“HOJE SOMOS MAIS CONHECIDOS PELOS ESCÂNDALOS DO QUE PELAS VIRTUDES”, DIZ RUBINHO PIROLA SOBRE A IGREJA EM ENTREVISTA AO GUIAME, O CARTUNISTA RUBINHO PIROLA FALA SOBRE O GUIA DE SOBREVIVÊNCIA DOS CRISTÃOS NOS TEMPOS ATUAIS
Tanto aqueles que estão começando na fé como os cristãos já praticantes
encaram o mesmo desafio: se manter firme na caminhada da fé. Pensando nisso, o
pastor e cartunista Rubinho Pirola lançou o Guia de Sobrevivência do Cristão e
a série Palavras de Honra, que apresenta conceitos sobre amor, perdão, amizade
e saudade. “São livros evangelísticos, mas que também servem para os cristãos
serem lembrados a respeito dos rudimentos da fé — não aquilo que tem a ver com
a nossa confissão de fé, mas que tem algo com a prática da carreira cristã”,
disse ele em entrevista ao Guiame durante a 5ª edição da FLIC. O cartunista
investe nas ilustrações e no humor para repassar os conceitos da Bíblia, mas
encara os princípios de Jesus Cristo com seriedade. “O cristianismo não é uma
religião no sentido lato do termo, de ser um monte de regras que você tem de
seguir para conquistar algo de Deus. O cristianismo é um escândalo que inverte
as coisas. Eu creio naquilo que Deus deu, então agora eu vou andar de forma
condizente”, afirma Rubinho. Nos tempos atuais, um dos maiores desafios para o
cristão é aprender a lidar com as críticas e escândalos disseminados através
dos meios digitais. “Se por um lado nós ganhamos exposição, por outro as nossas
incoerências também estão aí para todo mundo ver. Parece que, infelizmente,
hoje somos mais conhecidos pelos escândalos do que pelas virtudes. Eu imagino
que as pessoas estão desistindo do cristianismo mesmo sem ter sabido exatamente
do que a coisa se tratava”, avalia. Mesmo sendo pastor, Rubinho preferiu deixar
em suas obras apenas a marca de cartunista. Segundo ele, os títulos religiosos
podem dizer pouca coisa às pessoas de fora. “Eu não tenho vergonha nenhuma do
Evangelho nem do ministério que um dia Deus me deu, mas se isso me afasta das
pessoas, eu fico quieto”, disse ele. “Eu prefiro que as pessoas me ouçam ou
tenham acesso ao meu trabalho, e só então descubram que eu sou pastor. Como
comunicador que eu sou, eu prefiro estabelecer as pontes do que já afastá-las
por pouca coisa”, ressalta Rubinho.
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