PERSEGUIÇÃO AOS CRISTÃOS DEVE AUMENTAR EM 2017, SEGUNDO RELATÓRIO
A perseguição aos cristãos continuará crescendo em 2017,
particularmente em países islâmicos onde geralmente ocorre tanto por parte do
governo quanto de grupos extremistas. É o que apontam os novos relatórios do
Release International e Portas Abertas, organizações que apoiam os cristãos
perseguidos no mundo. O Center for Study of Global Christianity mostrou
recentemente um levantamento provando que um cristão foi morto a cada seis
minutos em 2016. Essa tendência vem se mantendo em alta pelos últimos anos. Segundo
a Release, os índices de perseguição devem subir no Médio Oriente, Nigéria,
Paquistão, Irã, China e Índia no próximo ano. A organização afirma que seu
relatório, mostrando uma tendência de aumento dos casos de perseguição para
2017, é “um chamado para o despertamento da igreja e que haja mais orações e
apoio prático para os cristãos que vivem nesses países”. No Oriente Médio, a
ostensiva do Estado Islâmico e grupos aliados contra os não muçulmanos, deverá
continuar, especialmente na Síria e no Iraque. Isso significa que o conflito
irá continuar alimentando a crises de refugiados na região. A Release prevê que
o Curdistão, onde quase 2 milhões de pessoas deslocadas estão refugiadas, é
motivo de especial preocupação. Já no continente africano, os ataques contra
cristãos no norte da Nigéria – e países vizinhos – continuarão aumentando, pois
além dos soldados do Boko Haram, outro grupo que segue os passos do Estado
Islâmico é o de pastores Fulani, que vêm atacando os estados do sul. No
continente asiático, o Paquistão tende a aumentar a perseguição aos cristãos
baseada em suas “leis de blasfêmia”. A julgar pelos últimos meses de 2016, o
quadro que se desenha é multiplicação dos casos de “discriminação religiosa e
conversões forçadas ao Islã”. A proximidade com o Afeganistão vem
possibilitando a multiplicação de grupos extremistas ligados ao Talibã e a Al
Qaeda. A China é um caso à parte, já que a repressão às igrejas domésticas é
amplamente divulgada pelo próprio governo. Os cristãos são vistos como ameaça,
e muitos fiéis têm sido falsamente acusados de estarem envolvidos em espionagem
e porem em perigo a segurança do Estado.Até mesmo o Vaticano sinalizou que
pretende se dobrar às exigências de que as poucas igrejas oficiais sejam
totalmente controladas pelo partido comunista. Aqueles que se recusam
continuarão sofrendo retaliações, prisões e, em alguns casos, a morte.
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