos juntos há 16 anos, casamos no cartório, mas como toda mulher, não me sentia completa sem ter a bênção de Deus, que é quem me dá forças para suportar o que venho enfrentando.
Já até tínhamos pensado sobre o assunto, mas com pouco dinheiro e muita coisa para fazer, o sonho sempre era adiado. Agora, vou casar com o Sérgio e ter a certeza de que Deus está nos abençoando”, disse.
A cerimônia acabou envolvendo toda a equipe que faz seu acompanhamento, de médicos, enfermeiros, assistentes sociais e diretores do hospital. Para isso, foram doados o vestido, o bolo e as alianças.
Ticiane Oliveira, assistente social do hospital que esteve à frente dos preparativos, pontua a importância desse momento de humanização para com a paciente e também toda a família. “Num momento de dor como esse, de sofrimento, a pessoa ainda tem forças para sonhar, por ter Deus ao seu lado. E como uma das premissas do hospital é a humanização, não tínhamos como deixar essa história, ímpar, passar despercebida”, disse.
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