AS PEDRAS VIRTUAIS POR CLAUDIO SANTOS
O livro de João conta uma história que nos revela uma das maiores
lições da humanidade. É um acontecimento muito interessante porque é muito
semelhante ao que temos assistido nas redes sociais dos dias de hoje. O que
mais acontece nos dias de hoje é gente atirando pedra na cabeça dos
“pecadores”. Há muitos guerreiros cibernéticos atacando nas redes sociais. Como
se não bastasse perder tanto tempo com guerrinhas (acusações), muitos destes
batalhadores das teclas, também são doutores e juízes. Neste universo, onde as
pessoas podem se esconder por detrás das teclas, acusações e juízos temerários
diretos, e, sobretudo “indiretos” é o que não faltam. Na lição de hoje,
descrita em João 8, logo abaixo, veremos Jesus sendo testado acerca de uma
acusação induzida pela ética e pela moral daquele povo judeu de sua época. Ele
estava no Monte das Oliveiras. O povo, segundo as suas crenças, na forma da Lei
daquele tempo, respaldados numa Aliança Antiga (AA), chegou arrastando uma
vítima em potencial, alguém que houvera pecado, era o dilema de uma mulher
adúltera. Acontece que os acusadores levaram a pecadora para o juiz certo. Era
chegada a ordem de uma Nova Aliança (AA), que introduzia na vida da humanidade
uma troca que mudaria o mundo para sempre: a troca do ódio pelo amor. Enquanto
Jesus pesava o pensamento dos julgadores que esperavam só um aceno de cabeça
para despejar na vítima todo o acúmulo de ódio para matar aquela mulher, o
Mestre escrevia no chão. Vejamos o texto: (…) Pela manhã cedo tornou para o
templo, e todo o povo vinha ter com ele, e, assentando-se, os ensinava. 3 E os escribas e fariseus trouxeram-lhe uma
mulher apanhada em adultério; 4 E,
pondo-a no meio, disseram-lhe: Mestre, esta mulher foi apanhada, no próprio
ato, adulterando. 5 E na lei nos mandou
Moisés que as tais sejam apedrejadas. Tu, pois, que dizes? 6 Isto diziam eles, tentando-o, para que
tivessem de que o acusar. Mas Jesus, inclinando-se, escrevia com o dedo na
terra. (…) Vamos dar um tempo aqui para meditarmos um pouco. As pessoas iam até
o templo para ver a Jesus e conversar com Ele. Jesus respondia pacientemente as
pessoas, ensinava-os acerca das Boas Novas do Reino de Deus. Seria possível
imaginar os olhos daquelas pessoas. Olhos bem abertos, ouvidos atentos, sem
nenhuma arma na mão ou na mente. Pessoas que estavam tranquilas e atentas em
saber mais e mais das coisas espirituais se assentavam no templo diante Daquele
que falava sobre a vida abundante. Pessoas que buscavam a alegria, a esperança,
o amor. Quando, de repente, chega um outro grupo. Eles estavam nervosos, muito
agitados, pareciam acusar alguém. Não estavam interessados naquela conversa de
amor e compaixão, etc. O assunto agora havia de ser arrogantemente interrompido
para dar lugar a outro assunto, o ódio, a vingança e ao maquiavelismo. Eles
estavam armados. As suas armas eram pedras. Eles pareciam estar cheios da razão
e da autoridade. Esse pequeno grupo tinha a liderança de influentes doutores da
lei. Daria para imaginar o rosto de cada um daqueles que tinham pedras na mão?
