TRAFICANTE TEM ENCONTRO COM DEUS E HOJE TIRA JOVENS DO VÍCIO PASTOR VICTOR TORRES CALCULA QUE JÁ AJUDOU 20 MIL PESSOAS A MUDAREM DE VIDA POR JARBAS ARAGÃO
Victor Torres tinha apenas 12 anos quando cometeu seu primeiro crime:
esfaqueou um homem. Aos 14 anos, já estava viciado em heroína e começou a
traficar. Quando chegou aos 18 anos, havia sido preso três vezes e tornara-se
um dos líderes de gangues mais temidos da cidade de Nova York, onde morava. Hoje,
ele é um evangelista e conta que já ajudou milhares de jovens a abandonarem a
dependência das drogas e a vida de crime. “Minha história é uma prova que, não
importa quão difíceis sejam as circunstâncias, não importa o que você sinta ou
faça de errado, a redenção é possível”, afirmou Torres ao The Gospel Herald.
“Eu quero que as pessoas saibam que tudo o que possam estar enfrentando, sejam
drogas ou qualquer outro tipo de vício, nada é difícil demais para Deus”. A comovente mudança de vida experimentada
por Torres é o tema do filme “Victor”, que acaba de estrear nos Estados Unidos.
“Deus realmente usou este filme de forma poderosa, e isso afeta vidas”,
acredita Torres. “O objetivo é oferecer uma nova compreensão sobre o que a
esperança pode fazer. De fato, é disso que o mundo precisa hoje”. Na década de
1960, a família de Torres mudou-se de Porto Rico para o Brooklyn. Ele ainda era
criança, mas lembra bem de como a adaptação foi difícil. “O ambiente era
bastante pesado”, destaca. “Eu brigava na entrada e na saída da escola todos os
dias. As coisas eram bastante difíceis no bairro onde eu estava crescendo”,
sublinha. Ele conta que juntar-se a uma gangue foi o primeiro passo, depois
veio o desejo de ganhar dinheiro fácil e o vício das drogas. Todos achavam que
seu futuro era morrer nas ruas, como a maioria dos seus amigos. Mas Deus interveio.
Sua mãe havia se convertido naquela época e começou a orar pelo seu filho
incansavelmente, crendo que só Deus o salvaria da dependência química. “Às
vezes, eu chegava em casa às 3 da manhã e a única coisa que eu ouvia era a voz
da minha mãe, orando em seu pequeno quarto”, ressalta. “Eu costumava brigar com
ela por causa isso. Gritava e pedia para que parasse, mas ela estava
determinada a ver Deus mudar minha vida”. Dentro de pouco tempo o jovem
conheceu o pastor David Wilkerson, que fundara poucos anos antes o ministério
Desafio Jovem. “Eu estava tão desesperado quando cheguei aos 20 e poucos anos”,
lembra Torres, que apenas de “não querer nada com a religião” aceitou ir para o
centro de recuperação indicado pela mãe. Internado, Torres sofreu muito para
abandonar a heroína. “A única coisa que me receitaram foi oração e Bíblia”,
lembra. No terceiro dia, seu corpo todo tremia e doía pela falta das
drogas. Desesperado, ele caiu de
joelhos, chorando e clamando a Deus por libertação. “Eu disse: Deus, não posso
mais viver desse jeito. Preciso mudar. Se é verdade o que a minha mãe prega,
por favor, dê-me a força e o poder de mudar”. Ele não ouviu uma resposta
audível, mas conta que quando se levantou, sabia que havia tido um encontro com
Deus. “A partir dali minha vida mudou. Tomou um rumo completamente diferente”,
comemora. Após se libertar das drogas, Torres foi discipulado, treinado e
passou a dedicar sua vida a ajudar outros que, como ele, viviam no vício. Em
1971, ele e sua esposa, Carmen, abriram um centro de recuperação na cidade de
Richmond, Virginia. Ao longo dos últimos 46 anos, calculam que já ajudaram mais
de 20 mil jovens, homens e mulheres a superarem o vício. Acima de tudo, o
pastor Torres acredita que sua história é um exemplo do poder da oração.
“Acredito que a cultura da droga é algo demoníaco. O inimigo está usando isso
para destruir vidas, especialmente as dos jovens”, disse. Ele tem uma mensagem
para os pais cujos filhos estão lutando com o vício: “Nunca desista. Lembre-se
de que Jesus morreu na cruz por que os ama. Só Jesus pode quebrar essas cadeias
que prendem as pessoas no vício”. Ele também acredita que os pastores deveriam
pregar a Palavra de Deus aos jovens, “como nunca antes, porque eles estão
procurando onde se agarrar”. Encerou dizendo que muita gente dizia que sua mãe
deveria desistir dele. “Mas ela nunca deu ouvidos. Minha mãe apenas dizia: “Eu
acredito que Deus vai responder a minha oração. Bem, ele respondeu”.
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