MAGNO MALTA 'SE CANDIDATA' A VICE DE BOLSONARO NA DISPUTA À PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA

Embalado pela onda conservadora que cresce no eleitorado brasileiro, o senador Magno Malta (PR) busca uma alternativa para se manter no jogo político. Em entrevista ao Estadão, o parlamentar se coloca como um candidato a dividir o palanque com o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) na disputa à Presidência da República. A busca pela composição com o presidenciável é uma saída para evitar o duro confronto que poderia ter pela frente com o deputado estadual Amaro Neto (SD) pela disputa da vaga ao Senado. Amaro tem popularidade muito forte e Malta não tem mais tanta densidade com o eleitorado capixaba, depois de dois mandatos de senador. Bolsonaro que aparece hoje em segundo lugar na corrida presidencial (16%) em um empate técnico com a ex-senadora Marina Silva (Rede), segundo pesquisa Datafolha, tem se mostrado um ator político competitivo para a disputa do próximo ano. Com um discurso de grande densidade com o eleitorado, e um trabalho de mídia muito forte, seu palanque é hoje uma realidade cada vez mais próxima para o cenário eleitoral de 2018 e atrai forças políticas com uma linha de pensamento mais conservadora. Ao Estadão, Malta confirmou sua aproximação com o deputado federal. "Temos conversado que, em 2018, todos estaremos juntos, independente de posições. Aliás, não só eu e ele, mas todos aqueles que repudiam esse modelo esquerdopata que destruiu o País", afirmou Estado/Broadcast Político. O senador que participou intensamente das campanhas de Lula e Dilma país afora, mudou seu discurso em meio à crise do PT e agora dispara contra o modelo político adotado no país pelo partido. Ainda ao Estadão, Malta não descarta ser o cabeça de chapa, com Bolsonaro como vice. "Quem pode ser vice também pode ser o verso", disse. Magno Malta tentou emplacar uma candidatura a presidente em 2014, mas o PR não deu apoio ao seu palanque. Embora haja outros interessados em acompanhar Bolsonaro no palanque em 2018, como o deputado federal Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), o presidenciável demonstra simpatia pela companhia do senador pelo Espírito Santo.