FACULDADE EXPULSA ESTUDANTE CRISTÃO QUE PREGOU O EVANGELHO NO CAMPUS: “DISCURSO DE ÓDIO” POR TIAGO CHAGAS
A intolerância às visões bíblicas sobe a cada dia ao redor do mundo, e
uma faculdade decidiu expulsar um aluno que usava o espaço público do campus
para pregar o Evangelho aos colegas. A Faculdade Georgia Gwinnett ignorou a
Primeira Emenda da Constituição dos Estados Unidos, que zela pelo direito à
liberdade de expressão, e expulsou Chike Uzuegbunam, um aluno cristão, por
considerar sua mensagem um “discurso de ódio”. Na justificativa, de acordo com
informações do portal The Christian Post, a reitoria da faculdade reconheceu
que a pregação do aluno estava dentro de uma “zona de liberdade de expressão”,
mas tomou a decisão de expulsá-lo por considerar que ele fez uso de “palavras
de guerra”. “[O aluno] usou uma linguagem religiosa contenciosa quando se
dirigiu a uma multidão, com uma tendência a incitar hostilidade”, acrescentou o
comunicado da instituição de ensino. Reação: A organização Alliance Defending
Freedom (“Aliança em Defesa da Liberdade”, em tradução livre), se mobilizou
para defender o aluno cristão e protocolou uma ação judicial contra a
faculdade. “Apesar de afirmar que valoriza a ‘diversidade’ e a ‘comunicações
aberta’, a Faculdade Georgia Gwinnett limita o discurso dos estudantes a duas
zonas de fala ridiculamente pequenas e censura o discurso que ocorre nessas
áreas”, destacou a ADF. No processo, a faculdade alegou que o aluno “proferiu
uma mensagem preconceituosa diretamente contra um grupo de ‘muitos indivíduos’,
enquanto estava em cima de um banquinho, e, ao fazê-lo, realmente causou
distúrbio”. Porém, os advogadaos da ADF argumentaram que “episódios idênticos
para limitar os discursos de ódio falharam”, e que a atitude da faculdade
configurava uma limitação da liberdade religiosa, já que o espaço dedicado ao
discurso livre fica aberto apenas 18 horas por semana no campus. As regras da
faculdade para uso do espaço exige que um formulário de “solicitição de área”
seja preenchido e entregue com três dias de antecedência, para que seja
analisado previamente. Ciente dessas regras, a ADF observou que o aluno recebeu
permissão para discursar no espaço, e seu tema não havia sido visto como
odioso. “Se os alunos quiserem falar – seja através de comunicação oral ou
escrita – em qualquer outro lugar do campus, então eles devem conseguir uma
autorização de funcionários da faculdade. Assim sendo, os alunos não podem
falar espontaneamente e precisam expor-se a uma variedade de sanções, incluindo
a expulsão da Faculdade”, reclamou o aluno. “A Primeira Emenda da Constituição
dos EUA garante a liberdade de expressão e de religião para cada aluno. Toda
escola pública – e especialmente uma faculdade estadual que deveria ser o
‘mercado de ideias’ – tem o dever de proteger e promover essas liberdades”,
salientou Travis Barham, um dos advogados da ADF. “Os estudantes não sentem que
sua liberdade de expressão está constitucionalmente protegida dentro dos
portões do campus“, acrescentou Barham. Casey Mattox, outro advogado da ADF,
também comentou o caso: “Os estudantes universitários de hoje serão os
legisladores, juízes, comissários e eleitores de amanhã. É por isso que é tão
importante que as universidades públicas modelem os valores da Primeira Emenda,
que elas deveriam ensinar aos alunos, e é por isso também que a repressão
deveria incomodar a todos da Faculdade Georgia Gwinnett e muitas outras que
estão comunicando a essa geração que a Constituição não tem importância”,
observou.
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