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MINISTÉRIO EM DEFESA DA FÉ APOSTÓLICA


PASTOR SERGIO LOURENÇO JUNIOR - REGISTRO CONSELHO DE PASTORES - CPESP - 2419

PASTOR PAULO FREIRE TERIA LIGADO A CGADB - CONVENÇÃO GERAL DAS ASSEMBLEIAS DE DEUS NO BRASIL, RECEBIDO R$ 400 MIL EM TROCA DE APOIO AO PT, AFIRMA DELAÇÃO DA JBS

O pastor Paulo Freire, deputado federal pelo PR-SP, filho do pastor José Wellington Bezerra da Costa, foi citado na delação da JBS como um dos beneficiários do esquema de corrupção mantido pela empresa em parceria com o Partido dos Trabalhadores (PT). O nome de Paulo Freire surgiu em declarações do empresário Joesley Batista à Procuradoria-Geral da República, durante a negociação para a delação premiada mais polêmica dos últimos meses. De acordo com informações do jornal O Estado de S. Paulo, o pastor Paulo Freire está listado em uma planilha com diversos políticos aliados do PT. Esse documento teria o registro do repasse de aproximadamente R$ 30 milhões feitos pela JBS ao então ministro da Fazenda, Antônio Palocci, que ficava encarregado de repassar aos políticos aliados. Freire teria recebido R$ 400 mil do fundo da JBS feito para a campanha de Dilma Rousseff (PT) e outros R$ 300 mil da campanha de José Serra (PSDB), em 2010. Na planilha de Palocci, há o registro de R$ 19,7 milhões de sobra de verba na campanha. O assessor de Palocci, Branislav Kontic, o Brani, preso com Palocci em 2016 durante a Omertá, a 35ª fase da Operação Lava Jato, fazia os repasses. Escândalos: O nome do pastor Paulo Freire vem sendo ligado a escândalos nos últimos meses. Além dessa acusação de envolvimento com o esquema de corrupção ligado à JBS e ao PT, o político paulista foi filmado em março último referindo-se aos colegas de ministério que se opunham à candidatura de seu irmão, José Wellington Jr. à presidência da Convenção Geral das Assembleias de Deus (CGADB) como canalhas e corruptos. A eleição para a presidência da CGADB se tornou um grande escândalo, marcada por ações judiciais e liminares, assim como a desobediência da entidade a uma ordem judicial que determinou a suspensão da votação, por suspeita de inscrições irregulares de mais de 10 mil pastores. A principal queixa da chapa opositora à eleição do pastor José Wellington Jr. era que o candidato não havia se licenciado do cargo de presidente da Casa Publicadora das Assembleias de Deus (CPAD), regra prevista no edital da eleição. Assim, com a manutenção da candidatura do filho do atual presidente, uma enxurrada de ações na Justiça foi aberta. Agora, a eleição está suspensa por causa da cassação da candidatura de José Wellington Jr. No entanto, a chapa situacionista que continua controlando a entidade anunciou a vitória do pastor em uma manchete no portal da CGADB e em uma matéria da revista Mensageiros da Paz. O pastor José Wellington Bezerra da Costa, pai dos pastores Paulo Freire e José Wellington Jr, preside a CGADB desde 1988, derrotando nas duas últimas eleições o pastor Samuel Câmara, seu ferrenho opositor político na entidade. Este ano, o patriarca do clã Bezerra da Costa preferiu ceder a candidatura ao filho, como num rito de passagem de comando.

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