PAIS PROTESTAM CONTRA IDEOLOGIA DE GÊNERO EM ESCOLA DE BH OS PAIS DOS ESTUDANTES DO COLÉGIO SANTO AGOSTINHO ESTÃO EXIGINDO QUE A INSTITUIÇÃO DEIXE DE MINISTRAR AULAS SOBRE `DIVERSIDADE DE GÊNERO´ E `SEXUALIDADE´ PARA OS ALUNOS FONTE: GUIA-ME
Uma escola da grande Belo Horizonte (MG) está sendo alvo de críticas de
um grupo de pais e responsáveis pelos estudantes, devido à ministração de aulas
sobre 'diversidade de gênero' (ideologia de gênero) e 'sexualidade', o que
incluía a abordagem de subtemas, como homossexualidade, bissexualidade,
transexualidade, prostituição, masturbação, entre outros. O Colégio Santo
Agostinho foi notificado - em suas três unidades, espalhadas pela grande BH -
com um documento produzido pelos familiares dos estudantes exige que a
instituição cancele a ministração das aulas com este tipo de conteúdo. O grupo
que assinou a notificação oficial expressou sua insatisfação com a apresentação
desses assuntos e argumentou que cabe à família educar os estudantes sobre
estes assuntos. O documento foi produzido e apresentado em forma de notificação
extrajudicial à Sociedade Inteligência e Coração (SIC), que é mantenedora das
três unidades do Colégio Santo Agostinho (BH, Contagem e Nova Lima). Normalmente,
uma notificação extrajudicial antecede - tentando até mesmo evitar - um
processo na Justiça e representa um comunicado para que o órgão notificado
fique ciente do problema resolva a situação, antes que ele seja acionado
judicialmente. O jornal 'Estado de Minas' confirmou com pais representados pelo
documento que existe essa solicitação junto à escola, mas eles disseram que têm
interesse de conversar com a imprensa sobre o assunto, apenas depois que o documento
for efetivamente registrado e protocolado. O próprio colégio confirmou que nos
meses de abril e maio recebeu cartas com teor semelhante ao da notificação e
que enviou um comunicado aos pais, disponibilizando seus diretores para atender
e tirar dúvidas que os pais julgassem contundentes. Notificação: No texto da
notificação extrajudicial, datada de 3 de julho, mães e pais assumem que estão
“sinceramente preocupados com a inserção de conteúdos atinentes à sexualidade e
questões de 'gênero' nas mais diversas matérias do currículo escolar, inclusive
e principalmente, em Ensino Religioso e Ciências”. "Referidas matérias não
devem ser expostas a nossos filhos, salvo pela própria família",
acrescentou o texto, afirmando que os mecanismos da legislação grantem este
direito da Família, como o Código Civil Brasileiro, o Estatuto da Criança e do
Adolescente, a Convenção da ONU sobre os Direitos das Crianças e a Convenção
Americana de Direitos Humanos. Os pais também afirmaram que no início do ano
foi enviada uma carta assinada por mais de 200 pessoas às direções das três
unidades, querendo entender o posicionamento e a postura da escola sobre a
questão, já que não houve nenhum tipo de notificação aos responsáveis pelos
alunos sobre a ministração dos temas em questão. Os pais ainda ressaltaram o
efeito negativo que esses assuntos podem ter, quando abordados com crianças e
adolescentes, quando expostos de forma obrigatória e se transformando em uma
“ditadura da educação”, trazendo “graves consequências”. Em nota, o Colégio
Santo Agostinho afirmou que é “responsável pela educação de cerca de 12 mil
alunos, com diferentes confissões e crenças religiosas” e que “aborda os temas
humanos, sociais e religiosos na perspectiva do Ensino Religioso como área de
conhecimento, amparada na legislação vigente e nas próprias orientações da
Igreja”.