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MINISTÉRIO EM DEFESA DA FÉ APOSTÓLICA


PASTOR SERGIO LOURENÇO JUNIOR - REGISTRO CONSELHO DE PASTORES - CPESP - 2419

OS NOVE PERÍODOS DA HISTÓRIA DE ISRAEL

Muitas nações do mundo se preocupam com Israel porque ela é o centro da história bíblica. Didaticamente a história de Israel pode ser dividida em nove períodos dentro da Bíblia Sagrada. O PRIMEIRO PERÍODO CHAMADO PATRIARCAL Existe um período chamado de Patriarcal, que se inicia em Abraão chegando até ao ano da morte de José, passando por Canaã ao Egito. Segundo os historiadores e arqueólogos estas datas chamadas de cronologia aceita que compreende o período de 1921-1635 a.C. Segundo o relato bíblico, estando em Abrão em Ur dos Caldeus[1], o próprio Deus o chama para fundar uma nação, que mais tarde seria chamado de o povo escolhido ou o povo eleito, já planejando o SENHOR a redenção da humanidade. Cumprindo a ordem de Deus, Abrão, posteriormente chamado Abraão, sai da terra de sua parentela em direção à terra que Deus lhe mostraria. O livro de Gênesis narra a obediência irrestrita de Abraão e seguindo a promessa que lhe fora feita pelo SENHOR: “far-te-ei uma grande nação e abençoar-te-ei, e engrandecerei o teu nome e tu serás uma benção”. (Gn 12.2) Abraão conheceu o que o mundo tinha de grande em seus dias. A história dos patriarcas passa por Isaque e Jacó, chegando até José e sua triunfante vitória após anos de servidão. De rejeitado por seus irmãos, por motivo de ciúmes, até a assunção do cargo de governador do Egito. Abrange o tempo da escravi­dão no Egito. Estritamente falando, a estada de Israel no Egito inicia-se com a ida dos irmãos de José para compra­rem mantimento (Gn 42). O período acha-se descrito nos primeiros 12 capítulos do livro de Êxodo. O SEGUNDO PERÍODO CHAMADO ISRAEL NO EGITO Este período vai desde a morte de José a saída de Israel do Egito, também conhecido como Êxodo, que é também o nome do segundo livro escrito por Moisés. Isto faz parte da profecia que o SENHOR revelou a Abraão em Gn 15.13: “Saibas, decerto, que peregrina será a tua semente em terra que não é sua; e servi-lo-á e afligi-la-ão quatrocentos anos”. Para conservação da vida do povo escolhido, Deus fez uma grande obra na vida de José, elevando-o a uma posição honrosa, dando-lhe a maior autoridade da maior potencia do mundo conhecido daquela época. Vemos que também isto fez com que a promessa feita a Abraão de conquistar a terra que Ele lhe mostraria, ficasse aguardando. Depois da morte de José, provavelmente num período de 60 anos, “levantou-se um novo rei sobre o Egito que não conhecera a José”. (Ex 1.8) Começou um período de grande aflição e perseguição, sendo os israelitas escravizados cerca de 430 anos, conforme a profecia em Gn 15.13. Por volta de quarenta anos antes do êxodo, surge no cenário a figura de Moisés. Foi criado no palácio de Faraó após grande livramento operado por Deus. Recebeu formação superior, sendo criado como príncipe no Egito. Segundo comentários, Moisés durante quarenta aprendeu a ser rei. Depois passou mais quarenta descobrindo que não era nada, para depois ser usado por Deus durante quarenta anos. Foi um grande legislador e governador. Depois de chamado por Deus em meio a uma sarça ardente, foi mandado apresentar-se a faraó para libertar o povo israelita. O TERCEIRO PERÍODO CHAMADO ISRAEL NO DESERTO Compreendido entre o Êxodo até o último acampamento de Israel em Sitim, nas planícies de Moabe (1491 – 1451 a. C.) A opressão tomara conta dos israelitas e estes começaram a clamar por sua libertação. “E disse o SENHOR: Tenho visto a aflição do meu povo, que está no Egito, e tenho ouvido o seu clamor por causa dos seus