O QUE O CESSAR-FOGO NA COLÔMBIA SIGNIFICA PARA OS CRISTÃOS A BASE DA PORTAS ABERTAS NA COLÔMBIA SE PRONUNCIOU A RESPEITO DO ACORDO DE PAZ ENTRE O GOVERNO COLOMBIANO E AS FARC, ANUNCIADO RECENTEMENTE
Depois de 52 anos de conflito e quase 4 de negociações de paz, o
governo colombiano e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc)
acordaram um cessar-fogo bilateral. Muitas dúvidas se criaram mundialmente sobre
a implementação do acordo. Espera-se que o documento oficial seja assinado em
julho, mas de qualquer forma, os dois lados afirmaram que a decisão não tem
volta. O conflito de meio século,
considerado um dos mais longos do mundo, marcou gerações e deixou mais de 220
mil mortos. Os combates também obrigaram milhões de campesinos a se deslocar
desde o início das hostilidades, em 1964. A Colômbia ocupa este ano a 46ª
posição na Classificação da Perseguição Religiosa. Muitas são as notícias sobre
violência e perseguição religiosa envolvendo grupos armados como as Farc na
Colômbia. Como mostram as matérias Família cristã é ameaçada e agora vive
escondida e Líderes religiosos negociam resgate de seus próprios filhos. Os desafios da Igreja Perseguida continuam: A
base da Portas Abertas na Colômbia se pronunciou sobre a importância do acordo
para a igreja. Segundo eles, esse é um momento de colocar estratégias em ação
para responder aos desafios que se apresentam. Muitos cristãos pagaram o preço
de viver para Cristo no meio de uma guerra irregular que ultrapassou o número
de 6 milhões de vítimas. Os filhos dos pastores assassinados, suas mulheres e
muitos outros estão vivendo o pós-conflito e pedem que sejam ouvidos e que os
mártires da igreja não sejam apagados da memória do país. Na Colômbia, não há
proteção do Estado a um religioso que é ameaçado por exercer sua fé, por isso o
reconhecimento que há Igreja Perseguida é um dos desafios. A Portas Abertas não
só tem trabalhado com o programa de atendimento pós-trauma e discipulado para
ex-combatentes desde 2015, mas também com o escritório dos Direitos Humanos.
Audiências em diferentes cidades colombianas a fim de levantar pontos de
discussão sobre os direitos humanos e necessidades dos cristãos têm sido
realizadas. O apoio da ONU e do Ministério do Interior do país para que a
igreja seja tratada com igualdade no aspecto internacional humanitário, legal e
prático também tem sido buscado. Além
disso, debates sobre a liberdade religiosa em territórios indígenas estão acontecendo.
Líderes e pastores têm recebido treinamento em questões pós-traumas com base
nas Escrituras e hoje são facilitadores de processos de reconciliação formais
em suas regiões. Ainda é muito cedo para dizer que o acordo representa para os
cristãos perseguidos, pois há muitas indecisões no processo. A Portas Abertas
na Colômbia está trabalhando com o objetivo de responder às necessidades da
Igreja Perseguida, se preocupando com sua restauração. É muito provável que a
perseguição religiosa continue por outros grupos armados ilegais. O que os
cristãos colombianos pedem é a sua oração para o processo resultar em bons
frutos.
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