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MINISTÉRIO EM DEFESA DA FÉ APOSTÓLICA


PASTOR SERGIO LOURENÇO JUNIOR - REGISTRO CONSELHO DE PASTORES - CPESP - 2419

DISCUSSÕES SOBRE INTOLERÂNCIA RELIGIOSA SEMPRE SÃO ANTICRISTÃS AFINAL, SE É CONTRA OS CRISTÃOS, INTOLERÂNCIA NÃO É - RENAN ALVES DA CRUZ RENAN ALVES DA CRUZ É HISTORIADOR, PROFESSOR DE ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL E COLUNISTA DE POLÍTICA E CULTURA DO PORTAL VOLTEMOS À DIREITA

O roteiro é conhecido: um muçulmano comete um atentado terrorista e mata dezenas de inocentes. O mundo fica em choque. O tema da intolerância volta a ser discutido. O senso lógico determinaria que a pauta da discussão se ativesse ao brutal histórico recente – e, convenhamos, nem tão recente assim – de atos terroristas perpetrados por terroristas islâmicos contra “infiéis”. O desolador, no entanto, é que numa manobra de contorcionismo retórico, o que encontramos aos montes são debates, onde “intelectuais” e “especialistas”, sem o menor pudor fraudam os fatos e a intolerância religiosa que acaba discutida é a Islamofobia! A receita termina absurda. Um muçulmano cometeu um ato terrorista legitimado por seu profeta máximo, por seu livro sagrado e por sua cosmovisão? A crítica recairá sobre os cristãos fundamentalistas, que se aproveitarão de mais um fato isolado (e tem acontecidos fatos isolados de terrorismo islâmico aos montes, não é mesmo?) para verberar intolerâncias contra o Islã paz e amor! Israel se defende das bordoadas muçulmanas há décadas, no entanto, seus movimentos reativos recebem sempre virulenta oposição dos inteligentinhos. Os ataques do lado oposto são sempre sutilizados pela desculpa mentirosa da minoria violenta. No Brasil toda vez que a sentença “Intolerância Religiosa” é proferida, destina-se a condenar cristãos. Sempre são eles que perseguem não apenas muçulmanos, mas também religiões de matriz africana. A ênfase dada faz transparecer que hostes de justiceiros, munidos de espadas e cruzes, saem pelas capitais brasileiras para executar umbandistas, ou que a prática recorrente de se explodir, fuzilar ou, mais recentemente, atropelar pessoas de crença diferente, é feita em nome de Jesus. A ironia é perceber que a discussão sobre a intolerância religiosa é, em si mesma, intolerante. Existe apenas num sentido, visando apenas um segmento que, também religioso, é vítima do que os pretensos nobres alegam proteger. Logo, discussões sobre intolerância religiosa sempre são anticristãs. Usam a desculpa da predominância para atestar que o grupo majoritário é sempre o agente persecutório. Detrás desta máscara, aproveitam para aviltar a religião, que acaba por receber a culpa daquilo que sofre. Por isso se tornou repreensível e politicamente incorretíssimo criticar ou zombar de religiões de matriz africana, ao mesmo tempo em que zombar o cristianismo é cult. Por isso que vilipendiar símbolos de fé só é crime quando os que o fazem são cristãos em relação a outras religiões. Quando o movimento LGBT faz indignidades com símbolos católicos, profanando a crença de milhões de pessoas, em atos voluntários de choque, dessacralização provocativa e profanação, utilizando objetos de representação indubitável, como cruzes, hóstias e bíblias, o silêncio em torno é sepulcral. Afinal, se é contra os cristãos, intolerância não é. E neste particular, a despeito de não ser católico e não ser representado por seus símbolos, sinto-me também atacado, porque quem pratica o vilipêndio não segrega. Debater Intolerância Religiosa de modo sério só será possível quando um ato terrorista muçulmano não se transformar numa desculpa para atacar cristãos. Ou quando o direito de se sentir ofendido for igualmente concedido a todos. Por enquanto, a regra permanece: Quando intelectuais se propõe a debater intolerância religiosa, o viés sempre é anticristão. O que achou?, comente com sua opinião nos comentários abaixo.

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