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MINISTÉRIO EM DEFESA DA FÉ APOSTÓLICA


PASTOR SERGIO LOURENÇO JUNIOR - REGISTRO CONSELHO DE PASTORES - CPESP - 2419

TERRA DA CONFUSÃO? “DEUS DEU AO HOMEM DOIS OUVIDOS, DOIS OLHOS E UMA BOCA PARA VERMOS E OUVIRMOS DUAS VEZES MAIS DO QUE FALAMOS.” - LEANDRO BUENO PROCURADOR DA FAZENDA/PROFESSOR. MEMBRO DA IGREJA PRESBITERIANA DO BRASIL

Logo, que eu comecei a ouvir música, na adolescência, uma das minhas canções favoritas chamava-se LAND OF CONFUSION, da banda inglesa Genesis, que falava da confusão em que o mundo estava. E estava pensando nesta música essa semana. Ela me remete a história contada nos versículos 1 a 9 do capítulo 11 de Gênesis acerca da Torre de Babel, construída pelos descendentes de Noé após o Dilúvio. Lá, houve uma total confusão, a ponto de ninguém se entender, pois todos estavam apenas interessados a chegar ao céu. Trazendo isso para a realidade atual, venho pensando como o mundo está confuso. Inúmeras vozes são ouvidas a todos momentos, muitas vezes não temos nem tempo de parar para refletir e pensar o que é bom e o que é mau para nossas vidas. Somos levados pela maré das coisas. Neste contexto, o que me deixa mais impressionado é ver como muitas pessoas hoje, neste estado de confusão em que nos encontramos, brigam com outras, discutem horas a fio, sem nem pararem para ver a procedência daquilo que estão defendendo. É como se pegassem uma meia-verdade ou até uma mentira no ar e fizessem daquilo uma espécie de dogma a ser imposto na marra aos outros que pensam diferente. Não por outra razão a Bíblia nos alerta em Tiago 3:16 que onde há inveja e ambição egoísta, aí há confusão e toda espécie de males. E, por isso, é que penso que, nós como cristãos, devemos repensar a nossa espiritualidade e como temos agido diante deste vendaval de informações e desencontros a que me refiro. Creio que a melhor forma é olhar para Jesus e como ele agiu no seu ministério. E o que vejo ali é alguém que tinha tempo para passar com os seus, cear, olhar para as crianças, ouvir atentamente e sem pressa as dores e alegrias dos que o rodeavam. Alguém que tinha tempo de se afastar de todos e de tudo para refletir, orar, no deserto. E imagino como isso deveria ser difícil, pois a época de Jesus foi uma época extremamente convulsionada, onde o povo judeu não aguentava mais a imposição dos impostos e a colonização do Império Romano, e o povo aguardava um grande líder, o Messias que acabaria com todo aquele jugo. Ou seja, era uma sociedade que estava extremamente perturbada, como a nossa. E neste processo que me refiro, uma das coisas mais importantes a meu ver é sabermos reconhecer o valor do silêncio, que como escreveu João da Cruz, doutor da igreja, “o silêncio é o idioma universal de Deus.” Somente no silêncio, temos a condição de aquietar o coração, pensar antes de sair falando bobagens, criando confusões e brigas insensatas. É por isso que a sabedoria do Oriente Médio, tem um dos ditados que mais gosto: “Deus deu ao homem dois ouvidos, dois olhos e uma boca para vermos e ouvirmos duas vezes mais do que falamos.”. Concluindo, se hoje nos falta sabedoria, neste mundo confuso em que vivemos, a peçamos a Deus, que a todos dá livremente, de boa vontade, como nos ensina Tiago 1:5-8. E saibamos ouvir Sua voz no nosso interior, no silêncio da nossa oração.

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