"EU NÃO VOU PARAR DE PREGAR", DIZ PASTOR ESPANCADO E PRESO NA INDONÉSIA NUR FOI ATACADO POR EXTREMISTAS MUÇULMANOS E PASSOU UMA NOITE SENDO ESPANCADO. EM SEGUIDA, ELE FOI LEVADO PELA POLÍCIA PARA SER DETIDO. FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO HELLO CHRISTIAN
A International Christian Concern (ICC) descobriu que um pastor de
igreja doméstica foi atacado por radicais muçulmanos, espancado e detido pela
polícia local. Ele só foi liberado depois de pagar um valor exigido pelos
policiais. Nur (nome substituído por motivos de segurança) tem um espírito
gentil. Ele toca guitarra em sua igreja onde também é pastor para mais de 70
pessoas. Nur trabalha fazendo pequenos trabalhos para prover o sustento de sua
família. Ele se tornou cristão por causa de seu pai, um professor do Alcorão,
que se converteu a Cristo depois de ler a Bíblia. Seu pai também é um pastor
subterrâneo. O gerente regional da ICC se reuniu com o pastor e outros líderes
subterrâneos na Indonésia poucos dias antes do ataque em fevereiro deste ano. Cada
um dos pastores compartilhou histórias onde eles escaparam da morte e
sobreviveram à perseguição por causa da fé em Jesus. Mas ninguém poderia saber
do perigo que Nur estava prestes a enfrentar poucos dias depois. Seis dias após
a reunião, Nur estava visitando alguns amigos, em uma comunidade próxima e
ensinando sobre a Bíblia. Outro homem da comunidade entrou na residência
explicando que queria ouvir sobre a Bíblia também. Eles eram cautelosos, mas
pensavam que poderiam confiar nele por ser um vizinho. Ataque covarde: Enquanto
Nur ensinava, mais três homens entraram na casa. Um estava usando o traje de
uma organização radical muçulmana. Eles tiraram Nur de dentro da casa e
começaram a bater na cabeça dele. Eles confiscaram sua carteira e seu telefone
celular e questionaram-no, perguntando por que ele estava ensinando
"heresias" e tentando converter uma família. Os homens forçaram Nur a
ir com eles a uma mesquita local. Lá o despiram, continuam a bater nele, e o
trancam num pequeno quarto. Um dos homens fez um telefonema e mais 15 homens
vieram. Cada um deles se revezava, espancando-o e interrogando-o. Nur estima
que ele sofreu mais de 30 espancamentos naquela noite. Ele compartilhou com a
ICC: "Eles tiraram minhas roupas e me forçaram a fazer isso mesmo sabendo
que eu estava doente. Eles continuaram a me chutar e a me bater. Eu contei mais
de 30 vezes que eles chutaram e me socaram naquela noite. Eu pensei que iriam
me matar, porque eles ainda não haviam me dado água para beber e tomar meu
remédio. Eu pensei: 'É isso. Este poderia ser o fim da minha vida’. Eu só pedi
que o Senhor me libertasse daquela situação, mesmo que pudesse parecer
impossível", disse. Quando amanheceu, eles perguntaram quem era seu líder
espiritual. Nur se recusou a responder e eles chamaram a polícia. Três
policiais indonésios chegaram em um veículo. Apenas um estava de uniforme.
Arrastaram-no para o veículo e o jogaram para dentro. Eles o forçaram a se
deitar e enquanto um policial mantinha a cabeça de Nur presa ao chão com o pé,
chutaram e socaram-no enquanto eles dirigiam para a delegacia. Quando chegaram
em uma estação, houve mais um interrogatório. Falsas acusações: Eles o acusaram
de tentar criar "caos" na comunidade e exigiram um suborno de 10
milhões de rupias indonésias (cerca de 2.340 reais) para sua libertação. Eles
lhe disseram que se ele não pudesse pagar, ele seria acusado de ofensas
criminais. Nur implorou e explicou que não havia nenhuma maneira de pagar o
valor pedido. Disse-lhes que era um trabalhador não qualificado que não tinha
mais do que um dólar no bolso. No dia seguinte, ele foi autorizado a chamar sua
família e explicar sua situação, mas eles não tiveram dinheiro também. Sua irmã
foi de porta em porta na comunidade pedindo dinheiro emprestado para tirar seu
irmão da prisão. Ela levou uma quantia arrecadada para a delegacia e pediu para
que eles aceitassem. Eles disseram a ela que eles nunca poderiam aceitar uma
quantia tão pequena, mas ela se recusou a desistir. Então, eles cederam,
percebendo que era tudo o que podia sair deles. O ataque ocorreu há mais de um
mês, mas Nur ainda está se recuperando. Ele disse à ICC que agora está
problemas de audição e dor nas costas. Mesmo que Nur admita ter medo, ele não
pretende parar de pastorear a igreja de sua casa e não vai parar de
compartilhar a mensagem do Evangelho com as pessoas. "Não tenho medo de
evangelizar novamente e não vou parar", disse ele à ICC. Na Indonésia, a
liberdade religiosa dos cristãos é protegida pela política nacional e o
evangelismo é legal. No entanto, na realidade, a falta de compreensão da
política nacional a nível local ou a falta de vontade política para proteger a
liberdade religiosa significa que muitas minorias religiosas vivem com medo da
perseguição na Indonésia. Por causa disso, muitas igrejas operam de forma
sigilosa.
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