BREVE CRÍTICA AO CESSACIONISMO É PRECISO CHAMAR ERRO DE ERRO POR ARTUR EDUARDOGRADUADO EM TEOLOGIA E FILOSOFIA. PÓS GRADUADO EM DOC. DO ENSINO SUPERIOR, TEOLOGIA BÍBLICA E PSICOPEDAGOGIA (FATIN). MESTRE EM FILOSOFIA (UNIV. FEDERAL DE PERNAMBUCO). DOUTORANDO EM FILOSOFIA (UNIV. FEDERAL DE PERNAMBUCO). DIRETOR DO IALTH (INST. ALIANÇA DE LINGUÍSTICA, TEOLOGIA E HUMANIDADES). PASTOR DA IEVCA (IGREJA EV. ALIANÇA). CASADO COM PATRÍCIA, COM QUEM TEM UMA FILHA, DANIELLA
“A cada um, porém, é dada a manifestação do Espírito, visando ao bem
comum. Pelo Espírito, a um é dada a palavra de sabedoria; a outro, pelo mesmo
Espírito, a palavra de conhecimento; a outro, fé, pelo mesmo Espírito; a outro,
dons de curar, pelo único Espírito; a outro, poder para operar milagres; a
outro, profecia; a outro, discernimento de espíritos; a outro, variedade de
línguas; e ainda a outro, interpretação de línguas. Todas essas coisas, porém,
são realizadas pelo mesmo e único Espírito, e ele as distribui individualmente,
a cada um, como quer”. 1 Coríntios 12:7-11 O cessacionismo é um erro, um
desvio. É preciso que ERRO seja chamado de tal, pois fingimos que não vemos
coisas aviltantes, fingimos que não há nada entre os que defendem a ação atual
do Espírito Santo como descrita e PRESCRITA na Escritura e os que não (os quais
também acusam os que creem na operação sobrenatural do Espírito hoje, de
“defenderem o erro”) e a Igreja segue sutil e insidiosamente dividida e, em
muitas ocasiões, com guerrinhas veladas ou abertas mesmo, como num passado não
muito distante. A questão, diga-se de passagem, não está necessariamente nas
pessoas, nos cristãos em si, mas na incapacidade de algumas pessoas de
entenderem que crenças, a partir de interpretações, não podem ser confundidas a
priori com o caráter de quem quer que seja; ou, em outras e simples palavras:
uma coisa são as pessoas; outra, as ideias. Embora às vezes muito próximas, são
substancialmente diferentes. Minha crítica aqui é quanto a uma ideia, não às
pessoas. NUNCA promovi a “guerra” entre
diferentes crenças ou pontos de vista. Nunca! Mas, tenho observado que
cessacionistas vangloriam-se abertamente do que creem, expondo
entusiasticamente até perseguições do passado contra os carismáticos e
pentecostais, e UNEM-SE sólida e veementemente quando têm esta sua perspectiva
cessacionista criticada e o erro exposto! Há os que – aí, sim -, de prontidão
entenderão estas palavras como uma “guerra”, acusando que “a prática é
diferente da teoria” e coisas do tipo. Mas, no mais das vezes, quem age assim o
faz por não ter entendido o mínimo do que se argumenta, ou por má fé mesmo. É o
estado da inflexibilidade quanto às críticas que se recebe, muitas por motivos
óbvios e irrefutáveis, como as que apresento, que promove as verdadeiras
“guerras” entre os homens. Por outro lado, briga de egos, vaidade extrema e até
loucura rondam muitos dentre os carismáticos e pentecostais, cuja maioria,
apesar de significativamente mais expressiva e relevante socialmente, perde-se
em um caldeirão de desunião, invejas e disputas terríveis. Não que não haja
tudo isso entre os “cessacionistas” ou “históricos”. Como há! Mas é quase tudo
muito velado, oculto, restrito a conversas de “pé de ouvido” e brigas por cargo
e prestígio, porque o povo mesmo, entre os tais, vive muito mais uma vida
secularizada, indiferente, apática, do que espiritualmente viva. Desta forma, o
potencial que se tem em muitos líderes entre os “históricos” ou
“cessacionistas”, pela sua aplicação à leitura, ao estudo, à avidez de se
defender os princípios fundamentais da fé cristã fica eclipsada pela
despreocupação em levar o fervor àqueles que, como povo, preenchem suas
próprias fileiras, sentam nos bancos de suas igrejas. Esqueceram de levar as
recomendações que fazem em congressos e seminários para dentro de suas próprias
igrejas. O fim disso tudo? O aprofundamento das diferenças de visões
diametralmente opostas, pois a maquiagem do fingimento de que “isto não é nada”
não durará para sempre. Ficaremos, como santos, cada vez mais vulneráveis e
sucumbiremos ante o ardil dos ardis – falo, fisicamente -, diante da Tribulação
que se nos apresentaa (creiam nela ou não). “Ele (a besta) fará guerra contra
os santos e os vencerá”, diz-nos o Apocalipse, cap. 13. Para quem acha que os
“santos” neste texto são os judeus, é preciso revisar TUDO o que se julga saber
sobre o Apocalipse, pois os homens e mulheres da Igreja são chamados de
“santos” em todo o NT, e principalmente na literatura mais tardia do mesmo,
fazendo com que esse texto se aplique muito mais à Igreja daquele período,
i.e., dos dias da Tribulação. E por que a besta “os vencerá”? Penso que uma
parte da resposta se vê claramente hoje, no aprofundamento impiedoso das
diferenças entre os principais ramos dá Cristandade. Tudo, absolutamente tudo,
só terá uma reviravolta gloriosa com a 2a. VINDA DE JESUS CRISTO, que deixou de
ser uma realidade patente na espiritualidade de “históricos” e “cessacionistas”
e até de muitos pentecostais e carismáticos, para ser, no máximo, uma lembrança
latente. Mas, é como diz aquela antiga canção do saudoso Grupo Semente, sobre a
volta de Jesus Cristo: “E o fim do tempo chegará, sangrando a memória”. ELE
virá. E separará o joio do trigo, o fingido do verdadeiro, o aproveitador e
maligno do efetivamente justificado e transformará em NOVAS todas as coisas.
Sejam em quais fileiras, facções, partidos, linhas teológicas estejam. Essa,
não nos enganemos, deve ser a nossa mais convicta esperança. Porque provém da
fonte, do Espírito, da pureza da Palavra, escrita e a nós legada a partir de um
tempo em que a Igreja em si estava praticamente intocada, em seu todo, das
loucuras, desvarios e megalomanias travestidas de piedade de homens maus,
insensíveis, cruéis e desumanos, todos na verdade loucos apenas para se
sentarem “na cadeira de Moisés”. Que Deus abençoe seus filhos e tenha
misericórdia deste mundo, que sucumbe cada vez mais, assistindo inerte
(“faminto”, “sedento”, “perdido”, “morto”) a incompetência de muitos tijolos
bravios da Igreja visível.
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