"A POLÍCIA COOPERA COM OS RADICAIS PARA NOS ATACAR", DENUNCIA PASTOR DA ÍNDIA OS PASTORES QUE LIDERAM IGREJAS DOMÉSTICAS ESTÃO SOFRENDO GRANDE PERSEGUIÇÃO NA REGIÃO, CORRENDO O RISCO DE FECHAREM AS PORTAS. MUITAS JÁ ALTERARAM O CULTO DEIXANDO DE UTILIZAR INSTRUMENTOS MUSICAIS PARA NÃO CHAMAR ATENÇÃO

As reclamações dos líderes de igrejas domésticas em Tamil Nadu, um estado no sul da Índia, aumentaram bastante, de acordo com a Persecution.org. Segundo as igrejas, o assédio e as agressões lideradas por radicais hindus fizeram com que muitas delas fossem fechadas e os cristãos locais temessem pelo futuro de sua comunidade. "O que está acontecendo na região de Coimbatore contra os cristãos é totalmente diferente do que aconteceu em outras partes do país", disse o Pastor Arul Das para a International Christian Concern (ICC). "Somos atacados livremente, com falsas acusações, e a polícia coopera com os radicais para nos assediar", denunciou. Uma das formas de assédio que foi relatado pelo pastor inclui o fato dos radicais pressionando os proprietários para que eles recusem alugar suas propriedades para igrejas. Isso está fazendo com que as igrejas não encontrem mais locais para se reunir e até mesmo correndo o risco de fechar totalmente. De acordo com o Pastor Jeypal, Secretário da Comunidade de Pastores Pentecostais de Coimbatore (CPPF), mais de 75% das 1.200 igrejas da região operam em propriedades alugadas e, portanto, são vulneráveis ​​a esse tipo de assédio. Outra forma de assédio são as autoridades locais que exigem provas de autorização oficial para operar uma igreja doméstica. O pastor Yesayan, que dirige uma igreja em Thotiyanur, relatou como ele e sua congregação foram obrigados várias vezes a demonstrar a prova de permissão para realizar cultos em sua casa. Isto acontece apesar de que nenhuma permissão é legalmente exigida para operar uma igreja doméstica na Índia. Alterações nos cultos Esse assédio levou o Pastor Yesayan a alterar os cultos para reduzir a visibilidade da igreja doméstica. "Paramos de usar os instrumentos musicais na adoração de domingo", disse o pastor Yesayan. "Nós nos restringimos a só bater palmas durante o culto, pois o som de instrumentos musicais podem atrair problemas e levar ao fechamento da igreja", ressaltou. Outros pastores locais também relataram que os radicais hindus interferem no acesso a serviços públicos, como eletricidade, a fim de perseguir igrejas domésticas. O pastor P. William, do distrito de Tirupur, disse à ICC: "Radicais hindus vieram em minha casa e me ameaçaram com linguagem abusiva, me pedindo para parar o culto. Então eles foram aos líderes da aldeia local e forçaram eles para que eu recebesse um aviso de não prosseguir com os cultos de adoração”, disse. “Eles também disseram ao departamento de eletricidade para cortar a conexão de energia da minha casa. Todo esse ataque é apenas para me impedir de conduzir a adoração em minha casa", pontuou. De acordo com o pastor William, tem sido uma batalha árdua continuar os cultos de adoração em sua casa. Ele observou: "Meu caso é um dos muitos casos em que um pastor pode ter que fechar a igreja". Leis discriminatórias Já o Dr. John Dayal, um ativista de direitos cristãos, disse à ICC: "O aumento da perseguição e da pressão sobre as igrejas domésticas em Tamil Nadu deve ser visto no contexto dos esforços agressivos dos radicais hindus para se consolidarem num estado onde antes não tinham presença. O estado de Tamil Nadu também invocou leis discriminatórias para ir contra igrejas próximas caso haja um templo hindu antigo ou novo na proximidade", explicou. "Enquanto os radicais puderem apontar um templo hindu perto de uma igreja doméstica, eles terão fortes chances de fechar mais e mais igrejas", alertou. Como 2016 chega ao fim, os cristãos em muitas partes da Índia encontram-se sob maior pressão dos radicais hindus. Para os líderes das igrejas domésticas em Tamil Nadu, o assédio contínuo e o fechamento de muitas igrejas domésticas são fatos preocupantes. Lembre-se de orar pelos seus irmãos perseguidos nesta temporada de férias para que 2017 traga algum alívio.