“JARDIM DO ÉDEN” TORNA-SE PATRIMÔNIO MUNDIAL LOCAL TAMBÉM É CONHECIDO COMO PÂNTANOS CHIBAYISH
Ao longo de séculos, a zona úmida no sudeste do Iraque foi chamada de
Jardim do Éden por se aproximar muito do relato bíblico de onde viveram Adão e
Eva. A região foi quase completamente drenada durante o governo de Saddam
Hussein e estava em vias de desaparecer. Contudo, agora tornou-se um patrimônio
mundial da UNESCO. Alimentadas pelos rios Tigre e Eufrates eles também são chamados de
Pântanos da Mesopotâmia e abrigam grande variedade de fauna, em especial aves
selvagens que migram da Sibéria todos os anos. Por entender que seus habitantes
traíram o governo durante a guerra contra o Irã (1980-1988), o ex-ditador
Saddam Hussein mandou drenar os pântanos na década de 1990. Após ser derrubado
do governo, em 2003, os moradores da área destruíram muitas das barragens e as
agências ambientais estrangeiras ajudaram a levar a vida de volta para os
pântanos. Na década de 1970, eles cobriam uma área de cerca de 9.000
quilômetros quadrados. Mas com a drenagem, até 2002 ficou reduzido a apenas 760
quilômetros quadrados. Aos poucos vem se recuperando. Existem vestígios de
antigas civilizações que habitaram o local, mas nenhum tipo de comprovação que
o ligue ao relato bíblico, o qual menciona os rios que alimentam a bacia. Próximos
da fronteira com o Irã, a região pantaneira tem abrigado por milênios uma
população majoritariamente árabe. O
primeiro-ministro iraquiano Haider al-Abadi, elogiou a decisão da UNESCO, que
segundo ele “coincide com as consecutivas vitórias militares na guerra contra o
Estado Islâmico”. A expectativa é que a paz seja restabelecida na região e
volte a atrair turistas. Os militantes do EI dominam uma ampla área no norte do
Iraque, que inclui alguns importantes sítios arqueológicos. Com informações
Huffington Post
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