ESLOVÁQUIA É O PRIMEIRO PAÍS A IMPEDIR OFICIALMENTE A PROPAGAÇÃO DO ISLÃ NA EUROPA “PRECISAMOS FAZER TODO O POSSÍVEL PARA QUE NENHUMA MESQUITA SEJA CONSTRUÍDA AQUI", ALERTOU ANDREJ DANKO
O Parlamento eslovaco aprovou esta semana uma lei que visa impedir a
propagação do Islã. Em um sinal de desobediência aos esforços da União Europeia
para aceitar indiscriminadamente o grande afluxo de imigrantes, em sua grande
maioria de muçulmanos, o primeiro-ministro Robert Fico defendeu medidas
restritivas. A partir de agora, para ter o status de religião oficialmente
reconhecida, o projeto de lei proposto pelo Partido Nacional Eslovaco (SNS),
determina que são necessários pelo menos 50.000 membros. Caso queira receber
qualquer subsídio do estado, como abrir suas próprias escolas e instituições,
uma religião precisa desse reconhecimento. Oficialmente, a Eslováquia tem menos
de 5.000 islâmicos. O SNS destaca que essa nova lei evita o registro de
movimentos que são apenas provocações,
como a Igreja do Monstro de Espaguete Voador, que reúne seguidores em
todo o mundo, a maioria ateus. “A islamização já começou e devemos nos dar
conta do que vamos enfrentar em cinco ou dez anos. Precisamos fazer todo o
possível para que nenhuma mesquita seja construída aqui no futuro”, ressaltou o
presidente do SNS, Andrej Danko. Ano passado, o Ministério do Interior da
Eslováquia afirmou que somente imigrantes cristãos seriam aceitos no país.
Atualmente, 92,5% da população se identifica com esta religião. A nova lei foi
aprovada por dois terços do Parlamento, numa aliança rara entre partidos da
base do governo e os da oposição. Os legisladores rejeitaram uma proposta mais
extrema, do Partido Popular Nossa Eslováquia, que desejava fixar em 250.000 o
número mínimo de membros de cada religião reconhecida. As dificuldades da União
Europeia em integrar os milhões de imigrantes que chegaram ao continente desde
o início de 2015, aliados a uma série de ataques terroristas realizados por
pessoas que se identificam como islâmicas contribuíram para a decisão. Como a
Eslováquia atualmente preside o Conselho da União Europeia, especialistas temem
que esse anúncio possa influenciar outros países a fazer o mesmo. Embora não
tenha proibido abertamente o Islã, a Hungria se recusou a receber refugiado
islâmicos. Ao mesmo tempo, na Holanda, onde as eleições ocorrem em março de
2017, o favorito ao cargo de primeiro-ministro é Geert Wilders, cujo partido já
anunciou que pretende banir o Alcorão e fechar as mesquitas. Além da
Eslováquia, Angola na África e China na Ásia são os únicos países com leis que
impedem a propagação do Islã em seu território.
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