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MINISTÉRIO EM DEFESA DA FÉ APOSTÓLICA


PASTOR SERGIO LOURENÇO JUNIOR - REGISTRO CONSELHO DE PASTORES - CPESP - 2419

UM ESPÍRITO DIFERENTE - PRESIDENTE DO CONSELHO INTERDENOMINACIONAL DE MINISTROS EVANGÉLICOS DO BRASIL - CIMEB - PASTOR SILAS MALAFAIA

"O Deus Eterno disse: - Já que você pediu, eu perdôo. "Mas, pela minha vida e pela minha presença gloriosa que enche toda a ter¬ra, juro que nenhum desses homens vi¬verá para entrar naquela terra. Eles vi¬ram a luz brilhante da minha presença e os milagres que fiz no Egito e no de¬serto. No entanto dez vezes puseram à prova a minha paciência e não quise¬ram me obedecer. "Eles nunca entrarão na terra que jurei dar aos seus antepassados. Ne¬nhum daqueles que me abandonaram verá aquela terra. "Mas o meu servo Calebe tem um espírito diferente e sempre tem sido fiel a mim. Por isso eu farei com que ele entre na terra que espionou, e os seus descendentes vão possuir aquela ter¬ra." (Números 14.20-24 - BLH - gri¬fo meu.) Vejamos um pouco da história bí¬blica para sabermos quem foi Calebe e por que o Senhor disse que ele ti¬nha um espírito diferente. Calebe nasceu no Egito. Era escra¬vo. Trabalhava nas construções do Faraó até à exaustão. Ele testemu¬nhou quando Moisés, enviado por Deus, apareceu e enfrentou o Faraó. Calebe presenciou as pragas que o Senhor enviou aos egípcios; partici¬pou da primeira Páscoa, viu a mor¬te dos primogênitos e saiu com o povo de Israel em direção ao deserto. Ele também assistiu o Mar Ver¬melho se abrir, passou por ele em seco e testemunhou a morte dos egíp¬cios no meio do mar. Contudo não foi o que Calebe pre¬senciou que o tornou diferente em relação aos outros israelenses. Todos os filhos de Israel viram o mesmo que Calebe. Então, o que fez de Calebe um ho¬mem diferente, a quem o Senhor pro¬meteu engrandecer? Calebe perseverou em seguir ao Senhor, semeou esperanças e se firmou na promessa que Deus lhe havia feito. O seu nome está relacionado a outro grande líder do povo de Deus: Josué. Eles eram jovens ainda quan¬do Moisés e o povo de Israel chega¬ram na fronteira de Canaã, a terra prometida. O povo de Deus havia sonhado com a terra da liberdade. Agora, finalmente, haviam chegado pertinho; bastava entrar e conquis¬tar a terra. Moisés, inspirado por Deus, es¬colheu doze príncipes, um de cada tribo, e os enviou para espiar a ter¬ra. Josué e Calebe estavam entre eles. Os espiões viram uma terra rica e maravilhosa. Confirmaram a promessa que Deus lhes havia fei¬to. O Senhor os trouxera a uma ter¬ra que manava leite e mel e produ¬zia frutos enormes. Era a terra dos sonhos, a terra que o Senhor lhes havia prometido e da qual estavam pertinho! Infelizmente, porém, dez espias voltaram tristes e abatidos, com um relatório pessimista. Vejamos o que a Bíblia nos relata em Números 13.25-33: "Ao cabo de quarenta dias, voltaram de espiar a terra... "Relataram a Moisés e disseram: Fomos à terra a que nos enviaste; e, ver¬dadeiramente, mana leite e mel; este é o fruto dela. "O povo, porém, que habita nessa terra é poderoso, e as cidades, mui grandes e fortificadas; também vimos ali os filhos de Anaque... "Então, Calebe fez calar o povo pe¬rante Moisés e disse: Eia! Subamos e possuamos a terra, porque, certamen¬te, prevaleceremos contra ela. "Porém os homens que com ele ti¬nham subido disseram: Não poderemos subir contra aquele povo, porque é mais forte do que nós. "E, diante dos filhos de Israel, infa¬maram a terra que haviam espiado, di¬zendo: A terra pelo meio da qual pas¬samos a espiar é terra que devora os seus moradores; e todo o povo que vi¬mos nela são homens de grande esta¬tura. "Também vimos ali gigantes (os fi¬lhos de Anaque são descendentes de gi¬gantes), e éramos, aos nossos próprios olhos, como gafanhotos e assim tam¬bém o éramos aos seus olhos." O medo faz com que as pessoas criem "fantasmas" e mentiras. Como pode um homem ser um ga¬fanhoto? Como é possível a terra se abrir e engolir os seus habitantes? Se isso fosse verdade, como eles pu-deram ter voltado para relatar o que viram? O medo nos torna pequenos, co¬vardes e faz com que nos achemos "insetos". Eles estavam tão pertos de con¬quistar a terra! Haviam passado por tantas provações, dificuldades, guer¬ras e, com o auxílio do Senhor, ven¬ceram todos os obstáculos. Agora, porém, estavam se consi¬derando gafanhotos, insetos... Aí, então, aparece pela primeira vez o "gigantesco" Calebe. "Então, Calebe fez calar o