FRANCESA CONTA COMO O ESTADO ISLÂMICO A CONVENCEU RAPARIGA CONVERTIDA AO ISLÃO É UMA DAS MAIS JOVENS A INTEGRAR O PROGRAMA FRANCÊS DE DESRADICALIZAÇÃO
Não se sabe o nome, nem a idade, apenas que é francesa, que se
converteu ao Islão para se juntar ao Estado Islâmico e que é uma das mais
jovens a integrar o programa nacional de desradicalização. A história é contada pela própria, Joanna,
nome fictício, em entrevista à CNN em Paris. Uma história que espera que seja
suficiente para convencer muitas outras jovens a não seguirem o mesmo caminho. Diz que foi aliciada por uma mulher
“diretamente envolvida nos atentados de Paris” de 13 de novembro, que a queria
levar para a Síria. Foi captada pelas redes sociais, não sabe como a mulher
chegou até si, mas deixou-se levar pelas palavras certas que confortaram a sua
vulnerabilidade. E, quando deu por isso, converteu-se ao Islão. Mas teve sorte.
A mãe descobriu, avisou as autoridades e a polícia conseguiu chegar a tempo.
“Joanna” é uma das mais jovens a cumprir o programa nacional de
desradicalização, que implica ainda que se tenha de apresentar diariamente na
esquadra. Com esta “confissão” à CNN,
quer apenas “abrir os olhos” a raparigas como ela, vulneráveis, incompreendidas
e, por isso, alvos fáceis para quem sabe ter uma palavra de conforto. “Eu
recebia imensas mensagens deles, estava constantemente em contacto. Eles davam
sentido à minha vida, faziam-me pensar que tinha um papel importante nesta
vida. Eu realmente senti-me amada, até mais do que pela minha família”, contou.
“Joanna” cortou todos os contactos com os recrutadores do EI e nem telefone tem
já para não se sentir tentada a restabelecer o contacto. “Diziam-me que a minha
família iria rejeitar-me, deixar de me amar, e que os únicos que me amariam
seriam os meus irmãos e irmãs do Islão. Depois, quando havia um problema
familiar era inevitável recorrer a eles. (...) Não passou de manipulação e,
infelizmente, eu caí na armadilha", assumiu.
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