LÍDERES QUEREM QUE IGREJA VOLTE A TER “PAPEL CENTRAL” NA INGLATERRA ALIANÇA EVANGÉLICA TOMA POSICIONAMENTO DIANTE DE CRISE TEOLÓGICA DO PAÍS
A primeira-ministra Theresa May fez um discurso recente, onde defendeu
sua visão de como os ingleses devem “combater a injustiça e criar oportunidades
para todos”. Durante a conferência anual da Charity Commission em Londres, May
fez várias promessas e reiterou seu plano para que o Reino Unido construa uma
“sociedade partilhada”. “Isso significa que o governo não está enraizado no
liberalismo onde cada pessoa faz o que bem quiser, mas sim em uma nova
filosofia onde o governo toma inciativas”, explicou. Ao falar sobre problemas
sociais que o Reino Unido enfrenta, disse que pretende melhorar os benefícios
para aqueles que são mais necessitados. A Aliança Evangélica elogiou o discurso
e disse que a igreja deve voltar a ser referência no cuidado com os mais
pobres. “Não queremos apenas pegar os cacos depois de os experimentos políticos
falharem. Queremos desempenhar o papel central na hora de apesentar soluções.” Danny
Webster, porta-voz da Aliança, disse ao Christian Today que, para que possam
colaborar com o governo, “as igrejas aceitam defender ideias que vão contra
suas crenças”. Explica que os evangélicos querem ser reconhecidos pelo trabalho
que fazem. Ressaltou ainda que “a Igreja tem um papel fundamental a desempenhar
na sociedade”. O aspecto religioso sempre fez parte do Reino Unido, uma vez que
a Igreja Episcopal Anglicana continua sendo a “igreja nacional”, submissa à
Rainha Elizabeth. Contudo, nas últimas décadas, o liberalismo teológico e a
influência de ideais seculares diminuíram consideravelmente seu papel. Ao que
parece outros grupos evangélicos decidiram tomar um posicionamento público
diante do quadro atual do país. A ascensão do islamismo em solo inglês também
tem servido para que as igrejas, que foram o berço da evangelização mundial
dois séculos atrás, reflitam sobre a perca de influência na sociedade e as
consequências disso. Nos últimos anos, as escolas cristãs vêm sendo obrigadas a
“retirar Deus do currículo”. Ao mesmo tempo, os islâmicos vêm exigindo cada vez
mais espaço para que seus ensinamentos sejam absorvidos pela sociedade inglesa,
como a poligamia e a lei sharia.
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