LAVA-JATO FAVORECE PLANO DE MARCO FELICIANO DE CANDIDATURA AO SENADO EM 2018, DIZ JORNALISTA POR TIAGO CHAGAS
Uma das principais figuras políticas do meio evangélico, o pastor Marco
Feliciano (PSC-SP) almeja ser candidato ao Senado no próximo ano, e para isso,
conta com duas peculiaridades: as duas vagas em disputa e as acusações feitas
aos políticos tradicionais na Lava-Jato. Feliciano, que atualmente exerce seu
segundo mandato como deputado federal, estaria estudando com mais afinco a
possibilidade de disputar uma das duas vagas para a chamada “câmara alta” do
parlamento brasileiro, já que o tucano Aloysio Nunes (PSDB), atual ministro das
Relaçõex Exteriores, foi citado na Lava-Jato, assim como Marta Suplicy (PMDB). A
jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, ressaltou que esses dois fatores
são os principais na motivação do pastor Marco Feliciano de trocar a eleição
certa para a Câmara dos Deputados – já que em 2010 teve 212 mil votos e em
2014, 398 mil – pela acirrada disputa ao Senado. “O pastor e deputado federal
Marco Feliciano (PSC-SP) quer disputar uma vaga ao Senado em 2018. E vê uma
vantagem competitiva: dois virtuais concorrentes –Marta Suplicy (PMDB-SP) e o
chanceler Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) – foram citados nas delações da
empreiteira Odebrecht”, informou Bergamo. Em 2014, quando considerou a hipótese
de tentar a candidatura ao Senado, Feliciano procurou o governador Geraldo
Alckimin (PSDB) para tentar receber seu apoio, e chegou a considerar uma troca
de partido, caso o tucano endossasse seus planos. Alckmin apoiou José Serra,
seu colega de partido, e Feliciano permaneceu no PSC e foi reeleito deputado. Atualmente,
o pastor assembleiano é considerado uma das figuras da política mais influentes
nas redes sociais em termos de engajamento, ficando atrás apenas do prefeito de
São Paulo, João Doria (PSDB); o procurador Deltan Dallagnol (líder da Operação
Lava-Jato); e o deputado Jair Bolsonaro (PSC), segundo o jornal Gazeta do Povo.
Se o critério for o número de seguidores, Feliciano novamente aparece entre os
cinco primeiros, à frente da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), e atrás do
apresentador Luciano Huck (que cogita ser candidato a presidente no próximo
ano); Aécio Neves (segundo colocado nas eleições presidenciais em 2014); e Jair
Bolsonaro. De acordo com informações do portal O Antagonista, Feliciano seguirá
os passos de Bolsonaro, “que já declarou que não fica mais no PSC”, e assim,
alcançar o sonho de sair candidato ao Senado. Em entrevista à Folha, Feliciano
se mostrou confiante em conseguir uma das duas vagas em disputa no Senado em
2018, por acreditar que sua rejeição é baixa: “Minha rejeição vem de um grupo
pequeno, os gays”.
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