exatores, porque conheci as suas dores”. (Ex 3.7) Então disse o SENHOR a Moisés: “e agora, eis que o clamor dos filhos de Israel chegou a mim, e também tenho visto a opressão com que os egípcios os oprimem. Vem agora, pois, e eu te enviarei a Faraó, para que tires o meu povo do Egito”. (Ex 3.9,10) Flávio Josefo, historiador judeu, conta que: Moisés, certo do auxílio de Deus e do poder que Ele lhe dava para fazer milagres todas as vezes que julgasse necessário, concebeu grande esperança de libertar os hebreus e humilhar os egípcios. Soube nesse mesmo tempo da morte de Faraó, sob cujo reinado ele fugira do Egito. E assim, rogou a Reuel, seu sogro, que lhe permitisse voltar para lá, para o bem de sua nação. E não teve dificuldade em obter o consentimento. Arão, seu irmão, veio, por ordem de Deus, encontrá-lo na fronteira do Egito, e Moisés narrou-lhe tudo o que acontecera no monte e as ordens que de Deus recebera. Os principais israelitas vieram também ter com ele e, para obrigá-los a crer em suas palavras, fez na presença deles, pelo poder que havia recebido, vários prodígios. O espanto que deles se apoderou certificou-os da verdade, e começaram a esperar tudo do auxílio de Deus. (JOSEFO, 2007, p. 145) Quem era o governante egípcio no tempo do Êxodo? Segundo Halley, existe duas explicações ou teses sobre quem era esse famoso governante: Amenotepe II (1450-1420 a.C.) ou Mer-neptá (1238-1229 a.C.). Se o Êxodo ocorreu sob Amenotepe II, então Totmés III foi o grande opressor de Israel, cuja irmã criou Moisés. Essa irmã seria a famosa Rai­nha Hatchepsute. Como se ajustam maravilhosamente os fatos do seu rei­nado com a história bíblica! Ela se interessou pelas minas do Sinai e restau­rou o templo em Serabite, obras que Moisés pode ter superintendido, tendo assim oportunidade de se familiarizar com a região do Sinai. E há mais: quando Moisés nasceu, Totmés III seria criança, e Hatchepsute regente; morrendo ela, recrudesceu a opressão contra Israel; deu-se a fuga de Moi­sés. Aliás, ainda teríamos aí a explicação, em parte, do prestígio de Moisés no Egito. Se o Êxodo ocorreu sob Merneptá, então Ramsés II foi o grande opres­sor de Israel, cuja filha criou Moisés. Assim, Moisés foi criado ou sob o governo de Totmés III, ou de Ramsés II, figurando ambos entre os mais famosos reis do Egito. E Moisés levou Israel para fora do Egito, ou sob Amenotepe II, ou sob Merneptá. (HALLEY, 1991, p.110) Após a morte dos primogênitos egípcios, tanto Faraó como o povo em geral estavam dispostos a deixar os israeli­tas saírem do Egito. E saíram mesmo, levando grandes riquezas. Na caminhada até a terra prometida, Deus operou sinais, prodígios e maravilhas na presença do povo. Uma nuvem os cobria, amenizando as altas temperaturas no deserto e os guiava durante o dia. A noite uma coluna de fogo os aquecia e os conduzia, de modo que podiam andar de dia e de noite. A travessia do mar Vermelho mostra o tremendo poder e amor que Deus tinha por seu povo. Era o SENHOR cumprindo a promessa feita a Abraão. (Gn 15.14) Foi durante a permanência de Israel no deserto que a Lei foi dada através de Moisés. Começava a organização política e social de um povo, surgindo uma nação. As imoralidades e culto aos demônios realizados pelas nações vizinhas fizeram que o SENHOR providenciasse medidas preventivas de modo a manter a santidade de seu povo para pudesse estar junto deles. Mas o coração duro do povo, que constantemente murmurava dos atos de Deus, e o desejo de voltar à escravidão no Egito, fizeram com o SENHOR se aborrece com eles a ponto de desejar extermina-los, mas Moisés intercedeu e Deus aplacou a sua fúria. O pecado era tremendo a ponto de fazer um bezerro de ouro para