USO DE DROGAS: PAIS DEMORAM ATÉ DOIS ANOS PARA DESCOBRIREM CENA QUE SE REPETE NOS CONSULTÓRIOS E CLÍNICAS EM SÃO PAULO: PAIS REVELAM TER DEMORADO ATÉ DOIS ANOS PARA DESCOBRIREM QUE OS FILHOS USAM DROGAS. E APONTAM TRÊS MOTIVOS
Motivos para que os pais demorem muito para descobrirem que os filhos usam drogas:
- Desconhecem que drogas causam doença chamada dependência química;
- Sentem vergonha e culpa pelo filho usar drogas;
- Confundem sinais de uso de drogas com comportamentos da adolescência.
Na maioria dos casos, a descoberta somente acontece quando a mãe encontra maconha no quarto do filho. Mesmo assim ainda acredita, quando ele diz que está “guardando para o amigo”. Ou quando começa a encontrar na casa cachimbinhos (usados para fumar crack). Ou mais grave ainda: quando descobre no quarto do filho, vasos com plantação de maconha.
Após a descoberta, vem a crise pela insegurança de como agir. Para quem contar? Onde pedir ajuda? Como falar com o filho? E na busca pela orientação, pais começam a trilhar o difícil caminho para as respostas. Descobrem que, em São Paulo, não há um telefone de utilidade pública, um 0800, onde possam, sem se identificar, receber orientações de como agir. Descobrem também que nos postos de saúde e nos hospitais públicos não há psiquiatras de plantão para o atendimento no momento em que mais necessita de ajuda. Muito menos vaga para internar o filho.
A campanha da Jovem Pan tem sido procurada por muitos pais que buscam ajuda. Informação é arma poderosa para evitar o uso de drogas e também para enfrentar a crise no momento da descoberta, sabendo como agir e que especialista procurar.
Sinais de que seu(a) filho(a) está metido com drogas:
(A) O primeiro sinal, ensinam os especialistas desta campanha, vem da escola, quando o professor avisa que a criança ou o adolescente está mudando o comportamento na aula: deixou de tirar boas notas, trocou os amigos, dorme na aula, está mais agressivo ou está com muitas faltas. Já pode ser indício de bebida ou maconha.
(B) Outro sinal que os pais devem observar é a mudança de amigos. Quando filhos querem esconder os novos colegas fiquem atentos, porque pode indicar que algum deles usa droga. E lembre-se: é sempre o colega que oferece a droga.
(C) Outro sinal importante: se o seu filho está com dificuldade para aceitar limites, lembre-se sempre: se ele não aprender em casa, com carinho, que o não faz parte da convivência, ficará mais difícil para ele dizer não quando alguém oferecer droga. A maioria dos usuários de drogas nunca aceitaram o não, os limites.Se descobrir que o (a) filho (a) usa drogas:
- Primeiro, não entre em pânico, espere ele ficar sóbrio para uma conversa se medo, colocando claramente que drogas não fazem parte dos valores da família;
- Explique que o uso de drogas é sempre risco para uma doença que não tem cura e, na maioria das vezes, exige internação;
- Explique que o uso de drogas vai significar perder a confiança da família, os estudos e colocar em risco a vida dos pais, a maioria acaba se separando;
- Deixe muito claro que na família se cumprem as leis e usar drogas é proibido no Brasil;
- Lembre também do risco de ser preso caso seja flagrado em alguma blitz, ou por denúncia, ou na escola com maconha, cocaína, ecstasy ou outro tipo de droga;
- Deixe muito claro que traficante não perdoa dívida e mata quando não é pago;
- Deixe muito claro que ele, filho, é a pessoa mais querida na família, por isso como pai, como mãe não vão pensar duas vezes para salvar a sua vida, buscando tratamento ou até impondo uma internação;
- E busque ajuda com profissionais especializados.
Como evitar que nossos filhos caiam no caminho das drogas?
As melhores campanhas para impedir o uso das drogas partem do caráter pessoal, formado principalmente com a ajuda da família.
Numa pesquisa entre mães e pais com filhos de quatro a 20 anos de idade perguntou-se qual a preocupação "número um", com relação ao futuro dos filhos. 100% dos entrevistados deram como resposta a possibilidade de que seus filhos se envolvam com drogas.
