IGREJA REJEITA GORDINHOS NO GRUPO DE LOUVOR PARA NÃO “INTERROMPER A UNÇÃO” ASSUNTO GEROU POLÊMICA NAS REDES SOCIAIS
Uma igreja norte-americana proibiu pessoas “acima do peso” de fazerem
parte da equipe de louvor. A exigência de “aparência saudável” fazia parte de
uma série de diretrizes que a liderança entendia ser necessária para “que a
unção flua através membros”. A questão gerou muito debate na internet e dividiu
opiniões. Com isso, a igreja New Creation, da pequena cidade de Hillsboro,
Oregon, acabou forçada a tirar do seu site as diretrizes. Só que nos dias de
hoje é quase impossível algo que já esteve online não ter sido copiado por
alguém. A lista com as “orientações”, foi compartilhada por diferentes perfis
nas redes sociais, fazendo com que a liderança da New Creation receba muitas
críticas por misturar questões como santidade e dom de línguas com uma
preocupação estética excludente e sem respaldo bíblico. O material
originalmente disponível no site pedia que os músicos e cantores “cuidassem” do
“templo do Espírito”. Também pedia que todos que subissem no altar deviam
“vestir-se com moderação”. Porém, a justificativa para isso é que “nossa aparência é de extrema
importância. Nós somos a primeira coisa que a congregação vê. As pessoas julgam
pela aparência. Nunca teremos uma segunda chance de deixar uma boa primeira impressão”.
Terminava dizendo: “Por favor, leia com atenção. Você deve concordar 100% com
os termos para que possa fluir com a nossa equipe e que a unção possa fluir
através de você.” Após toda a atenção que o caso recebeu, a igreja New Creation
negou-se a conversar com a imprensa num primeiro momento. Os pastores Rod e
Rebecca Sundholm, que lideram o ministério apenas minimizaram a repercussão
negativa. Afirmaram que essas orientações são usadas desde a fundação da
igreja, há 28 anos. “Se alguém olhar para a nossa equipe de louvor, verá que
não são todos magros. Na verdade, o líder do grupo tem problemas de peso”,
minimizou. Líderes comentam: Geoff Surratt, um pastor que trabalhou na
megaigreja Saddleback decidiu expressar sua opinião. Em uma postagem no site
Church Leaders ele enfatizou que o peso de um cantor ou músico não faz
diferença se ele não tem comunhão com Deus. “Infelizmente, tenho visto muitos
cantores e músicos talentosos que tem bom apelo visual, mas não possuem o dom
de liderar a adoração. Eles têm a guitarra certa, o lenço certo e o corte de
cabelo certo. Seu peso é adequado e estão sempre elegantes. Mas sem o dom e a
experiência, é apenas encenação”, disparou. “Nem luzes, gelo seco ou
processamento digital podem gerar adoração genuína; adoração real é algo
misterioso, espiritual, que flui de Deus através de líderes talentosos. A
questão não é o peso, a altura, o sexo ou a raça… seu coração é o que faz toda
a diferença”, acrescentou. Esse assunto já foi debatido no Brasil após uma
declaração da pastora Ana Paula Valadão, líder do Diante do Trono. Durante uma
pregação em 2012, enfatizou que na igreja primitiva o costume era jejuar duas
vezes por semana. Disse também que as mulheres cristãs ‘mais cheinhas’ deveriam
jejuar, pois além de crescer espiritualmente poderiam emagrecer como um
benefício secundário da prática. Acrescentou que não gostava de ver “pastores
barrigudos”. Para ela, viver muito acima do peso é um excesso, algo que “não
combina com uma liderança”, pois indicaria que “está sobrando banquete de
comunhão e faltando retiro de jejum e oração”. Além da repercussão nas redes
sociais, o ‘gordinho’ João Alexandre se manifestou na época, pelo Facebook,
dizendo: “Prefiro ser um obeso que serve a Deus do que um famoso
inconsequente”. Por causa da repercussão negativa, Ana Paula pediu perdão,
reconhecendo que tinha se expressado mal.
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