adorá-lo, pois aguardaram Moisés descer do Monte Horebe, onde fora receber as leis de Deus. Como demorou o povo achando que havia morrido, construíram a imagem. Por isso, peregrinaram quarenta anos no deserto, até morresse toda aquela geração. Dos que saíram do Egito, somente Josué e Calebe entraram na terra prometida, porque foram fiéis e creram na promessa de Deus. O QUARTO PERÍODO CHAMADO A CONQUISTA DE CANAÃ Este período, compreendido de 7 anos, se passa aproximadamente entre 1451-1444 a. C. Depois da morte de Moisés, Josué assume a responsabilidade de entrar com o povo na terra prometida, terra que mana leite e mel. O livro de Josué descreve Israel já na sua própria terra. A promessa de Deus a Abraão fora cumprida. O tabernáculo já havia sido construído por Moisés, agora o povo tinha ordem de avançar e destruir os povos vizinhos. Disse o SENHOR: “todo lugar que pisar a planta do vosso pé, vo-lo tenho dado, como eu disse a Moisés”. (Js 1.3) Mas o povo foi fraco e complacente, tornaram-se impotentes para conquistar toda a terra prometida. A terra tinha sido prometida, mas era preciso ser conquistada palmo a palmo. É neste período que temos a conquista de Jericó, a divisão da terra entre os israelitas e a batalha em que o sol parou. No livro de Josué capítulo 11.11 está escrito que Josué “queimou com fogo a (cidade) Hazor”. Um arqueólogo chamado Garstang “encontrou as cinzas desse incêndio, com evidência pelo estudo da cerâmica de que isso ocorreu cerca de 1400 a.C.”. (HALLEY, 1991, p. 154) O livro de Josué vai até o ano da sua morte: 1425 a.C., cobrindo, assim, um período de 23 anos. O QUINTO PERÍODO CHAMADO JUÍZES Compreendido entre 1425-1095 a.C., com mais de 300 anos (Jz 11.26). Este período vai da morte de Josué ao fim do governo de Samuel. Compreende os livros de: Juizes, Rute e l Sa­muel capítulos 1-9. Foi um tempo de apostasia em Israel. A forma de governo era teocrática, mas os costumes das nações em derredor que Deus mandara destruir (o que não foi obedecido) começaram a influenciar o modo de vida dos israelitas, principalmente os costumes dos cananeus. Isto trouxe sérios problemas para os filhos de Jacó, devido a proximidade com nações ímpias, porque paulatinamente começaram a concordar com a idolatria daquele povo. O Período dos Juízes, onde centro religioso nacional ficou em Silo, foi marcado por anarquia, guerra civil, idolatria, invasões estrangeiras e opressões. O livro de Juízes termina afirmando laconicamente que "cada um fazia o que parecia reto aos seus olhos" (Jz 21.25). Samuel, que era juiz, sacer­dote e profeta (l Sm 3.20; 7.9,15) foi o maior líder espiritual desse período. Destaca-se também a atuação de uma mulher como juíza, Débora (Jz 4.4). Para uma sociedade totalmente patriarcal, isso merece ênfase. Foi neste período que o povo rejeitou a Deus e pediu um rei como o costume das nações da terra. Samuel que foi o último juiz de Israel se entristeceu muito, mas O SENHOR o confortou dizendo que na verdade o povo não o estava rejeitando e sim a Mim, seu próprio Deus. O SEXTO PERÍODO CHAMADO A MONARQUIA Compreendido entre 1095-975 a.C., somando um total de 120 anos. Reinados de Saul, Davi e Salomão. É o período áureo e esplendoroso de Israel. Deus fez aliança com Davi, declarando-lhe que jamais lhe faltaria descendente sobre o trono de Israel (2 Sm 7.16), o que se cumpriu no Senhor Jesus Cristo. Destaques deste período: conquista de Jerusalém por Davi, aumento da área geográfica de Israel através de Davi e Salomão, que nem assim atingiu a área de terra prometida por Deus a Abraão e a construção do Templo, por Salomão. Em 1 Rs 6.7 cita que o Templo foi construído sem se ouvir qualquer barulho. Entre a saída dos