O que nem todos sabem é que o caminho que leva às drogas não é uma surpresa, nem um imprevisto. É algo que se pode prevenir na maioria dos casos. Todos nascem com talentos e habilidades para enriquecer o mundo em que vivem. Para ser cada vez melhor e viver de forma livre e positiva é preciso desenvolver ao máximo todas as suas potencialidades, criando metas para desenvolver com excelência os talentos pessoais.
E a família é a instituição que melhor promove o desenvolvimento sadio de todas as potencialidades. Entramos, agora, numa saudável discussão: quais seriam essas potencialidades? Intelectuais, da vontade, da dimensão afetiva?
Os especialistas já chegaram à conclusão de que o velho conceito de Q.I. (Quociente de Inteligência) abarca apenas uma estreita faixa de habilidades lingüísticas e matemáticas. Ou seja, ter um elevado Q.I. pode predizer, talvez, quem terá êxito escolar, mas não mais que isso. Fonte:Maracaju News
Como manter seu filho(a) longe do Alcoolismo?
Pouca gente lembra, mas o fato é que uma lei simplesmente proíbe o consumo de álcool a menores de 18 anos. E, sendo lei, deveria ser aplicada até dentro de casa. O problema é que muitos pais toleram uma bebidinha dos filhos.
Pior: às vezes até oferecem.
Especialistas contam que às vezes o pai chega ao consultório aflito porque o filho fuma um cigarro de maconha, sem se importar com que ele tome um porre todo fim de semana. Um dado alarmante é que, para piorar, os jovens estão começando a beber cada vez mais cedo, por volta dos 12 anos na década passada, isso acontecia aos 14.
O excesso entre os jovens tem várias causas, desde um mau exemplo de casa, até a curiosidade, a tendência a repetir modelos dos adultos, dos amigos, entre outras. Por isso é tão importante retardar ou impedir o consumo de álcool entre os mais novos, alertando para as conseqüências do consumo.
A regulamentação rígida não existe à toa: o organismo adolescente responde de maneira bem diferente ao do adulto. Em excesso, o álcool pode levar a danos no cérebro que acabam comprometendo a memória, o aprendizado. Nessa fase o cérebro passa por uma reorganização, lembra a psiquiatra e especialista no assunto Maria Cecília Marques, de São Paulo.
Como o álcool age em praticamente todos os neurotransmissores cerebrais, ele atrapalha todo esse processo. O jovem fica mais suscetível a problemas de discernimento, por isso não consegue diferenciar situações de risco, tem problemas no trabalho, nos estudos, e por aí vai. Os danos podem se tornar irreversíveis, atingindo a memória, a capacidade de aprendizagem, a motivação, além é claro, de deixá-los mais propensos a serem adultos alcoólatras.
Se tudo isso não bastasse, o abuso do álcool em qualquer idade - tem outras conseqüências diretas: a pessoa fica mais exposta a acidentes de trânsito e práticas inseguras, como sexo sem proteção. Para se ter uma idéia, no Brasil metade dos acidentes fatais de carro está ligada ao consumo de álcool entre jovens de 18 a 25 anos.
Como manter seu filho longe do alcoolismo
Em primeiro lugar, dê o exemplo. Beba com muita moderação. O limite do saudável, para adultos de peso e de estatura médias e sem doenças crônicas, é de três copos de vinho, ou três latas de cerveja ou 250 ml de destilados. Para mulheres, dois copos de vinho ou duas latas de cerveja.
Não permita que menores bebam, nem na festa de casamento de um parente. Explique que isso é bebida de adultos e que deve ser ingerida com muito controle.
Ensine-o a criticar as propagandas que passam um falso modelo de saúde em gente que consome álcool. Imponha limite e controle o acesso à bebida. Para isso é necessário saber com quem andam, aonde vão, os locais que freqüentam. Agora, se você notar que ele anda consumindo álcool demais, não perca tempo e procure ajuda médica.
Existem vários tipos de tratamentos, e apenas alguns tipos incluem medicamentos. Saiba mais sobre eles:
Tratamento
O tratamento dependerá da extensão do problema. Algumas pessoas são capazes de tirar a bebida de suas vidas ou beber em níveis moderados com a ajuda de um psicólogo ou de conselhos de amigos e familiares. Quem está em um estágio mais avançado de dependência do álcool, no entanto, precisa de ajuda especializada.
