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MINISTÉRIO EM DEFESA DA FÉ APOSTÓLICA


PASTOR SERGIO LOURENÇO JUNIOR - REGISTRO CONSELHO DE PASTORES - CPESP - 2419

CONFERÊNCIA DE PAZ EM PARIS TERMINA SEM SOLUÇÕES; ISRAEL A CHAMA DE “INÚTIL” MAIS DE 70 PAÍSES ENVIARAM REPRESENTANTES PARA DEBATER “SOLUÇÃO DOS DOIS ESTADOS”

Nos últimos anos, houve diversas tentativas de países se reunirem para aprovar uma intervenção em Israel e declarar a criação de um estado palestino independente. Elas acabaram canceladas ou esvaziadas por imposição dos Estados Unidos, que por ser membro fixo do Conselho de Segurança da ONU, costumava influenciar medidas pró-Israel. Em 2014, foi proposta pela União Europeia. No ano seguinte, as Nações Unidas tentaram algo nesse sentido.  Mas no final do ano passado, o governo Obama deu “sinal verde” para que uma conferência de paz sediada em Paris dia 15 de janeiro de 2017, cinco dias antes de Donald Trump assumir a presidência do país. Afinal, ele prometeu mudar a embaixada dos EUA para Jerusalém e reconhece-la como capital “eterna e indivisível” de Israel. Esse anúncio gerou ondas de protestos no mundo árabe, com ameaças de guerra da Autoridade Palestina e do Irã. Neste domingo (15), chanceleres e diplomatas de mais de 70 países se reuniram para tentar fazer uma nova proposta da chamada solução dos dois Estados – criação de um Estado palestino que coexista em paz com Israel. O encontro, chamado de “Conferência de paz”, queria mandar um recado para a comunidade internacional, mas só provou que as Nações Unidas estão desconectadas da realidade. A ausência de ambos Israel e a Autoridade Nacional Palestina já era um indício que nenhuma decisão tomada teria impacto real. Realizada cinco dias antes da posse de Donald Trump, presidente eleito dos EUA, a cúpula tentou mostrar que Israel tem muitos opositores e que o reconhecimento de Jerusalém como capital, como promete Trump, teria “sérias consequências”. O encontro deste domingo foi aberto por Jean-Marc Ayrault, chanceler francês, que afirmou não haver outra solução “para o conflito mais antigo do mundo” que não seja a proposta de criar dois Estados. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, fez nos últimos dias declarações fortes sobre a realização dessas negociações. Classificou a conferência de “inútil” e afirmou que pertencia ao “mundo de ontem”. “Mas o amanhã será diferente e o amanhã está muito próximo”, disse o premiê, numa referência à posse de Trump dia 20.  Recentemente, Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Palestina, aviou a Trump que a mudança “destruiria o processo de paz” e iria “impedir que os EUA continuassem a ser um mediador” na região. Fronteiras de 1967: A resolução 2334 da ONU, que exigia o fim dos assentamentos israelenses na Cisjordânia [Judeia e Samaria] foi um duro golpe para Israel, pois pela primeira vez o governo norte-americano não vetou algo em favor dos israelenses no Conselho de Segurança. As relações entre EUA e Israel se deterioraram drasticamente durante o governo de Barack Obama, mas devem melhorar com a chegada de Trump, que já prometeu ser “o melhor amigo que Israel já teve”. “Parece ser importante, no contexto atual, que 70 países reafirmem que a solução de dois Estados é a única possível. É tão simples quanto isso, não é mais do que isso. Precisamos que essa posição seja gravada e defendida neste período de incerteza”, ressaltou um diplomata francês, numa clara demonstração que antes de assumir, Trump já teve sua primeira vitória no campo da política externa. O documento assinado pelos participantes da cúpula de Paris pede que “as fronteiras pré-1967 sejam a base para as negociações.  Caso isso fosse feito, os israelenses perderiam muitos de seus assentamentos, cada vez mais necessários por causa do grande número de judeus de todo o mundo que estão voltando para Israel. Isso incluiria também a divisão de Jerusalém em duas, deixando sua porção oriental como a capital da Palestina. Para os israelenses isso é inadmissível, uma vez que os palestinos também exigem o controle do monte do templo. A conferência de paz em Paris encerrou com um documento bem diferente do que se esperava, não fazendo exigências, mas pedindo que ambos os lados do conflito reafirmem seu comprometimento com uma solução pacífica. Com informações das agências e Times of Israel.

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