israelitas do Egito até o reinado de Salomão temos um intervalo de 480 anos (l Rs 6.1). O interessante é que apesar da história estar registrada na Bíblia, muitos céticos acreditam que não houve um rei Davi em Israel, afirmando que isto não passa de um mito, mas Price em seu livro “Arqueologia Bíblica” nos dá uma outra visão: A despeito das escavações que revelaram uma presença israelita estabelecida na Terra Santa perto da época de Davi — e que até descobriram estruturas na Cidade de Davi relacionadas aos seus dias —, os críticos continuaram a susten­tar firmemente o mito Davi, porque nenhuma menção específica a Davi chega­ra a aparecer em tais escavações. Entretanto, estes críticos foram forçados a reconsiderar suas opiniões com base em novas evidências descobertas em 1993. O desafio para estes revisionistas surgiu através da inscrição num monumento (estela) de quase 3.000 anos, escrito em basalto preto por um dos inimigos estrangeiros de Israel. Descoberto no sítio de Tel Dã, norte de Israel, esta inscrição surpreendente traz as palavras "Casa de Davi". O arqueólogo que fez esta descoberta é o professor Avraham Biran, diretor da Faculdade de Arqueologia Bíblica Nelson Glueck, da Hebrew Union College. A estela da Casa de Davi coroou 27 anos de descobertas arqueológi­cas em Tel Dá, o sítio no norte de Israel onde a estela foi encontrada. Quando recentemente visitei o professor Biran em seu escritório no Instituto Judaico de Religião em Jerusalém, visitamos o Museu Skirball (localizado adjacente ao seu escritório), onde muitas de suas descobertas em Tel Dã estão armaze­nadas. Segurando uma réplica da estela da Casa de Davi, hoje acrescida de novas peças desenterradas em 1994, ele comentou sobre seu conteúdo e con­tribuição para a história bíblica: ‘Neste fragmento, um rei de Damasco, Ben-Hadade, é manifestamente vitorioso. Ele matou alguém e levou prisioneiros e cavaleiros. [...] Mas o que foi realmente tremendo foi descobrir que ele derrotou um "rei de Israel da Casa de Davi!" Então aqui temos a menção da "Casa de Davi" numa inscrição araméia datada [...] aproximadamente 150 anos depois dos dias do rei Davi’. (PRICE, 2006, p. 146-147) O SÉTIMO PERÍODO CHAMADO REINO DIVIDIDO Compreendo entre os anos de 975-606 a.C., com mais de 300 anos. O reino unido durou 120 anos. Depois da morte de Salomão, dividiu-se o reino, sendo que as dez tribos do norte formaram um reino chamado Israel, que tiveram como capital Samaria, e as tribos de Judá e Benjamin formaram o reino do sul, chamado Judá, que tiveram como capital Jerusalém. O reino do norte durou pouco mais de 200 anos e foi destruído pela Assíria, em 722 a.C. O reino do sul, durou um pouco mais de 300 anos, foi destruído pela Babilônia, entre 605 e 587 a. C.. Este período foi marcado por apostasia, guerras e violências praticadas em nome da religião pagã. Deus levantou diversos homens que falaram em seu nome, chamados profetas. Pregavam contra a imoralidade, a apostasia e a maldade praticada pelo seu povo. Deus os advertia e ameaçava constante que devido ao pecado, o próprio SENHOR enviaria um castigo. A separação das dez tribos "veio de Deus", como castigo da apostasia de Salomão e como uma lição para Judá. Após a separação cada reino adotou religiões distintas: Reino do Norte Jeroboão, fundador do reino do Norte, adotou para manter separados os dois reinos, o culto do bezerro, a religião do Egito, como religião oficial do reino recém-formado. O culto de Deus identificara-se em Judá com a família de Davi. O bezerro veio a constar como símbolo da independência de Israel. Jeroboão incutiu tão profundamente o culto do bezerro no reino do Norte que não pode ser arrancado daí senão com a queda