MUÇULMANOS SÃO PRESOS POR ATEAR FOGO EM CASAS DE CRISTÃOS NO EGITO A PERSEGUIÇÃO DOS CRISTÃOS TEM AUMENTADO NO EGITO DESDE O ANO PASSADO, COM ATAQUES QUE ESTÃO SENDO RELATADOS TAMBÉM EM OUTRAS ALDEIAS. ALÉM DAS CASAS, FOI INCENDIADO UM BERÇÁRIO
Pelo menos 15 muçulmanos foram detidos na aldeia egípcia de Abu Yacoub
no último sábado (16) por incendiar casas de cristãos coptas e um berçário.
Eles alegaram temer que as casas fossem usadas como locais de culto. A
perseguição dos cristãos tem aumentado no Egito desde o ano passado, com
ataques que estão sendo relatados também em outras aldeias. Os coptas são um
grupo étnico-religioso situado no Norte de África e no Oriente Médio,
principalmente na área do Egito moderno, onde está a maior denominação cristã.
Eles também são a maior denominação cristã no Sudão e Líbia. A “Ahram Online”
informou que cinco edifícios, juntamente com um berçário, foram atacados e
incendiados na sexta-feira pelo grupo de muçulmanos que erroneamente acreditava
que as casas seriam usadas como locais para que fossem realizados cultos pelos
cristãos. O Ministério que lida com a filantropia local, enviou representantes
para Minya para conversar com os moradores locais e obter respostas sobre o
ataque incendiário. Outro objetivo dos representantes era evitar a violência e
em vez disso, incentivar a escolha "do amor e da cooperação". O
berçário e a “Casa Familiar Egípcia” foram fundados pelo primeiro-ministro
Essam Sharaf em 2011 como um meio de promover a união religiosa. O jornal “Al
Hayat” disse que a delegação do Ministério vai buscar encontrar soluções
permanentes para acalmar a aldeia e restaurar a paz entre as populações muçulmana
e cristã. Outro caso de incêndio: No início de Julho, cerca de 300 muçulmanos
queimaram quatro casas na aldeia Kom El Loofy em Samalout, no norte do Egito. E
mais uma vez o motivo alegado foi de que eles acreditavam que os cristãos
pretendiam construir ali, uma igreja. Grupos de vigilância contra a perseguição
aos cristãos, como a “Christian Solidarity Worldwide”, se manifestaram
fortemente contra ataques a cristãos e o incêndio de casas. "O incêndio de
casas no Kom El Loofy ressalta mais uma vez a necessidade urgente da Câmara dos
Representantes do Egito para promulgar uma lei que regulamenta a construção e a
reforma de casas de culto de uma forma que garanta o direito de culto dos
cristãos em comunidade com outros", disse Kiri Kankhwende, assessor de imprensa
da CSW após o ataque em Kom El Loofy. "Nós condenamos a imposição de
reuniões de reconciliação como um substituto para o estado de direito, porque
eles impõem condições injustas e muitas vezes inconstitucionais sobre as
vítimas da violência e perpetuam a impunidade dos que atacam. A regra deve ser
acolhida e deve incluir serviços de segurança em todo o país, sem discriminação
por causa da religião", acrescentou.
Nenhum comentário
Postar um comentário