ONU DIZ QUE ISRAEL NÃO PODE MAIS ADMINISTRAR JERUSALÉM ENTRE AS NOVAS RESOLUÇÕES, ESTÁ A EXIGÊNCIA PARA ENTREGAR AS COLINAS DE GOLÃ
Esta semana, a 71ª sessão da Assembleia Geral da ONU tomou mais seis
resoluções contra Israel. Declarou-se que a “todas as ações tomadas por Israel
para impor as suas leis, jurisdição e administração na Cidade Santa de
Jerusalém são ilegais e, portanto, nulas e sem validade”. Também foi exigido
que fosse devolvido para a Síria o controle das Colinas de Golã. As outras
quatro medidas favorecem os palestinos de diferentes maneiras. Chamou atenção o
fato de o novo presidente da Assembleia Geral, Peter Thompson, ser visto usando
um lenço típico palestino enquanto participava de uma audiência. Agora,
espera-se que o Conselho de Segurança tomará mais três medidas contra o Estado
judeu. Em todas as resoluções o Brasil
votou com o bloco liderado pelos países muçulmanos. Os documentos podem ser
lidos na íntegra AQUI; As resoluções questionam a soberania de Israel sobre seu
território. Novamente chamado de “força ocupante” pela ONU, são feitas
exigências para que haja a retomada imediata das negociações de paz entre a
Síria, o Líbano e Israel, que incluiria a entrega da região de Golã,
conquistada durante a Guerra de 1967. Segundo a ONU, isso seria um “obstáculo”
para a paz regional. Nenhuma menção foi feita sobre o fato de haver no local
acampamentos de grupos ligados ao Estado Islâmico, que tentaram uma invasão
recentemente. Ao se referir a Jerusalém, os documentos da ONU são claramente
pró-Palestina, ignorando os laços milenares dos judeus com o local, ecoando os
termos usados nas resoluções recentes da UNESCO. A representante de Israel na
Assembleia da ONU afirmou após a votação que “era uma vergonha como alguns país
ainda insistem em não reconhecer a existência de Israel e usam a Assembleia
Geral para espalhar acusações infundadas”. Classificou ainda o texto das
resoluções de “narrativa tendenciosa”. Ela continuou, lembrando que “desde
2015, ataques terroristas contra israelenses tiraram a vida de 42 pessoas e
deixaram mais de 600 cidadãos feridos. Mesmo assim as resoluções não fazem
nenhuma menção a essas vítimas.” Subindo o tom, reclamou que a ONU se nega a
mencionar a organização terrorista Hamas que controla boa parta da Palestina. O
delegado dos Estados Unidos, um dos únicos países a votar em favor de Israel,
acrescentou que as decisões preocupam. “É manifestamente injusto que as Nações
Unidas, uma instituição fundada na noção de que todas as nações devem ser
tratados igualmente, por tantas vezes trata Israel de forma desigual.” Criticando
a ONU, enfatizou que “três organismos das Nações Unidas refletem, em especial,
o preconceito e os custos desnecessários de tais resoluções. Custando cerca de
US$ 6,1 milhões em 2015, nada fizeram para contribuir com a paz na região”. Próxima
rodada: Conselho de Segurança da ONU: Agora, o Ministério do Exterior de Israel
está se preparando para uma luta dura no Conselho de Segurança da ONU. Há
várias resoluções que serão votada antes do final do ano e teme-se que o
presidente Obama possa acelerar algumas delas para não deixar na mão de seu
sucessor, Donald Trump, que prometeu um apoio maior à Israel. Há três
iniciativas que preocupam Israel. Uma delas, proposta pela França, é a
realização de uma “conferência internacional de paz”, onde as Nações Unidas
serviriam como intermediário, não deixando a decisão para Israel nem a
Autoridade Palestina. Ao mesmo tempo, o governo francês já anunciou que se um
acordo não for alcançado, irá reconhecer “automaticamente” um Estado palestino
e pedirá que outras nações façam o mesmo. Autoridade Palestina ameaça romper
acordos de paz: Contrariando as expectativas, o presidente da Autoridade
Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, reeleito durante o congresso do
movimento nacionalista Fatah que pretende “anular” o reconhecimento que sua
Organização fez do Estado israelense em 1993, como parte dos Acordos de Oslo. Base
da OLP (Organização pela Libertação da Palestina), o Fatah oficialmente governa
a Cisjordânia. Sendo ao mesmo tempo um partido político e um grupo militar, seu
líder reiterou que se os israelenses continuarem se recusando a reconhecer a
Palestina como Estado, a paz não virá. Controversamente, garantiu que “nunca
reconhecerá Israel como Estado judeu”, uma das exigências do primeiro-ministro
israelense, Benjamin Netanyahu, para retomar as negociações de paz. Atualmente
na ONU a Palestina tem o status de “estado observador não membro”, mas Abbas
diz que isso irá mudar em breve. “Iremos ao Conselho de Segurança exigir a
filiação plena à ONU como Estado membro”. Garantiu também que “2017 será o ano
da Palestina”.
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