povo pe¬rante Moisés e disse: Eia! Subornos e possuamos a terra, porque, certamen¬te, prevaleceremos contra ela." (Nú¬meros 13.30.) Calebe agia assim baseado na fé que tinha no Todo-Poderoso, no Deus que os tirara com braço forte e maravilhas da terra da escravi¬dão. O povo, porém, gritava de medo e incredulidade: "Não estamos preparados para enfrentá-los! Esta crise é diferente. Ela vai nos devorar! Não há como vencermos esses inimigos. Deus já nos deu outras vitórias, mas gigan¬tes e cidades fortificadas estão mui¬to além de nossas forças e de nossa capacidade!" Eles haviam se esquecido das ma¬ravilhas e dos milagres que o Senhor efetuara em favor deles. Por isso, um choro de incredulidade elevou-se de toda a congregação: "Levantou-se, pois, toda a congre¬gação e gritou em voz alta; e o povo chorou aquela noite. "Todos os filhos de Israel murmuraram contra Moisés e contra Arão; e toda a congregação lhes disse: Tomara tivéssemos morrido na terra do Egito ou mesmo neste deserto! "E por que nos traz o Senhor a esta terra, para cairmos à espada e para que nossas mulheres e nossas crianças se¬jam por presa? Não nos seria melhor voltarmos para o Egito? "E diziam uns aos outros: Levante¬mos um capitão e voltemos para o Egi¬to." (Números 14.1-4.) Josué e Calebe, porém, confiante-mente, disseram: "...A terra pelo meio da qual passa¬mos a espiar é terra muitíssimo boa. "Se o Senhor se agradar de nós, en¬tão, nos fará entrar nessa terra e no-la dará, terra que mana leite e mel." (Nú¬meros 14.6-8.) O grande Calebe compreendeu os propósitos de Deus. Ele sabia que, se o povo cresse no poder divino, o inimigo não tinha poder para impe¬dir que Israel entrasse na terra e a conquistasse. "Tão-somente não sejais rebeldes contra o Senhor e não temais o povo dessa terra, porquanto, como pão, os podemos devorar; retirou-se deles o seu amparo; o Senhor é conosco; não os temais." (Números 14.9.) Calebe confiou em Deus. Apesar das terríveis circunstâncias e da gran¬de maioria do povo ter se rendido ao medo e à incredulidade, Calebe sabia que Deus, que fora poderoso para libertar Israel do domínio dos egípcios, era poderoso também para fazê-los vencer todos os inimigos e tomar posse da Terra Prometida. E foi essa atitude de Calebe que o fez receber a promessa de Deus. E foi seu espírito diferente que fez com que tomasse posse da promessa que o Senhor lhe fizera. 45 anos depois... "Como o Senhor ordenara a Moisés, assim fizeram os filhos de Israel e re¬partiram a terra. "Chegaram os filhos de Judá a Josué em Gilgal; e Calebe, filho de fefoné, o quenezeu, lhe disse: Tu sabes o que o Senhor falou a Moisés, homem de Deus, em Cades-Barnéia, a respeito de mim e de ti. "Tinha eu quarenta anos quando Moisés, servo do Senhor, me enviou de Cades-Barnéia para espiar a terra; e eu lhe relatei como sentia no coração. "Mas meus irmãos que subiram co¬migo desesperaram o povo; eu, porém, perseverei em seguir o Senhor, meu Deus. "Então, Moisés, naquele dia, jurou, dizendo: Certamente, a terra em que puseste o pé será tua e de teus filhos, em herança perpetuamente, pois perseveraste em seguir o Senhor, meu Deus. "Eis, agora, o Senhor me conservou em vida, como prometeu; quarenta e cinco anos há desde que o Senhor falou esta palavra a Moisés, andando Israel ainda no deserto; e, já agora, sou de oi¬tenta e cinco anos. "Estou forte ainda hoje como no dia em que Moisés me enviou; qual era a minha força naquele dia, tal ainda ago¬ra para o combate, tanto para sair a ele como para voltar. "Agora, pois, dá-me este monte de que o Senhor falou naquele dia, pois, na¬quele dia, ouviste que lá estavam os anaquins e grandes e fortes cidades; o Senhor, porventura, será comigo, para os desapossar, como prometeu. "Josué o abençoou e deu a Calebe, fi¬lho de Jefoné, Hebrom em herança. "Portanto, Hebrom passou a ser de Calebe, filho de Jefoné, o quenezeu, em herança até ao dia de hoje, visto que perseverara em seguir o Senhor, Deus de Israel. "Dantes o nome de Hebrom era Quiriate-Arba; este Arba foi o maior homem entre os anaquins. E a terra re¬pousou da guerra." (Josué 14.5-15.) Depois de passarem 40 anos no deserto, e toda aquela geração incrédula ter perecido no deserto, Josué conduziu o povo do Senhor para Canaã. Calebe, então, vai até Josué e, baseado na promessa que o Senhor lhe fizera, pede sua herança. Nos capítulos seguintes, veremos por que Calebe foi grande perante Deus e os homens.

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