desse reino. O culto de Baal, introduzido por Jezabel, prevaleceu por uns 30 anos, mas foi exterminado por Elias, Eliseu e Jeú, nunca mais reaparecendo, embora persistisse, com intermitências, em Judá, até ao cativeiro deste. Todos os 19 reis do Norte seguiram o culto do bezerro de ouro. Alguns deles serviram também a Baal, porém nenhum tentou alguma vez fazer o povo voltar para Deus. Reino do Sul Foi o culto de Deus: posto que a maioria dos reis servisse aos ídolos e andasse nos maus caminhos dos reis de Israel, contudo alguns dos reis de Judá serviram a Deus e por vezes houve notáveis reformas no meio desse povo. Entretanto, apesar dos repetidos e enérgicos avisos dos profetas, Judá acabou por abismar-se nas práticas horríveis do culto a Baal e de outras religiões dos cananeus, até que não houve mais remédio. O OITAVO PERÍODO CHAMADO CATIVEIRO E RESTAURAÇÃO Israel foi levado cativo pela Assíria em 722 a. C. Oséias, 732-723 a.C., último rei de Israel. Reinou 9 anos. Pagou tributo ao rei da Assíria, porém fez uma aliança secreta com o rei do Egito. Vieram então os assírios e aplicaram o último golpe de morte ao reino do Norte. Samaria caiu e seu povo acompanhou o resto de Israel ao cativeiro. Os profetas da época foram Oséias, Isaías e Miquéias. O reino do Norte durara cerca de 200 anos. Cada um dos seus 19 reis andou nos pecados de Jeroboão, seu fundador. Deus enviara profeta após profeta, e castigo após castigo, num esforço para fazer a nação voltar dos seus pecados. Tudo, porém, debalde. Israel aderira aos seus ídolos. Não havia remédio; a ira de Deus manifestou-se e removeu Israel de sua terra. O Cativeiro de Judá foi consumado em quatro etapas: 605 a.C. Nabucodonosor subjugou Jeoaquim, levou os tesouros do templo, a descendência real, inclusive Daniel, para Babilônia, 2 Cr 36:6-7; Dn 1:1-3. 597 a.C. Nabucodonosor voltou e levou o restante dos tesouros e o rei Jeoaquim, e 10.000 dos príncipes, oficiais e homens principais, todos cativos à Babilônia, 2 Rs 24:14-16. 587 a.C. Voltaram os babilônios, incendiaram Jerusalém, quebraram seus muros, vazaram os olhos ao rei Zedequias e levaram-no algemado para Babilônia, com 832 cativos, deixando só um resto da classe mais pobre na região, 2 Rs 25:8-12; Jr 52:28-30. O sumário de cativos é menor em Jere­mias do que nos livros dos Reis, provavelmente porque inclui só os mais importantes. Os babilônios levaram um ano e meio para subjugar Jerusa­lém. Cercaram-na no 9.° ano de Zedequias, no 10.° mês e no 10.° dia. A queda se deu no ano 11.°, 4.° mês, 9.° dia. Um mês depois a cidade era incendiada, isto é, no 7.° dia do 5.° mês. Assim, Nabucodonosor levou 20 anos na destruição de Jerusalém. Podia tê-lo feito no princípio, se tivesse querido. Mas quis somente o tributo. Demais disto Daniel, a quem levou para a Babilônia no princípio dos 20 anos, logo se tornou seu amigo e conselheiro. É possível que exercesse sobre Nabucodonosor uma influência aplacadora; até que a persistência de Judá em fazer aliança com o Egito forçou-o a riscar Jerusalém do mapa. 582 a.C. 5 anos após o incêndio de Jerusalém, vieram os babilônios outra vez e levaram mais 745 cativos, Jr 52:30, mesmo depois que um grupo considerável, inclusive Jeremias, fugira para o Egito, Jr 43. A queda de Jerusalém deu ensejo ao ministério dos três grandes profetas, Jeremias, Ezequiel e Daniel. O cativeiro de Judá pela Babilônia fora predito 100 anos antes por Isaías e Miquéias, Is 39:6; Mq 4:10. Agora que se realiza, Jeremias prediz que durará 70 anos, Jr 25:11, 12. Foi o fim do reino terrestre de Davi, que durara 400 anos. Reviveu, em sentido espiritual, com a vinda de Cristo, para consumar-se na glória quan­do Ele voltar. Profe­cias