‘O CRISTIANISMO É A RELIGIÃO MAIS PERSEGUIDA DO MUNDO’, DIZ MINISTRO HÚNGARO
Esse mês, a Hungria tornou-se o primeiro governo a abrir um escritório
exclusivo para lidar com a perseguição dos cristãos no Oriente Médio e na
Europa. Depois da grande pressão que o continente europeu enfrentou com a crise
da migração em massa, a liderança da igreja tem sido mais ouvida. “Atualmente,
o cristianismo é a religião mais perseguida do mundo. De cada 5 pessoas mortas
por motivos religiosos, 4 delas são cristãs. Em 81 países, vemos violência,
discriminação e perseguição, 200 milhões de cristãos estão sendo ameaçados por
seguidores de ideologias religiosas radicais”, disse o ministro húngaro, Zoltan
Balog. O último levantamento da Organização Portas Abertas divulgado no início
de 2016, já mostrava a preocupação com os efeitos do extremismo islâmico
que é um dos principais fatores de
perseguição na lista de classificação (35 dos 50 países tem o islamismo radical
como a principal fonte de perseguição). O primeiro-ministro da Hungria, Viktor
Orbán, atraiu críticas da União Europeia por sua declaração: “A Europa deveria
se concentrar em ajudar os cristãos, antes de ajudar milhares de islâmicos que
estão entrando nesses países”, disse ele. Esse movimento sem precedentes chamou
a atenção no cenário internacional. O projeto para o novo escritório da Hungria
já está em andamento e terá um orçamento inicial de mais de 3 milhões de dólares.
A preocupação dos húngaros está baseada no fato de que o Estado Islâmico vem
procurando um “lar permanente” no Ocidente, desde 2014. Além disso, o governo
também tenta aumentar a consciência internacional sobre a difícil situação para
coordenar os esforços humanitários para esses refugiados. O novo conflito entre
muçulmanos e cristãos em solo europeu merece atenção. Num acampamento da
França, por exemplo, que acolhe cerca de 3 mil refugiados, entre eles muitos
cristãos vindos do Oriente Médio, há relatos de que cristãos foram atacados
pelos refugiados muçulmanos e já houve registros de morte.
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