ONU PEDE QUE ISRAEL RESOLVA A CRISE COM OS PRISIONEIROS PALESTINOS
O coordenador especial das Nações Unidas para o processo de paz no
Oriente Médio, Nickolay Mladenov, instou, nesta segunda-feira (29), Israel a
resolver a crise criada pela greve de fome de mil prisioneiros palestinos. O
protesto já dura quase dois meses. Em uma sessão do Conselho de Segurança para
abordar a questão palestina, ele assinalou, através de uma videoconferência de
Jerusalém, que o protesto realizado em rejeição às condições de vida desses
detentos deve ser resolvido em sintônía com os direitos humanos e as leis humanitárias.
De acordo com Mladenov, nos últimos dias, 60 prisioneiros em greve tiveram que
ser tranportados para hospitais pela deterioração da sua saúde, e outros 600
estão nas enfermarias dos cárceres israelenses onde estão presos. "Esta
situação é um lembrete, igual a morte de seis palestinos em diversos outros
incidentes, do custo humano do conflito", advertiu. Mladenov insistiu em
pedir sensatez e que se evite um maior tensionamento da crise. Segundo o
coordenador da ONU, não menos preocupante é o palco na Faixa de Gaza, bloqueada
por Israel desde 2007, e ainda sem recuperação da destruição gerada durante 51
dias de bombardeios por Tel Aviv no verão de 2014. O diplomata referiu-se a
deterioração humanitária nesse território de um milhão e 900 mil habitantes,
que além do desemprego, das restrições de movimento e de outros fenômenos,
sofre uma crise energética sem precedentes, traduzida em apenas quatro horas ao
dia com serviço de eletricidade. Mladenov pediu às facções palestinas Fatah e
Hamas que deixem de lado suas diferenças e trabalhem unidas em função da
melhoria da situação em Gaza. Fonte: Prensa Latina.
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