Na maioria das vezes, os viciados e dependentes precisam de tratamento médico que os ajude a parar de beber. Podem ficar em hospitais ou em clínicas especializadas, como as que tratam viciados em drogas. Além de realizarem a desintoxicação do paciente, nessas clínicas o cuidado é constante para evitar que a pessoa tente se machucar ou se matar, e para que ela consiga lidar melhor com as crises de abstinência pelas quais passará.
Uma vez que os sintomas de abstinência forem superados, o próximo passo é fazer com que o paciente se mantenha sóbrio. Muitas pessoas precisam de suporte contínuo para se manter sóbrias. Essa ajuda pode vir dos grupos de apoio, como os Alcoólatras Anônimos, ou de sessão com psicoterapeutas.
O sucesso no tratamento está intimamente relacionado ao tamanho da força de vontade que pessoa tem para deixar de beber e também se ela realmente admite que tem problemas de dependência do álcool.
Força de vontade pode não ser suficiente para largar o álcool, se seu corpo estiver extremamente dependente dele. Por isso, medicações específicas são muito úteis durante o processo de desintoxicação.
Medicamentos
Se você passar por graves crises de abstinência, com tremores incontroláveis, ataques e alucinações, é possível que você precise ir para um hospital ou clínica especializada para se desintoxicar. Os medicamentos utilizados para reduzir os sintomas da falta de álcool são: ansiolíticos (remédios antidepressivos) e anticonvulsivos.
Os remédios que ajudam a pessoa a se manter sóbria durante o período de recuperação agem reduzindo os efeitos prazerosos do álcool, provocando náuseas ao beber e tratando as crises convulsivas.
O uso em excesso do álcool pode fazer com que seu corpo sofra de deficiência de uma série de vitaminas e minerais, especialmente a vitamina B. Se for este o caso, você precisará recompor a perda destas substâncias por meio de suplementos. Tratamento permanente depois do período de desintoxicação, você deve discutir com seu médico tratamentos para se manter sóbrios e evitar recaídas.
Tratamentos para se manter sóbrios e evitar recaídas
Educação sobre o álcool e outras substâncias viciantes, seus efeitos sobre o corpo, sobre sua vida e sobre a vida de seus familiares.
Orientação psicológica em grupo e individual
Grupos de apoio, como os alcoólatras anônimos.A dependência de drogas pode ser chamada dependência química e, até o presente, adotamos este termo pelo fato de abarcar todos os tipos de dependência de substâncias psicoativas. A dependência das drogas legais (álcool e medicamentos) e das ilegais (maconha, cocaína e outras) podem estar sob esta designação.
Quando falamos de dependência química, o primeiro aspecto que deve ser ventilado é que se trata de uma doença.
A dependência é uma doença reconhecida pela OMS (Organização Mundial de Saúde). Em todo o mundo, atualmente, os profissionais de saúde reconhecem a dependência química como doença. O valor de conceituarmos a dependência como doença é que retira o problema da esfera moral. Com freqüência, as pessoas olham para os dependentes como pessoas fracas, de pouca força de vontade, sem bom senso e sem caráter. Ao passo que, quando a consideramos como doença, podemos olhar sob outra perspectiva: de que se trata de um transtorno, em que o portador desse distúrbio perde o controle no uso da substância, e sua vida psíquica, emocional e física vão deteriorando gravemente. Nessa situação, a pessoa precisa de tratamento e de ajuda competente e adequada. A ótica moral é limitada e geralmente descamba para o moralismo, que é bastante reducionista.
É uma doença humana, um flagelo dos nossos dias. Estudos científicos apontam um percentual entre 10% e 15% de dependentes entre aqueles que usam os derivados alcoólicos. Já no caso do uso da cocaína, o percentual sobe para uma faixa de 40% a 60%, ou seja: em cada duas pessoas que usam essa substância, uma desenvolverá a dependência.
Na antropologia bíblica, vemos o ser humano como uma tricotomia.