de futura reunião das 12 tribos: Isaías 49.6; Jeremias 3.18; 50.4; Ezequiel 37.21,22; Oséias 1.11; Zacarias 8.13. Benefícios derivados do cativeiro: A idolatria foi abolida de vez. A lei de Moisés passou a ser respeitada e levada a sé­rio. O estudo da Lei foi difundido e intensificado median­te as sinagogas surgidas. Renovação da Esperança Messiânica pelo estudo da Palavra de Deus e avivamento espiritual. Projeção do sentimento nacionalista. O cativeiro também os ensinou isto (Salmo 137). Do exposto, Israel foi criado no Egito, destruído pela Assíria e Babilônia, e restaurado pela Pérsia. O NONO PERÍODO CHAMADO INTERBÍBLICO Período de mais de 400 anos, compreendido do profeta Malaquias ao iní­cio da Era Cristã, com o advento de Cristo. Malaquias deve ter ministrado de 432 a 430, quando deve ter sido encerrado o Antigo Testamento. Este período está profeticamente descrito em Daniel 11 a 12.4. O Período Interbíblico inicia com Israel sob o domínio persa. "Interbíblico" quer dizer "entre a Bíblia"; isto por que é um período em branco em que não houve revelação divina escrita. Nenhum profeta se levantou nesse período. O domínio persa prosseguiu por mais quase 100 anos. Período Pérsico, 430-331 a.C. Ao encerrar-se o Antigo Testamento, lá pelo ano 430 a.C., a Judéia era uma província da Pérsia. Esta havia sido potência mundial por uns 100 anos. Continuou a sê-la por outros 100 anos, durante os quais não se conhece muito acerca da história judaica. O domínio pérsico, na sua maior parte, foi brando e tole­rante, gozando os judeus de considerável liberdade. Período Grego, 331-167 a.C. Até esse tempo as grandes potências do mundo tinham estado na Ásia e na África. Mas, assomando agourentamente do horizonte ocidental, via-se o poder crescente da Grécia. Os começos da história dos gregos estão envol­tos em mito. Julga-se ter começado lá pelo Século 12 a.C., época dos juizes de Israel. Veio depois a guerra de Tróia, e Homero, cerca de 1000 a.C., tempo de Davi e Salomão. O início da autêntica história grega conta-se comumente a partir da primeira olimpíada, 776 a.C. Ocorreu depois a forma­ção dos estados helênicos, 776-500 a.C. Seguiram-se as guerras Pérsicas, 500-331 a.C. E as famosas batalhas: Maratona, 490 a.C.; Termópilas e Sala-mina, 480 a.C. Veio depois a brilhante era de Péricles, 465-429 a.C., e Sócrates, 469-399, contemporâneo de Esdras e Neemias. Alexandre Magno, 336 a.C., com a idade de 20 anos assumiu o comando do exército grego e, à maneira de meteoro, investiu para o Orien­te, sobre as terras que estiveram sob o domínio do Egito, Assíria, Babi­lônia e Pérsia. Em 331 a.C. o mundo inteiro jazia aos seus pés. Invadindo a Palestina em 332 a.C., mostrou muita consideração pelos judeus, poupando Jerusalém e oferecendo-lhes imunidades para se estabelecerem em Alexan­dria. Fundou cidades gregas por todos os seus domínios a elas levou a cultura e a língua do seu povo. Após breve reinado faleceu, em 323 a.C. Morrendo Alexandre, seu império passou a quatro dos seus generais; as duas secções orientais, Síria e Egito, couberam a Seleuco e a Ptolomeu, respectivamente. A Palestina, que ficava entre a Síria e o Egito, pertenceu primeiro àquela, mas logo passou para este, 301 a.C. e permaneceu sob o controle do Egito uns 100 anos, até 198 a.C. Sob os reis do Egito, chamados "Ptolomeus", a condição dos judeus foi sobretudo pacífica e feliz. Os que estavam no Egito construíam sinagogas em todas as partes onde se estabeleciam. Alexandria veio a ser um centro influente do judaísmo. Antíoco, o Grande, reconquistou a Palestina, 198 a.C., que voltou para os reis da Síria, chamados "Selêucidas". Antíoco Epifânio, 175-163 a.C., foi violentamente rancoroso