Testas franzidas, olhos avermelhados, dedos indicadores rígidos e com direção certa
para o alvo. Algo semelhante nos dias de hoje, é mera coincidência? Será que as
pessoas estão usando as redes sociais de forma que lembra um pouco esta
história, lembra também um pouco do ocorrido em 1987, “guerra de pedras” que
ficou mundialmente conhecida como Intifada انتفاضة (em
hebraico: אינתיפאדה —também conhecido como Intefadah ou
Intifadah—. Do árabe انتفض: “agitação; levantamento,
ou levante, em português brasileiro; revolta”). A guerra das pedras. Já parou
para pensar quantas guerras de pedras têm sido travadas nas redes. Pessoas se
acusando de tudo, gerando discórdias, intrigas, dissensões e facções. Se
ocorrido dentro do corpo de Cristo (a igreja), não há como não deixar de
comparar como uma verdadeira intifadas virtuais infantis, uma guerrinha de
teclas inúteis, pois a nossa guerra não é contra a carne ou sangue, mas sim
contra principados e dominadores deste mundo tenebroso. Porque não temos que
lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as
potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes
espirituais da maldade, nos lugares celestiais. (Efésios 6:12) Contra QUEM você
há de lutar no seu próximo acesso à internet, na sua rede social? Muito bem,
vamos voltar ao texto, a partir do versículo 7: 7 (…) E, como insistissem, perguntando-lhe,
endireitou-se, e disse-lhes: Aquele que de entre vós está sem pecado seja o
primeiro que atire pedra contra ela. 8
E, tornando a inclinar-se, escrevia na terra. 9 Quando ouviram isto, redargüidos da consciência,
saíram um a um, a começar pelos mais velhos até aos últimos; ficou só Jesus e a
mulher que estava no meio. Vamos refletir um pouquinho aqui também. Os
agressores exigiam testar a inteligência de Jesus, seria importante para os
escribas e fariseus induzir o “Rei dos Judeus” ao erro??. Não consigo imaginar
o que Jesus escrevia ali no chão. Isso é irrelevante agora, mas dá para
imaginar Jesus, preparado para dar a sentença desde a primeira vez que se
desinteressou pelas acusações que estavam chegando ali. O Mestre havia sido
interrompido de algo tão importante, ele estava falando de mudanças de
comportamento no corpo, na alma, e no espírito. Seria, porém, uma grande chance
de dar-lhes nova lição. Mas, uma lição de amor para ambas as partes. Então,
como o Juiz que os acusadores esperavam, logo deu a sentença: “Quem não tiver
pecado que passe a atirar a primeira pedra”. O que os escribas, fariseus e
outros acusadores ali não esperavam era que a sentença funcionasse para os dois
lados. As duas partes tiveram a justiça de seus próprios atos. Por isso, o
ensino de hoje para todos aqueles que acusam e compartilham acusações: chegou o
dia da verdade. Quem não tiver pecado que continue acusando o pecado dos outros
nas redes sociais. Lá no livro de lamentações, o profeta ensina que o homem não
deveria viver murmurando, se queixando, gerando rixas, etc. Se tiver que se
queixar, reclame de seus próprios pecados. (Lm. 3.39). Se todos os pecadores
tivessem que morrer apedrejados por seus erros. Os seres humanos seriam exterminados
da terra. A terra seria maldita. Mas, Deus é bom! As misericórdias do Senhor
são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim;
(Lm. 3:22) Foi exatamente por isso o que Jesus fez, ele transferiu a
responsabilidade do pecado e o peso desta maldição para Ele mesmo lá naquele
Cruz. Ninguém poderá assumir esta responsabilidade. Descansa Nele! 10 E, endireitando-se Jesus, e não vendo ninguém
mais do que a mulher, disse-lhe: Mulher, onde estão aqueles teus acusadores?
Ninguém te condenou? 11 E ela disse:
Ninguém, Senhor. E disse-lhe Jesus: Nem eu também te condeno; vai-te, e não
peques mais. Uma outra lição que tiramos deste texto é que Jesus não é acusador
de ninguém, mas sim, o Advogado. Ele não
acusou a pecadora, mas reconheceu no pecado dela a chance de levá-la ao
arrependimento através do amor e da compaixão. Jesus falou depois àqueles que
acusavam a mulher que eles julgavam segundo a carne; Mas, Jesus a ninguém
julga. E, se na verdade Ele julga, o
juízo Dele é verdadeiro, porque não julga sozinho, mas com o Pai que o enviou.
(Na lei de Moisés está também escrito que o testemunho de dois homens é
verdadeiro, João 8:17). Veja bem, você que não acredita em Deus, nem na Sua
Palavra, observe que o pecado não está fora de você, mas dentro de você. Cabe a
você dominá-lo. “Se bem fizeres, não é certo que serás
aceito? E se não fizeres bem, o pecado jaz à porta, e sobre ti será o seu
desejo, mas sobre ele deves dominar” (Gen. 4:7). E, para você que já é cristão,
ai vão uns bons conselhos também, escrito pelo Apóstolo Paulo aos Efésios 4: 24 E vos revistais do novo homem, que segundo
Deus é criado em verdadeira justiça e santidade. 25 Por isso deixai a mentira, e falai a verdade
cada um com o seu próximo; porque somos membros uns dos outros. “Não saia da vossa tecla nenhuma palavra torpe, mas só a que
for boa para promover a edificação, para que dê graça aos que a ouvem. (Ef.
4:29). Se desejamos mudança “na vida dos outros” é necessário que haja mudança
primeiramente dentro de nós, de repente, pode ser apenas ignorância, mas
também, quem, sabe, um preconceito. Lembre-se a Bíblia NÃO é só para OS OUTROS,
a Bíblia é para VOCÊ também!! É como a figura de destaque deste artigo. Não
devemos ser pedras de tropeço, mas devemos ser removedores das pedras que
tropeçam! Agora vá e não peques mais!! Até a próxima!
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