CARDEAL DESMENTE PAPA: “CRISTÃOS E MUÇULMANOS NÃO ADORAM O MESMO DEUS” RAYMOND BURKE NÃO ACREDITA QUE ALÁ SEJA UM DEUS DE AMOR
De acordo com o cardeal Raymond Burke, ex-chefe do Supremo Tribunal da
Assinatura Apostólica, a mais alta corte teológica dentro do Vaticano, o papa
está errado. “Muçulmanos e cristãos não
adoram o mesmo Deus, uma vez que Alá é um “governante”, enquanto o cristianismo
“baseia-se no amor”. Esse é mais um ponto de discórdia entre ele e o pontífice,
que estão em meio a uma disputa teológica sobre os ensinamentos morais que
envolvem a família. Em uma entrevista recente ao jornal Catholic Register, o
cardeal norte-americano destacou que essa “crença moderna de que o Islã e o
Cristianismo são fundamentalmente os mesmos é muito influenciada por um
relativismo religioso”. Enfatizou ainda
que é preciso cautela. “Eu ouço pessoas me dizendo, olha, estamos todos
adorando ao mesmo Deus. Nós todos acreditamos no amor. Mas eu digo: ‘pare um
minuto, e vamos examinar cuidadosamente o que é o Islã e o que nossa fé cristã
nos ensina’. Eu não acredito nisso, pois o Deus do Islã é apenas um
governante”, lembra Burke. “A sharia é sua lei, e essa lei, que vem de Alá, acabará
sufocando cada homem na terra.” O cardeal contrasta com o princípio do
cristianismo, que possui “uma lei fundamentada no amor”. Para o teólogo, não se
pode esquecer que “essa lei [cristã] está escrita em nosso coração, sendo
iluminada pelo espírito. Recebemos a graça divina para viver de acordo com essa
lei”. Além disso, não existe no Alcorão
uma ligação de Alá com o conceito de amor, que é o centro da mensagem de Jesus
aos seus discípulos. Em seu livro Hope for the World: To Unite All Things in
Christ [Esperança para o mundo: Unindo todas as coisas em Cristo], ele aborda
essa questão a fundo. O título da obra, baseado em Efésios 1:10, pode parecer
enganoso, pois sua abordagem é bem diferente dos ensinamentos do papa
Francisco, o qual defende que cristãos e islâmicos são “irmãos” e que os
membros de todas as religiões são “filhos do mesmo Deus”. Burke definitivamente
não pensa assim. Conhecedor profundo dos ensinamentos do islamismo, ele sabe
que o cristianismo e o Islã diferem na natureza de suas leis, especialmente na
abordagem sobre a conquista de convertidos. Temos de lembrar que “o que eles
acreditam mais profundamente, aquilo propuseram em seus corações, é a exigência
de que governem o mundo”, assevera. Estado Islâmico: “Matem os descrentes” Curiosamente,
os jihadistas do Estado Islâmico (EI) na última edição de sua revista
eletrônica, Dabiq, disseram a mesma coisa. Eles criticaram Francisco por sua
afirmação de que “a leitura adequada do Alcorão mostra que o Islã se opõe a
toda forma de violência”. Para os membros do EI, o Papa Francisco “luta contra
a realidade” nos seus esforços para retratar o Islã como uma religião de paz.
Por isso, lembram a todos os muçulmanos que assumir a espada da jihad é a
“maior obrigação” de um fiel verdadeiro. Argumentam ainda que o líder católico
– e todos os cristãos que pensam como ele – “tem lutado contra a realidade” em
seus esforços para retratar o Islã como uma religião de paz. Na revista, fazem
questão de asseverar: “De fato, a jihad – espalhar a lei de Alá pela espada – é
uma obrigação encontrada no Alcorão, a palavra de nosso Senhor”. “O sangue dos
descrentes deve ser derramado obrigatoriamente. A ordem é clara. Matem os
descrentes, como disse Alá: “Matai os idólatras, onde quer que os acheis” [Sura
9:5]”, ressalta outra parte do texto.
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