CENTENAS DE REFUGIADOS CRISTÃOS SÃO ESPANCADOS E ESTUPRADOS EM CAMPOS DA ALEMANHA CERCA DE 743 CRISTÃOS FORAM VÍTIMAS DE ATAQUES MOTIVADOS PELA INTOLERÂNCIA RELIGIOSA NOS CAMPOS DE REFUGIADOS, ENTRE FEVEREIRO E SETEMBRO DE 2016
Centenas de refugiados cristãos foram espancados e abusados
sexualmente em campos de refugiados alemães. É o que mostra um relatório de
perseguição do Ministério Portas Abertas. Um total de 743 cristãos foram vítimas
de ataques motivados pela intolerância religiosa em campos entre os meses de
fevereiro e setembro de 2016. O relatório ainda advertiu que o dado era só a
"ponta do iceberg". O documento foi apresentado em uma conferência de
imprensa em Berlim, na última segunda-feira (17) e disse que "os ataques
ocorrem com frequência e em todo o país". De acordo com o relatório,
"um certo número de casos não notificados" ainda deverá ser assumido.
Apenas 17% dos refugiados afetados relatou os incidentes à polícia, porque
temiam que sua situação piorasse. Os refugiados cristãos enfrentaram ameaças de
morte, agressão sexual e ataques violentos nas mãos dos habitantes de maioria
muçulmana, nos campos. Mais da metade das pessoas afetadas disseram que a
perseguição era extremamente violenta e 44 deles relataram ataques sexuais
contra eles. Uma esmagadora maioria, 83%, disse que os ataques haviam
acontecido "várias vezes". O relatório ainda salientou que os
cristãos convertidos estão correndo grande risco. De acordo com a pesquisa,
"o maior risco está entre os novos convertidos do islamismo para o
cristianismo, pois de acordo com o Alcorão, a mudança de fé é considerada como
um crime digno de pena de morte". Um alojamento separado deverá ser
fornecido para as minorias em situação de risco, como cristãos e yazidis.
"Não deve haver mais experiências de integração, em detrimento dos
refugiados cristãos e outras minorias religiosas em centros de asilo e
acolhimento alemãs", disse o relatório. A pesquisa foi realizada pela
Portas Abertas, organização que luta em nome de cristãos perseguidos e
necessitados, também pela Sociedade Internacional de Direitos Humanos, a Ajuda
à Igreja Sofredora e pelo Conselho Central dos Cristãos Orientais na Alemanha.
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