IDOSA CRISTÃ É FORÇADA A ANDAR NUA E ACUSADOS PERMANECEM SEM PUNIÇÃO, NO EGITO SOUAD THABET, DE 70 ANOS, FOI FORÇADA A ANDAR NUA PELAS RUAS DO EGITO POR UM GRUPO DE 300 MUÇULMANOS. O CASO FOI ARQUIVADO POR "FALTA DE PROVAS"
Um grupo de muçulmanos acusado de ter despido uma idosa cristã e também
de ter obrigado ela a desfilar nas ruas do Egito teve o caso contra eles engavetado.
De acordo com a Associated Press, os promotores disseram que não haviam “provas
suficientes para condenar os acusados”. O incidente ocorreu em maio de 2016,
quando Souad Thabet, de 70 anos, mãe de um homem que estava envolvido com uma
mulher muçulmana, foi despida por um grupo de 300 muçulmanos e desfilou pelas
ruas de sua aldeia, na província de Minya. Seu advogado, Eihab Ramzy, disse que
a decisão de abandonar o caso é "uma calamidade". "A
investigação preliminar ouviu depoimentos que davam apoio à vítima, como seus
familiares e policiais que estavam
presentes no local", disse ele, acrescentando que as autoridades locais
pediram à vítima e a sua família que fizessem a pazes com os vizinhos
muçulmanos. Souad disse a uma emissora de TV cristã dos Estados Unidos que ela
e sua família enfrentaram mais ameaças de extremistas muçulmanos e não podem
voltar para casa. "O governo está permitindo que os opressores andem
livres nas ruas", disse ela. "Esta é a nossa aldeia, onde nascemos e
crescemos. Como podemos ser vítimas e não poder retornar para nossa aldeia e
casas?", indagou. Cristãos no Egito: No Egito existe uma população
estimada de nove milhões de cristãos. Na sua maioria coptas ortodoxos. Eles
representam cerca de 10% da população do Egito, que é esmagadoramente
muçulmanos sunitas. As tensões entre cristãos e muçulmanos se intensificaram
desde a Primavera Árabe de 2011. No ano passado, houve uma série de ataques
contra cristãos, incluindo a queima de 15 casas de cristãos e uma escola cristã
em Minya. Além do assassinato, no dia 30 de junho, de Rafael Moussa, o padre da
igreja de St. George. Em dezembro, o Estado Islâmico alegou, no ataque a uma
catedral copta no Cairo, que matou 27 pessoas e no dia de Natal um casal
cristão foi encontrado esfaqueado até a morte em sua cama. O presidente Abdel
Fattah al-Sisi denunciou o ataque contra Souad, e prometeu unir o Egito durante
seu tempo no poder. "O que está acontecendo no Egito é inaceitável e nunca
deve acontecer novamente. Qualquer um que cometeu um erro, não importa quantos
são, será responsabilizado", disse ele. As casas são incendiadas, as
colheitas são destruídas, as igrejas são atacadas e, ocasionalmente, os coptas
são forçados a abandonar suas aldeias, de acordo com os grupos de direitos
humanos e moradores de Minya, que abriga a maior comunidade cristã do Egito.
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