O VOTO DO CRISTÃO INTERESSEIRO VOCÊ VOTA BASEADO EM SEUS PRÓPRIOS INTERESSES IMEDIATOS OU FUNDAMENTADO EM PRINCÍPIOS?
Quando falamos em voto por interesse, logo imaginamos negociatas
escusas, em que alguns negociam a promessa de voto por um presentinho ou cargo.
Entretanto, não é preciso uma atitude tão ostensiva para votar como um
interesseiro. Períodos eleitorais proporcionam, via redes sociais, oportunidade
ímpar de observar as inclinações políticas e as motivações de voto do
brasileiro comum. As duas últimas eleições foram prolíficas neste tipo de
manifestação e, o que tenho visto, confesso, me causou profundo incômodo. Trato especificamente dos cristãos. Numa
sociedade construída à base do “jeitinho” e do “levar vantagem”, não esperava
nada diferente da massa geral, entretanto, percebi que muitos irmãos, tal qual
o menos metafísico dos materialistas, pautam seu direcionamento político
focando unicamente no interesse direcionado e imediato. O taxista defende o
voto no candidato que promete melhorias aos taxistas, comerciantes miram nos
que prometem benesses que os contemplam, professores (minha área de atuação
profissional) panfletam desbragadamente em prol daqueles que prometem auxiliar
a “categoria”. Tenho observado que muitos cristãos estão enlaçados neste
conceito. Preferem destinar voto a um partido ou candidato que, não raro,
afrontam os princípios bíblicos e conservadores, mas que lhes promete um
beneficiozinho financeiro/profissional a curto prazo. Isto, meu querido, também
é um voto por interesse. Também é um voto vendido. Somos servos determinados a
aplicar cada segundo de nossa vida ao exercício da prática cristã, ou meros
crentes nominais, batendo cartões aos domingos? É inconcebível que aqueles que,
por suposto, normatizam sua conduta de vida de acordo com a Palavra de Deus,
ajam como apalermados indoutos, que, ao invés de mirar numa construção de
sociedade a longo prazo, pensando nos valores da cristandade, nos filhos e
netos, na apostasia e na movimentação daqueles que se levantam contra o que é
de bom costume, abram mão de defender uma causa tão mais valorosa, em troca de
uma promessa de um aumentozinho em sua renda, ou de uma leizinha que beneficie apenas ele e as
pessoas de seu campo profissional. O candidato digno a me representar não
precisa simplesmente ser bom para professores! Se for, tanto melhor. Mas o
exigido para conquistar meu voto é um comprometimento maior, que transcenda meu
holerite e o suprimento de meus anseios profissionais. Precisa estar em coesão
com os princípios e valores morais que defendo, determinado a realizar o melhor
para todos, não apenas na próxima semana, ano ou mandato, mas na solidez de uma
administração que molde as posteriores, cimentando uma melhor sociedade
vindoura. Como você votou nas últimas eleições? Em qualquer um? Em nenhum? No
que espalhou mais cartazes? No que lhe distribuiu um folheto? No que prometeu
beneficiar o setor em que você trabalha? Ou você destinou tempo para pesquisar
sobre as opções a fim de encontrar alguém que tivesse histórico ilibado,
princípios afinados com a cosmovisão cristã e visão ampla sobre necessidades
diversas da população de sua cidade? Reflita sobre isso. O que alguém prioriza
na hora do voto, provavelmente, é o que prioriza em sua vida como um todo. O
que achou?, comente com sua opinião nos comentários abaixo.
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