com os judeus; fez um esforço titânico e decidido por exterminá-los e à sua religião. Devastou Jerusalém, 168 a.C., profanou o Templo, em cujo altar ofereceu uma porca, erigiu um altar a Júpiter, proibiu o culto no Templo, impediu a circuncisão sob pena de morte, destruiu todas as cópias das Escrituras que foram encontradas, matando a todos quantos foram achados de posse das mesmas, vendeu milhares de famílias judias para o cativeiro, e recorreu a toda espécie imaginável de tortura para forçar os judeus a renunciar sua religião. Isso deu ocasião à revolta dos Macabeus, uma das mais heróicas façanhas da história. Período da Independência, 167-63 a.C. Também chamado período Macabeu ou Hasmoneano. Matatias, sacer­dote, de intenso patriotismo e imensa coragem, furioso com a tentativa de Antíoco Epifânio de destruir os judeus e sua religião, reuniu um bando de leais compatriotas e desfraldou a bandeira da revolta. Tinha cinco filhos heróis e guerreiros: Judas, Jônatas, Simão, João e Eleazar. Matatias faleceu em 166 a.C. Seu manto caiu sobre o filho Judas, guerreiro de admirável gênio militar. Ganhou batalha após batalha em condições de inferioridade incríveis e impossíveis. Reconquistou Jerusalém, 165 a.C., purificou e reedi­ficou o Templo. Foi esta a origem da Festa da Dedicação. Judas uniu em si a autoridade sacerdotal e a civil, e assim estabeleceu a linhagem dos sacerdotes-governadores hasmoneanos, que pelos seguintes 100 anos gover­naram uma Judéia independente. Foram: Matatias, 167-166 a.C.; Judas, 166-161; Jônatas, 161-143; Simão, 143-135; João Hircano I, 135-104, füho de Jônatas. Aristóbulo e filhos, 104-63, indignos do nome dos Macabeus. Período Romano, 63 a.C. ao tempo de Cristo. No ano 63 a.C. a Palestina foi conquistada pelos romanos sob as ordens de Pompeu. Antipator, idumeu (edomita, descendente de Esaú) foi designado governador da Judéia. Sucedeu-lhe seu filho Herodes, o Grande, que foi rei da Judéia, 37-4 a.C. Herodes, para obter o favor dos judeus, reedificou o Templo com grande esplendor. Mas era brutal e cruel. Foi este o Herodes que governava Judá quando Jesus nasceu, e que trucidou os meninos de Belém. Surgiram também na fase acima as seguintes seitas re­ligiosas: a) Os Fariseus. ("separados"). Inicialmen­te, primavam pela pureza religiosa. Seu objetivo era con­servar viva e ativa a fé em Jeová. Depois, tornaram-se secos, ritualistas e hipócritas, como Jesus os classificou. Eram nacionalistas. b) Os Saduceus. ("justos"). Eram os aris­tocratas da época, adeptos do que chamamos hoje racionalismo (At 5.17; 23.8). Eram helenistas, isto é, partidários dos gregos, dos seus sistemas, etc. c) Os Essênios eram uma ordem monástica, verdadeira irmandade. Praticavam o ascetismo. Viviam nas vizinhan­ças do mar Morto. A raiz, da qual deriva a palavra "essê-nio", significa "piedoso". Pareciam uma seita oriental com mistura de judaísmo. Até hoje não está plenamente esclarecida a origem dos essênios. Referências bibliográficas: Bíblia de Estudo Pentecostal. 1ª Ed, Revista e Corrigida. Rio de Janeiro: CPAD, 1995. GILBERTO, Antônio. A Bíblia através dos séculos. 3ª ed, Rio de Janeiro: CPAD, 1994. HALLEY, Henry H. Manual bíblico: um comentário abreviado da Bíblia. 10ª ed, São Paulo: Vida Nova, 1991. JOSEFO, Flávio. História dos hebreus: de Abraão à queda de Jerusalém. (Trad: Vicente Pedroso), 11ª ed, Rio de Janeiro: CPAD, 2007. PRICE, Randall. Arquelogia Bíblica (trad: Sérgio Viúla e Luís Aron de Macedo), Rio de Janeiro: CPAD, 2006. [1] Esta cidade antiga ficava cerca de 160 km a sudeste da cidade de Babilônia, perto do rio Eufrates, na região hoje chamada Iraque. (BEP, 1995, p. 49).

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