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MINISTÉRIO EM DEFESA DA FÉ APOSTÓLICA


PASTOR SERGIO LOURENÇO JUNIOR - REGISTRO CONSELHO DE PASTORES - CPESP - 2419

A MASMORRA DO SOFRIMENTO -PAULO RODRIGUES ROMEIRO É UM PASTOR E APOLOGISTA CRISTÃO EVANGÉLICO BRASILEIRO. FOI PRESIDENTE DO INSTITUTO CRISTÃO DE PESQUISAS (ICP) EM SÃO PAULO, E ATUALMENTE É PASTOR PRESIDENTE NA IGREJA CRISTÃ DA TRINDADE

A idéia de que Cristo desceu ao inferno encontra apoio em algumas passagens das Escrituras, tais como Salmo 16:10; Romanos 10:6, 7; Efésios 4:8-10; 1 Pedro 3:18-20; 4:6. A dificuldade é que nenhuma dessas passagens trata claramente e a contento desta questão, o que a torna muito controvertida. Dos textos mencionados acima, o de 1 Pedro 3:18-20 talvez seja o mais palpitante: "Pois também Cristo morreu, uma única vez, pelos pecados, o justo pelos injustos, para conduzir-vos a Deus; morto, sim, na carne, mas vivificado no espírito, no qual também foi e pregou aos espíritos em prisão, os quais, noutro tempo, foram desobedientes, quando a longanimidade de Deus aguardava, nos dias de Noé, enquanto se preparava a arca, na qual poucos, a saber, oito pessoas, foram salvos, através da água''. Brian Onken comenta: Observe que, de acordo com as palavras de Pedro, depois da morte de Cristo (na carne), ele foi, então, vivificado. E depois desta vivificação é que ele "foi, e pregou aos espíritos em prisão". Assim, para os pregadores da Fé que insistem que a vivificação de Cristo aconteceu depois do tempo que ele passou no inferno, a seqüência dos eventos aqui torna-se um problema significativo. Pedro nos diz que Cristo foi e "pregou aos espíritos". A palavra usada por Pedro aqui é "anunciar" ou "proclamar' ' (não é a palavra usada para "pregar'' o evangelho). Parece claro que, qualquer que seja o ponto de vista de Pedro aqui, Cristo não foi à "prisão" para ser torturado por Satanás, mas para anunciar e proclamar (o que pensamos ser) a sua vitória. Portanto, ainda que não esteja claro o que Pedro quis dizer com essas palavras, a passagem não permite retratar Cristo como um homem mortal espiritualmente morto e torturado pelo diabo no inferno.52 Como nenhuma menção é feita ao suposto sofrimento de Jesus no inferno, vale a pena lembrar uma boa regra de interpretação: "Não dizer com firmeza o que a Bíblia não diz com clareza". CONCLUSÃO São muito esclarecedoras as palavras do Rev. Ove Lackell, que se formou no Rhema Bible Training Center (escola de Kenneth Hagin nos Estados Unidos) e que hoje é um missionário evangélico no Brasil: Cheguei a Rhema como um novo convertido e os ensinos que recebi pareciam bons e estimulantes. Porém, depois de me formar e de pastorear minha primeira igreja, percebi mais e mais que havia uma ênfase muito forte em apenas alguns textos da Bíblia. Creio hoje, onze anos depois de minha formatura, que a escola Rhema ensina heresia. Heresia é tomar qualquer verdade da Bíblia fora de seu contexto e enfatizá-la tanto ao ponto de negligenciar outras. O ensino da Rhema é desequilibrado e está com suas prioridades erradas. Há pouca ênfase sobre ganhar almas e ajudar os necessitados do mundo. Nos dois anos que passei ali, nunca vi uma oferta ser levantada para os perdidos e famintos do mundo, mas, sim, para manter o projeto de construção em andamento. A soberania de Deus é deixada de lado. A maior parte do ensino é direcionada a "como desenvolver sua fé" a fim de que você possa receber sua herança de Deus. "Você tem direitos legais como um filho de Deus; reclame esses direitos." Grande parte do ensino é sobre direitos e muita culpa está envolvida nisso. Se uma pessoa não tiver fé suficiente ela não receberá. Precisamos de fé e confiança em Deus. Mas o que mais agrada a Deus é quando descansamos nos braços de um Pai amoroso, e não quando confessamos as Escrituras com base no "você pode fazer isto acontecer". Creio que o movimento da fé exalta mais o homem do que o Senhor Jesus Cristo, construindo mais o reino de homens do que o reino de Deus. Há um espírito de orgulho do "que eu posso fazer em nome de Jesus". O aspecto do sofrimento é deixado de lado. "Jesus sofreu por nós, assim não precisamos sofrer mais." Mas Jesus disse a respeito de Paulo: "pois eu lhe mostrarei quanto lhe importa sofrer pelo meu nome'' (Atos 9:16). E deixado de lado, também, que o sofrimento pode ter um propósito no plano de Deus. Naturalmente, não é o sofrimento em si que tem valor, mas, sim, como reagimos em relação a ele. A Palavra da Fé começou bem, mas acabou abandonando as fronteiras do verdadeiro cristianismo, glorificando mais aos homens do que a Deus. Minha oração é que eles voltem ao equilíbrio da Palavra de Deus a fim de alcançar as almas neste mundo perdido antes que o Senhor Jesus Cristo retorne. Foi em obediência à Palavra de Deus que escrevemos este trabalho. A Bíblia claramente nos ordena a batalhar "pela fé que (...) foi entregue aos santos" (Judas 3) e Paulo declara que foi "incumbido da defesa do evangelho" (Filipenses 1:16). Ele mesmo pergunta aos gálatas: "Tornei-me, porventura, vosso inimigo, por vos dizer a verdade?" (Gálatas 4:16). A preocupação deste livro é com a verdade da Palavra de Deus. Reconhecendo que não nos sentamos no trono da infalibilidade, estaremos sempre abertos para o diálogo, correção ou qualquer sugestão para melhorar este estudo. Nosso alvo é estender o reino de Deus na Terra, edificar a sua Igreja e exaltar o Senhor Jesus Cristo, "o único que possui imortalidade, que habita em luz inacessível, a quem homem algum jamais viu, nem é capaz de ver. A ele honra e poder eterno. Amém" (1 Timóteo 6:16).

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