“BANCADAS EVANGÉLICAS” CRESCEM NAS CAPITAIS NÚMERO DE VEREADORES ELEITOS PELO SEGMENTO AUMENTOU ATÉ 75% NEM COM A DETERMINAÇÃO DA JUSTIÇA QUE TENTAVA BOICOTAR OS CANDIDATOS EVANGÉLICOS CONSEGUIRAM PARAR A FORÇA DOS EVANGÉLICOS EM TODO BRASIL
Recentemente um levantamento constatou o aumento do número de
candidatos nas eleições deste ano que usaram títulos religiosos. Foram 250 ao
todo, pleiteando vagas aos cargos de prefeito, vice-prefeito e vereador de
todas as capitais brasileiras. No total, são 195 “pastores”, 33 “missionários”,
14 “bispos”, sete “apóstolos” e um “presbítero”. Consequentemente, cresceram as
bancadas evangélicas em várias capitais. Segundo analistas, um dos fatores que
contribuiu para o aumento de edis ligados a igrejas foi a nova legislação
eleitoral, que não permite doação de empresas. O tempo mais curto de campanha
facilitou a promoção daqueles que já possuem um público específico como
eleitores São Paulo. Em São Paulo, por exemplo, o aumento foi de
impressionantes 75%. Em 2012, as urnas consagraram oito vereadores religiosos,
subindo para 14 este ano. Um salto enorme comparado aos 5 de 2008. Para efeitos
de comparação, se fosse um partido, a bancada evangélica seria a maior da
Câmara de São Paulo. Serão seis novos vereadores evangélicos a assumir dia 1º
de janeiro de 2017. O mais votado foi João Jorge (PSDB), da Assembleia de Deus
Ministério Belém (42.404 votos), denominação que também elegeu Gilberto
Nascimento Junior (PSC). Noemi Nonato (PR) e Rute Costa (PSD), filha do seu
presidente José Wellington Bezerra da Costa. Outros reeleitos são Eduardo Tuma
(PSDB), da Bola de Neve, e Souza Santos (PRB), com base eleitoral na IURD. A
nova legislatura terá ainda André Santos e Atilio Francisco, ambos do PRB e da
Igreja Universal, Rinaldi Digilio (PRB), da Igreja do Evangelho Quadrangular,
Patrícia Bezerra (PDB), da Comunidade da Graça, Sandra Tadeu e David Soares –
dobradinha DEM e Internacional da Graça – e Adriana Ramalho (PSDB). O vereador
Jean Madeira (PRB), que é pastor da Universal e foi muito criticado por organizar
cultos dentro da Câmara, não conseguiu um novo mandato. Bahia. A bancada
evangélica na Câmara Municipal de Salvador terá em 2017, oito representantes de
igrejas. Na atual composição eram seis, um aumento de 33% em comparação à
última eleição quatro anos atrás. Eleitos em 2012, Luiz Carlos (PRB) e Isnard
Araújo (PHS), ligados à IURD, Heber Santana (PSC) da Assembleia de Deus e Cátia
Rodrigues (PHS), da Renascer em Cristo, se reelegeram. Já Tia Eron (PRB),
também IURD, se tornou deputada federal dois anos depois. Apenas Alberto Braga
(PSC) não manteve a sua vaga. A Universal elegeu mais duas vereadoras ligadas à
Igreja e ao PRB: Rogéria Santos e Ireuda. Outra novata na Casa é Lorena Brandão
(PSC), eleita com apoio da Igreja Batista Caminho das Árvores, liderada pelo
seu pai, o polêmico bispo Átila Brandão. Pernambuco: Em Recife, três candidatos
evangélicos lideraram a disputa de votos pela Câmara do Recife. A mais votada
foi a missionária Michele Collins (PP), com 15.357 mil votos. Em seguida veio a
irmã Aimée (PSB), com 14.338 mil votos, e logo atrás Fred Ferreira (PR), com
14.277 mil votos. Os três candidatos mais bem votados para a Câmara são ligados
à Igreja Assembleia de Deus e usaram como lema a “defesa da família”. Michele e
Aimée foram reeleitas. Por sua vez, Fred Ferreira, genro do ex-deputado e
pastor Manoel Ferreira (PR) venceu sua primeira eleição. Curiosamente, ele
ocupará o espaço deixado pelo atual deputado André Ferreira (PSC), o vereador
mais votado na eleição de 2012. Como estratégia de campanha, Fred usou o mesmo
jingle de André nas duas últimas eleições da Casa.
Nenhum comentário
Postar um comentário