Criado à semelhança de DEUS, tal qual seu Criador, o homem é uma tricotomia, formado por três distintas partes. DEUS é um só, mas revela-se na pessoa do Pai, Filho e ESPÍRITO SANTO. Já o homem é corpo, alma e espírito. O corpo é a dimensão biológica, o nível concreto e físico, fácil de identificar porque é palpável. A alma é o nível psicológico, sede das emoções, pensamentos, características, talentos e potencialidades de cada um. É a própria pessoa, a personalidade com todas as suas peculiaridades, com todos os traços adquiridos ao longo da vida e também com os caracteres herdados. O espírito é aquela dimensão mais profunda, o nível da intuição, a esfera da fé, o fôlego de vida dado pelo Senhor.
Todo sofrimento humano pode ter origem num desses três níveis da sua estrutura; o biológico (corpo), o psicológico (alma) ou o espiritual (espírito).
Há muitas doenças que têm vetores de dois desses níveis, mas, no caso da dependência química, podemos dizer que é uma doença que atinge o ser humano nas suas três dimensões. Se isso é verdadeiro, devemos oferecer tratamento que atenda essas diferentes instâncias da estrutura humana. Quando tratamos um dependente apenas com enfoque médico, estamos atendendo somente a um dos níveis e suprindo a necessidade de ajuda só na esfera física. Porque é corpo, alma e espírito, o homem necessita de ajuda na sua inteireza. Por outro lado, quando a abordagem é estritamente religiosa, também corremos o risco de enfocar exclusivamente o lado espiritual e deixar de lado importantes questões de ordem física ou psicológica. Por exemplo: a maioria dos alcoólatras, quando pára de beber, apresenta carência de vitaminas do complexo B, cuja administração pode minimizar as seqüelas psíquicas do alcoolismo. Portanto, o uso desses medicamentos pode fazer diferença numa boa recuperação. Há também os problemas de ordem psicológica, tipo traumas emocionais, desconfiança exagerada, defeitos de caráter (prepotência, dificuldade de ouvir, mentira), dificuldade de reconhecer e expressar sentimentos. A pessoa precisa também ser ajudada nesse nível por meio do aconselhamento, da ministração de cura interior.
Os problemas de ordem espiritual de um dependente químico, em geral, podem ser de três tipos:
1o) Ausência de DEUS, vazio espiritual. A pessoa, como todo pecador, carece da presença do Senhor, necessita de perdão e salvação. E para isso, sabemos que é necessário receber a CRISTO como seu Senhor e Salvador pessoal.
2o) A imensa maioria está sob opressão ou possessão espiritual. É muito freqüente a associação de dependência com operação demoníaca, pois o efeito das drogas deixa a mente numa condição que facilita a ação do inimigo na vida da pessoa. Portanto, em geral, é preciso ministrar libertação.
3o) Falta de fé. O dependente químico é alguém que já tentou várias vezes dar conta sozinho do seu problema. Já prometeu dezenas de vezes que iria controlar o uso ou que iria parar e não conseguiu cumprir suas promessas. Assim, tornou-se uma pessoa desacreditada por todos, sobretudo por si mesma, ficando com sua fé natural comprometida. Lá no fundo, acha que não tem mais jeito; às vezes ele mesmo duvida que possa mudar.
Os dependentes freqüentemente têm uma casca de arrogância ou de teimosia que pode parecer autoconfiança, mas isso é só casca, pois, lá dentro, sentem-se diminuídos, têm profunda menos valia e forte sentimento de culpa. Por tudo isso, carecem de uma grande dose de fé, precisam ser estimulados a conhecer, confiar e crer na graça inclusiva e incondicional de CRISTO, por meio da qual somos salvos e resgatados da nossa vã maneira de viver.
É muito precioso poder pregar o evangelho integral para o homem integral. É valioso quando os cristãos reconhecem o homem na sua inteireza e, por mais que confiem no poder de DEUS, por maior que seja sua fé no sobrenatural, não “desumanizam” as pessoas, espiritualizando tudo. É maravilhoso dar pão a quem tem fome (corpo), dar afeto àquele que está carente (alma) e ministrar o evangelho e a libertação espiritual (espírito) para quem está com sede de DEUS.
Bendito seja o nome do Senhor que nos permite não só ter uma visão do homem integral, como também desenvolver recursos para ajudá-lo.
Dr. Fábio Damasceno Barreto, casado, três filhos, psiquiatra, terapeuta de família e de casal, pastor da Comunidade Cristã S-8, membro do CPPC (Corpo de Psicólogos e Psiquiatras Cristãos), é autor dos livros Oficina de cura interior e Psicologia do perdão.
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