MISSIONÁRIA COMBATE O TRÁFICO HUMANO NA CHINA E DIZ: "É COMO UMA PRISÃO SEM GRADES" MUITAS MULHERES FOGEM DA COREIA DO NORTE COM A PROMESSA DE TER UM BOM EMPREGO NA CHINA. MAS ELAS ACABAM SENDO VENDIDAS PARA CASAS DE PROSTITUIÇÃO OU PARA CASAMENTOS FORÇADOS COM CHINESES DE BAIXA RENDA
Hwa-Young (nome mudado para proteger sua identidade) trabalha na China
com mulheres que fugiram da Coreia do Norte ou que foram sequestradas por
traficantes de pessoas e levadas para além da fronteira. Muitas dessas mulheres
ficam encantadas com a promessa de que elas poderão deixar para trás uma vida
miserável para ter um bom emprego na China. Mas elas acabam sendo vendidas para
casas de prostituição ou para casamentos com pobres chineses e homens coreanos.
Cerca da metade das 250 mulheres que encontraram refúgio através de pequenos
grupos de igrejas foram ajudadas por Hwa-Young no último ano. Conversando com
um missionário do Portas Abertas, ministério que trabalha com cristãos
perseguidos em todo o mundo, ela explica como é recompensada em seu trabalho,
vendo as mulheres evoluindo para uma vida melhor. Mas, em geral, é um trabalho
perigoso e solitário. “Nunca assuma que você está seguro” Ela espera um dia que
os refugiados da Coréia do Norte retornem para reconstruir uma greja. A
capital, Pyongyang, já foi conhecida como "a Jerusalém do Oriente"
porque tinha um grande número de igrejas, mas agora elas são principalmente
secretas e escondidas. Em seus 40 anos, a mulher de ascendência coreana trabalha
no nordeste da China e percorre longas distâncias para conhecer mulheres que
atravessaram a fronteira da República Democrática da Coréia. Ela tem uma regra
quando viaja: nunca assumir que você está seguro. Ela espera que as igrejas
onde conhece mulheres da Coréia do Norte não tenham escutas. Mas ela nunca
teria essa certeza sobre um hotel, por exemplo. Ela aconselha que todos tomem
as mesmas precauções. Se as mulheres - que vivem ilegalmente na China - são
capturadas e consideradas como desertoras, elas podem ser tratadas duramente
pelo governo de Kim Jong-un, muitas vezes desaparecendo em um campo de
trabalho. Desejo: Ela cumpriu um desejo antigo de trabalhar com mulheres
traficadas da Coréia do Norte quando ela desistiu de 20 anos de trabalho em uma
igreja onde acumulou aconselhamento e habilidades administrativas que mais
tarde iria ajudá-la a organizar reuniões de grupo. Os dois primeiros anos foram
difíceis, ela diz: "Eu não tinha experiência e não falava chinês. A
cultura na China é completamente oposta ao que eu estava acostumada a ter em
casa. É como uma prisão sem grades. Você está sempre sob pressão. Depois, há a
questão da segurança. Como você evita ser preso? Senti-me sozinha, pressionada
e com saudades de casa o tempo todo”, ressaltou.
Nenhum comentário
Postar um comentário