ARQUEÓLOGOS REVELAM ONDE ESTÃO AS LENDÁRIAS “MINAS DO REI SALOMÃO” ACHADOS COMPROVAM RELATO BÍBLICO DO LIVRO DE REIS
Por mais de dois séculos, teólogos liberais usavam a falta de
comprovação histórica de alguns trechos para criticarem a ideia de uma Bíblia
inerrante. Um de seus argumentos mais comuns é que não havia registros
extrabíblicos dos reinados de Davi e Salomão. Contudo, escavações arqueológicas
em Israel ao longo das últimas décadas mudaram essa perspectiva. Descobertas
recentes mostram que a extensão do reino de Salomão, o maior território que
Israel já teve em sua história, realmente chegou onde o registro bíblico diz. Na
edição de fevereiro de 2017 do Journal of Archaeological Science, os
arqueólogos Erez Ben-Yosef, Dafna Langgut e Lidar Sapir-Hen anunciam as
descobertas que fizeram durante escavações na região mais inóspita de Israel.
Eles descobriram em Timna, no extremo sul do país, mais indícios de onde
ficavam as lendárias “minas do rei Salomão”. Eles aprofundaram o trabalho que
foi primeiramente divulgado em 2013. Em
uma das partes mais áridas e desoladas do deserto do Negev, eles encontraram
ruínas de estábulos e depósitos de minério onde um dia se localizavam os
maiores campos de fundição de cobre do reino. A datação de artefatos
recuperados comprova que são do século X antes de Cristo, o que coincide com as
datas do reinado de Salomão. Esta descoberta resolve uma grande controvérsia
histórica. Embora não existisse evidência histórica abundante sobre a extração
de minério de cobre, as ruínas de Timna mostram que havia minas e fundições
ativas durante o reinado de Salomão. Portanto, não é difícil concluir que o
Vale de Timna realmente abrigava as minas mencionadas pela Bíblia. Dieta forte:
Por causa da extrema aridez da região, materiais orgânicos acabaram ficando
extraordinariamente preservados. Ben-Yosef, Langgut e Sapir-Hen foram capazes
de recuperar ossos de animais, sementes e pólen em pilhas de esterco de burro,
abundante no local. A análise desse esterco revelou que os animais eram
alimentados com o bagaço de uva em vez de palha. O uso de bagaço na dieta
mostra como esses burros eram bem cuidados, pois eram fundamentais na retirada
do cobre das minas e o transporte de suprimentos para o acampamento. A análise
dos ossos de animais e das sementes mostra que os operários -provavelmente
escravos – tinham uma dieta rica, que lhes dava condições de desempenhar um
trabalho que exigia muito de seus corpos. Outro aspecto que chama atenção é a
disposição do esterco, armazenado na parte interna das estruturas fortificadas.
Isso indica que foi usado como combustível para o aquecimento inicial dos
fornos de fundição. Os três arqueólogos descobriram artefatos que também
demonstram que no local havia mais de um tipo de metalurgia. Além de fundir o minério de cobre, também o
refinavam e preparavam lingotes. As minas de Timna não eram as únicas
pertencentes a Salomão, mas podem ter sido as maiores. Presença militar: A
estrutura do portão principal e dos muros evidenciam que o local era bem
guardado. Isso mostra que nos tempos de Salomão tinham ali uma forte presença
militar. O valor do cobre era muito alto na época, por ser usado para fabricar
ferramentas e armas, vitais para as sociedades antigas. Essa ideia de riqueza
gerou, séculos mais tarde, a lenda que as minas de Salomão eram de ouro e
diamantes. Essa ideia se popularizou por causa do romance ficcional “As Minas
do Rei Salomão”, de Rider Haggard, publicado em 1885. Era cobre, no entanto, o
que realmente se extraía dali. A
Bíblia dedica 21 capítulos à história do reinado de Salomão, destacando sua
extensão, riqueza, poder e organização. Muitos estudiosos questionavam se não
havia exageros nos relatos para agradar o rei. Contudo, surge agora a
comprovação de que havia presença militar judaica no extremo sul do deserto do
Negueve, historicamente pertencente ao reino de Edom. Com informações Science
Direct
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