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MINISTÉRIO EM DEFESA DA FÉ APOSTÓLICA


PASTOR SERGIO LOURENÇO JUNIOR - REGISTRO CONSELHO DE PASTORES - CPESP - 2419

EVANGÉLICA ALIMENTA 230 CRIANÇAS POR DIA EM FAVELA DE SP ONG REVIVER OFERECE COMIDA E ESTUDO PARA POPULAÇÃO CARENTE POR JARBAS ARAGÃO

Marlene Garcia, 59 anos, todos os dias, sem ajuda do governo, alimenta 230 crianças numa favela na zona sul de São Paulo. A nome da ONG Reviver, comanda por ela há 12 anos no Morro da Macumba, tem origem numa imagem bíblica. “Reviver é como se você estivesse num vale de ossos secos. Você faz força para levantar. Então você levanta. Revive e vai procurar emprego”, explica Marlene, que é evangélica. Ela conta que já passou fome e seu principal objetivo é não permitir que as crianças que ajuda passem por isso. Muitos dos moradores da favela com 10 mil moradores costumavam garimpar comida no lixo. Foi isso que a motivou a começar. “Tenho muito dó de criança, não sei por que, começou do nada. Vejo uma com fome, pobrezinha, quero trazer para cá”, explica a ex-empregada doméstica.Tudo começou no final da década de 1990, quando Marlene trabalhava em uma padaria. Certo dia, em 1995, levou alguns pães que sobraram para a favela e distribuiu. Formou-se uma grande fila e ela então percebeu o tamanho da necessidade. Junto com a filha, Vanessa Garcia, 33, levou as crianças para a igreja evangélica que frequenta. Lá elas tinham aulas de teatro e de música. “Mas uma hora eu percebi que elas queriam mesmo era comer, porque não tinham comida em casa”, lembra. Marlene decidiu então pedir alimentos para conhecidos, como as ex-patroas e comerciantes. Logo já tinha quase 200 crianças dependendo dela. Naquela época, o Morro da Macumba sofria com uma guerra entre traficantes. As crianças eram usadas como soldados, ou como escudos e acabavam morrendo. “Fui falar com um chefe do tráfico e pedi para ele nunca mais usar uma criança”, lembra Vanessa. “Ele aceitou.” Dez anos depois de começarem a distribuição, Marlene e Vanessa decidiram usar um galpão que ficava no topo da favela. Em 2005 aquele local ainda era usado como ponto de tráfico e cativeiro de sequestros. “Falamos com os traficantes, mostramos o nosso projeto”, lembram. Surpreendentemente, eles saíram e o dono do espaço o cedeu à Marlene. Políticos não entram O Morro da Macumba tem centenas de barracos ainda sem saneamento básico. Vanessa resume: “Nossa comunidade é abandonada politicamente. Nenhum político volta.” Desde que foi oficializada como ONG, a Reviver decidiu que não receberia um centavo de nenhum governo, pois “políticos não entram”. O tráfico e o consumo excessivo e drogas continua sendo um grande problema na comunidade. Algumas crianças ajudadas pela ONG são filhas de presidiários ou de pessoas viciadas. Ou os dois. “Aqui a gente recebe as crianças mais pobres. A criança não tem culpa se o pai é bandido, toda criança é boa”, explica Marlene, que visita os barracos regularmente para conhecer as necessidades de cada família. Atualmente, Marlene fica no galpão das 8h às 22h, todos os dias. Conhece o nome (ou o apelido) de todas as 230 crianças que alimenta, as quais trata como filhos. O projeto cresceu e recebe diferentes apoios. Alguns empresários pagam as contas, doam comida. Os amigos ajudam a limpar e a Pastoral da Criança colabora doando metade dos alimentos. Muitos voluntários que trabalham ali são crianças que passaram pelo galpão e decidiram colaborar. As crianças que frequentam a ONG, além de receber comida passam quatro horas do dia no local, onde têm reforço em matemática e português e aulas de inglês e francês (dada por voluntários). Com informações de Folha

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