SESSÃO DO IMPEACHMENT NO SENADO BRASILEIRO OUVE PRESIDENTE afastada NESTA SEGUNDA
A presidente afastada Dilma Rousseff discursou na manhã desta
segunda-feira (29) no Senado durante a fase final do processo de impeachment.
Ela é acusada de ter editado em 2015 decretos de crédito suplementar sem
autorização do Congresso e também de ter usado dinheiro de bancos federais em
programas do Tesouro [as chamadas pedaladas fiscais]. A petista foi afastada da
presidência da República pelo Senado há mais de 100 dias, e assumiu
interinamente Michel Temer. Na sessão
história desta segunda, Dilma também responde a perguntas dos senadores. Cada
parlamentar terá até cinco minutos para fazer perguntas. O tempo de resposta de
Dilma é livre e não será permitida réplica e tréplica. Dilma também poderá
deixar de responder às indagações dos parlamentares. Mais da metade dos 81
senadores já se inscreveram para questionar Dilma. Na última semana, o Senado
ouviu os depoimentos das testemunhas de defesa e de acusação do processo.
Comanda as sessões o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo
Lewandowski. A sessão do Senado é acompanhada no plenário por cerca de 30
convidados de Dilma. Entre eles estão o ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva, o presidente do PT, Rui Falcão, do PDT, Carlos Lupi, vários ex-ministros
do governo, além de assessores e outras pessoas próximas. O presidente do
Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), colocou à disposição da acusação de Dilma o
mesmo número de cadeiras que disponibilizou para a petista. A expectativa é de
que a sessão se estenda até parte da noite. Os senadores que apoiam o
impeachment garantem que não haverá enfrentamentos, mas que irão fazer todos os
questionamentos. Eles entendem que o comparecimento da presidenta afastada ao
plenário não mudará os votos dos senadores. Os parlamentares contrários ao
impeachment, no entanto, acreditam que a fala dela vai mudar votos. O senador
Lindberg Farias (PT-RJ) disse que os aliados de Dilma estão depositando todas
as esperanças no depoimento. “Acho que vai ser um dia em que o Brasil vai
parar. Acho que a presidenta pode mostrar ao país que está sendo vítima de uma
injustiça e que não há crime de responsabilidade. Acho que é um dia que pode
virar o jogo”, afirmou.
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