"A REVOLUÇÃO EVANGÉLICA VEIO PARA FICAR NO BRASIL”, DIZ FILÓSOFO LUIZ FELIPE PONDÉ EMBORA O CRISTIANISMO NO BRASIL SE DIVIDA ENTRE AS IGREJAS CATÓLICA E EVANGÉLICA, O FILÓSOFO ANALISA QUE OS CATÓLICOS PODERÃO PERDER CADA VEZ MAIS ESPAÇO POR SUA ESTRUTURA BUROCRÁTICA — O QUE É MAIS DESCOMPLICADO ENTRE OS EVANGÉLICOS
O filósofo e escritor brasileiro Luiz Felipe Pondé disse que “os evangélicos vão engolir o Brasil em poucos anos”. A afirmação foi feita durante uma palestra que aconteceu no dia 24 de novembro de 2016 no Plenário da Câmara Municipal de Campinas, com o tema “Medos Contemporâneos”.
Em determinado momento, Pondé abordou a questão do crescimento da Igreja Evangélica no Brasil e faz um paralelo com a Igreja Católica. “Os estudos demográficos comparativos na Europa e nos Estados Unidos — existem muitos estudos comparativos — mostram que em 100 anos, sociedades pouco religiosas podem voltar a serem religiosas. O Brasil é uma delas”, pontua.
Ele aponta deslizes da fé católica frente ao mercado religioso. “A revolução evangélica veio para ficar. A Igreja Católica que tome seu rumo, porque vai perder o mercado. Tome o seu rumo, porque a Igreja Católica é muito ruim para disputar o mercado religioso. Pesada, burocrática, enrolada, incompetente. Fez opções teológicas complicadas, que agora estão em crise, inclusive. Porque o mundo migrou para o lado direito”, comentou.
Agilidade evangélica
Para Pondé, os evangélicos possuem mais facilidade e agilidade para dar início a uma igreja ou congregação. “Os evangélicos são ágeis. Uma sala vazia, 100 cadeiras de plástico, um microfone e Jesus no coração e eu mando ver. Acabou, acabou. Você começa a pregar, começa a vir gente. Você começa a organizar e acabou”, explica.
O filósofo continua a apontar as dificuldades do catolicismo. “A igreja católica não. Vai para Roma, volta de Roma, vai para Roma, volta de Roma. E quem comanda normalmente tem 120 anos. Na Igreja Evangélica, você pode ter empreendedores religiosos. Gente jovem, ágil. Não vai sobrar para ninguém. Os evangélicos vão engolir o Brasil em poucos anos”, afirmou.
Ajustes do Papa
“A Igreja Católica está levando o maior cacete e não é só no Brasil. E por isso o Francisco fica tentando ajustar o discurso para a população jovem, mas a Igreja Católica é muito pior que a Petrobrás. Se jogar o Moro lá em cima, se você jogar o Moro na Igreja Católica, do ponto de vista desses entraves é muito mais complicado. Porque, eu não sei quantos anos a Petrobrás tem, mas a Igreja Católica tem no mínimo uns 1.500”, ressaltou.
“Isso não significa que a Igreja Católica não criou casa de misericórdia, caridade, não. É tudo misturado mesmo. Faz as coisas tudo misturado. Eu estou falando do ponto de vista do crescimento. Do crescimento populacional dentro do Brasil”, finalizou.
Confira o vídeo na íntegra:
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