BUSQUE A PROGRESSÃO O FATO DE BARTIMEU SABER QUE JESUS ERA O “FILHO DE DAVI” FOI O FATOR CAUSADOR DE SUA CONVICÇÃO - FERNANDO PEREIRA JORNALISTA E ACADÊMICO DOS CURSOS DE HISTÓRIA E DE TEOLOGIA
O cego Bartimeu, ao ouvir dizer que era Jesus quem passava próximo a
ele, na cidade de Jericó, começou a clamar (clamar é diferente de gritar, tão
somente) dizendo: “Jesus, Filho de Davi, tem misericórdia de mim!”. As pessoas
o tentaram dissuadir de seu clamor, mas ele, cada vez mais, clama. Duas coisas
me chamam a atenção no clamor de Bartimeu:
1. Ele clamou de maneira diferente; 2. Ele clamou com convicção. Seu
clamor foi diferente porque não era de costume ver as pessoas designarem Jesus
como sendo “filho de Davi”. Esse termo expressava não só a linhagem real de
mestre, que era descendente do rei da Davi, mas expressava, sobretudo, sua
missão redentora, como o Messias ungido de Deus (conforme o profeta Isaias –
cap. 53) para trazer salvação e curas às pessoas. O fato de Bartimeu ter
clamado por Jesus dessa maneira, indica que ele sabia um pouco mais do que a
maioria dos seus contemporâneos. O fato de Bartimeu saber que Jesus era o
“filho de Davi”, ou seja, um descendente real e o Messias enviado, foi o fator
causador de sua convicção, o tornando um imponente “guerreiro” em busca de uma
progressão em seu modo de perceber o mundo, que, até então, só era possível
através do tato, olfato e audição. Eu
aprendo com Bartimeu que a nossa progressão depende do quanto nós sabemos, pois
quanto mais se sabe, maior será nossa capacidade de enxergar as possiblidades
de progressão. O cego sabia que Jesus era o Messias, e que, como tal, poderia
exercer misericórdia para ele. Sua convicção gerara pelo saber, fez com que ele
não desistisse de seu objetivo. Não é raro ouvirmos histórias de pessoas que
tiveram uma ideia de um negócio, pesquisaram sobre ela e decidiram investir e
acabou dando muito certo. Um dos exemplos clássicos é o do ex-CEO da Aplle,
Esteve Jobs, cuja história está retratada em livros, filmes e documentários,
além e estar expressa numa marca que é mundialmente conhecida, graças aos seus
excelentes produtos que são frutos de uma mente convicta que superou todos os
obstáculos que apareceram. Uma das coisas que atrapalham nossa progressão (em
todos os aspectos) é quando nos permitimos ofender facilmente. Outro dia eu
ouvi o filósofo brasileiro, Leandro Carnal, de quem eu discordo na maioria das
coisas que diz, dizer a seguinte frase: “Eu só me ofendo quando eu não me
conheço”. O conhecimento revela muitas coisas que ultrapassam barreiras que até
desconhecemos. Se uma pessoa me disser que minha mãe é uma mulher de vida
fácil, eu jamais vou me ofender, porque: 1. Eu sei que ela não é; 2. Eu sei que
a intenção de quem falou não é denegrir a imagem de minha mãe atribuindo a ela
uma pecha de baixo nível, mas quer me ofender, me fazer perder o equilibro para
que eu possa perder a capacidade de agir racionalmente e ser facilmente vencido
quando entrar em seu campo de batalha (seja ele psicológico ou físico mesmo). O
saber tanto de si quanto das pessoas e do que está à sua volta, lhe será útil
na busca pela progressão. Aliás, sua busca por progressão pode ganhar novos
rumos, pois quando se passa a conhecer a fundo aquilo que pretendemos ser ou
alcançar acontecerão duas coisas: 1. Ou vai ser aumentada sua convicção; 2. Ou
seus planos serão totalmente mudados por outros. E pode acontecer também que
você veja o que será prioritário e secundário, o que tem mais e menos
importância. Para Bartimeu era mais importante continuar clamando para que
pudesse enxergar do que se calar preocupado com a possibilidade de os soldados
romanos, que naquela época estavam por toda parte, pensar que os gritos
poderiam significar um inicio de rebelião contra o império, pois Jesus estava
sendo seguido por uma numerosa multidão (Mc 10.46 – 52).
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