CD DE BROTHER SIMION FOI GRAVADO COMO FORMA DE GRATIDÃO, DIZ PRODUTOR NETINHO, DA BANDA PATMUS, GRAVOU O DISCO DE BROTHER EM SEU ESTÚDIO, COMO AGRADECIMENTO PELO LEGADO DO ARTISTA
O álbum
Legado, do cantor e compositor paulista Brother Simion, não recebeu este título
por acaso. Segundo o guitarrista Netinho, líder da banda Patmus, a história do
disco, gravado por mais de um ano em São Paulo, é fruto da gratidão de vários
músicos e artistas pela importância de Simion na história da música cristã
brasileira. Em entrevista ao Super Gospel, o produtor contou a história que
envolve a gravação. Em 2014, Netinho e Simion se encontraram em um culto, e a
partir daquele reencontro iniciaram-se os primeiros registros do álbum Legado,
que marca a volta do músico ao meio fonográfico. A sua obra totalmente inédita
mais recente tinha sido lançada em 2004. “[…] no final deste culto, fui lá dar
um abraço nele, fui perguntar sobre a família, os filhos e a esposa. Ele estava
vendendo CDs usando um envelope. Aquilo mexeu muito comigo, porque pra mim o
Simion é a história da música gospel no Brasil. E quando o vi vendendo um CD
num envelopinho, ao final do culto, aquilo de certa forma me incomodou. O
Simion merece muito mais do que isso, por tudo o que ele representa, por tudo o
que ele é e por tudo o que ele fez”, disse Netinho. Netinho afirmou que fez uma
proposta de gravação gratuita para Brother, em seu estúdio. Simion disse que,
antes, iria orar e quase um mês depois aceitou. As gravações ocorreram por mais
de um ano e envolveram músicos que conheciam o músico desde os primeiros anos
de sua carreira, quando foi líder do Katsbarnea e impulsionou o desenvolvimento
do movimento gospel. No disco, participaram músicos que participaram da extinta
banda Troad, que tocaram com Simion no Katsbarnea e também ex-integrantes do
Renascer Praise. A gravação, nas palavras de Netinho, envolveu amizade e desafios.
“[…] o Simion é um cara muito musical e tem muita experiência. Ele tem 62 anos.
Não há o que produzir. Ele traz tudo pronto na cabeça dele. Você só tem que
entendê-lo”. O músico afirmou que, para ele, a gravação foi uma espécie de
gratidão a Brother que, segundo ele, esteve em sua vida em momentos bons e
ruins. “[…] acho que no nosso meio gospel está faltando amigos. Quando nós
perdemos esta essência da amizade e do respeito pelos artistas antigos, estamos
desconsiderando a própria história da música. E o Brother Simion é parte desta
história”, finalizou.
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