AMANHÃ, ÔNIBUS SAIRÃO MAIS TARDE DAS GARAGENS E METRÔ NÃO FUNCIONARÁ NA CIDADE DE SÃO PAULO MAIS DE DEZ SINDICATOS CONFIRMARAM QUE VÃO PARTICIPAR DAS PARALISAÇÕES DESTE DIA NACIONAL DE LUTA; ÔNIBUS SÓ SAIRÃO DAS GARAGENS, NESTA QUARTA, ÀS 8H - FONTE: ÚLTIMO SEGUNDO - IG
Quem depende de transporte público na capital paulista não fala de
outra coisa na manhã desta terça-feira (14): o assunto é a greve geral prevista
para esta quarta-feira (15). Mais de dez sindicatos já confirmaram que vão
participar de uma grande paralisação contrária à aprovação da reforma da
Previdência medida proposta pelo governo de Michel Temer (PMDB). O Dia Nacional de Luta deverá ser marcado por
uma São Paulo parcialmente inativa. O Sindicato dos Metroviários já confirmou
que fará paralisação de 24 hora s. Outras categorias, como a dos bancários,
químicos, metalúrgicos e professores também prometem aderir à greve geral . Há
previsão de bloqueios em rodovias e avenidas da capital e da Grande São Paulo. Segundo
o sindicato da categoria, os motoristas e cobradores das linhas municipais de
ônibus vão realizar um protesto nas garagens ainda durante a madrugada deste
quarta. A operação será retomada apenas após às 8h. Já os funcionários do Metrô
não devem voltar ao trabalho até as 23h59. Segundo a página do sindicato dos metroviários
da capital, uma assembleia está marcada para as 18h30 desta terça-feira (14). O
Metrô foi procurado pelo iG para informar se irá acionar o Paese (Plano de
Apoio entre Empresas em Situação de Emergência) para minimizar os danos à
população, mas a empresa não respondeu até o momento da publicação desta
reportagem. A base do Sindicato dos Metroviários abrange os funcionários que
atuam nas linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha, 5-Lilás e 15-Prata. Na Linha
4-Amarela, cuja operação é de responsabilidade da empresa ViaQuatro, os
trabalhadores são representados pelo Sindicato dos Empregados nas Empresas
Concessionárias no Ramo de Rodovias e Estradas em Geral do Estado de São Paulo,
que não informou se irá aderir à paralisação. O texto da reforma da Previdência está em tramitação em uma comissão
especial na Câmara dos Deputados, onde deverá ser votada até abril. A proposta
prevê pontos polêmicos, como o estabelecimento de idade mínima aos 65 anos para
todos os trabalhadores, além da exigência de pelo menos 25 anos de contribuição
para o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). Entretanto, para que o
trabalhador consiga se aposentar com o benefício integral, o texto apresentado
pelo governo Michel Temer prevê a obrigatoriedade de pelo menos 49 anos de
contribuição. Funcionamento mínimo: A
lei federal que regulamenta o direito de greve no Brasil estabelece que, em
caso de serviços ou atividades consideradas como essenciais, “os sindicatos, os
empregadores e os trabalhadores ficam obrigados, de comum acordo, a garantir,
durante a greve, a prestação dos serviços indispensáveis ao atendimento das
necessidades inadiáveis da comunidade”. Ou seja, devem manter um efetivo mínimo
trabalhado para garantir a manutenção do serviço. Entre as atividades consideradas pela lei como essenciais estão o
transporte público – caso do Metrô –, assistência médica e hospitalar, serviço
funerário, telecomunicações, controle de tráfego aéreo, entre outras. O governo
do estado deve se pronunciar ainda nesta terça a respeito da greve geral
prevista para esta quarta.
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