QUEM É O FILHO DO HOMEM? - PAULO RODRIGUES ROMEIRO É UM PASTOR E APOLOGISTA CRISTÃO EVANGÉLICO BRASILEIRO. FOI PRESIDENTE DO INSTITUTO CRISTÃO DE PESQUISAS (ICP) EM SÃO PAULO, E ATUALMENTE É PASTOR PRESIDENTE NA IGREJA CRISTÃ DA TRINDADE
A Cristologia da Confissão Positiva
Chegamos, agora, ao ponto mais cruciante do nosso estudo: a cristologia da confissão positiva. A pergunta que Jesus fez aos discípulos em Cesaréia de Filipe (Mateus 16:13) é tão importante hoje quanto o foi há dois mil anos. Se quisermos saber para onde uma pessoa ou uma Igreja caminha espiritualmente, basta verificarmos, à luz da Bíblia, a cristologia que professa.
O apóstolo Paulo sabia da importância de uma cristologia corretamente bíblica a ponto de escrever aos cristãos de Corinto: "Mas receio que, assim como a serpente enganou Eva com a sua astúcia, assim também sejam corrompidas as vossas mentes, e se apartem da simplicidade e pureza devidas a Cristo. Se, na verdade, vindo alguém, prega outro Jesus que não temos pregado, ou se aceitais espírito diferente que não tendes recebido, ou evangelho diferente que não tendes abraçado, a esses de boa mente o tolerais" (2 Coríntios 11:3, 4).
A maioria das heresias que surgiram nos primórdios da igreja cristã estava relacionada com a pessoa e a obra de Jesus Cristo. Eram ensinos tais como o docetismo (a humanidade de Jesus não era real; ele era um ser divino que parecia ter um corpo humano); o arianismo (Jesus é o mais elevado dos seres criados — deus, mas não Deus; esta doutrina é hoje ensinada pelas Testemunhas de Jeová); o apolinarianismo (Cristo, na sua encarnação, não assumiu uma natureza humana completa, mas apenas um corpo); e muitos outros.
Vários escritores do Novo Testamento tiveram o cuidado, ao escrever, de apresentar Cristo numa perspectiva correta, pois quando alguém crê num Jesus errado, embarca numa salvação errada e desembarca num céu errado.
A cristologia da confissão positiva poderia ser resumida da seguinte forma: ao morrer na cruz, Jesus recebeu uma natureza satânica, foi feito pecado, desceu ao inferno em nosso lugar e lá foi atormentado três dias e três noites pelo diabo. Jesus teve que morrer espiritualmente para pagar pelos pecados do homem no inferno, pois sua morte física e seu sangue derramado na cruz foram insuficientes para fazer a expiação. Depois de três dias no inferno, Jesus nasce de novo e derrota os poderes das trevas, completando no inferno a expiação que havia começado na cruz. O Jesus nascido de novo ressuscita e é elevado à mão direita do Pai. Hoje ele tem poder para devolver à Igreja tudo o que ela havia perdido para o diabo através da queda de Adão e Eva.
A confirmação do resumo acima pode ser comprovada pelas declarações de alguns pregadores da confissão positiva. Por exemplo, Kenneth Hagin afirma o seguinte:
Seu espírito, Seu homem interior, foi para o inferno em nosso lugar... A morte física não removeria os nossos pecados. Provou a morte por todo homem — a morte espiritual... A morte espiritual significa mais do que a separação de Deus. A morte espiritual significa ter a natureza de Satanás... Jesus Se fez pecado. Seu espírito foi separado de Deus, e Ele desceu para o inferno em nosso lugar... Lá embaixo na masmorra do sofrimento — lá nos fundos do próprio inferno — Jesus satisfez as reivindicações da Justiça para todos nós... Deus no céu disse: "É suficiente". Depois, O ressuscitou. Trouxe Seu espírito e alma para cima, tirando-os do inferno.44
Kenneth Copeland acrescenta:
É importante, para nós, reconhecer que um homem nascido de novo derrotou Satanás (Believefs Voice of Victory, setembro, 1980, p. 6).
Uma vez que ele foi feito pecado, ele teve que pagar a pena pelo pecado. Teve de morrer espiritualmente, o que o levou às regiões dos perdidos, antes que ele pudesse nos redimir... Quando seu sangue foi derramado, ele não fez expiação (citado no folheto The Teachings of Kenneth Copeland, do Logos Outreach, Redondo Beach, Califórnia, EUA).
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