CONVERTIDO AO EVANGELHO, HOMEM “ENTREGA” MAIS DE 20 CRIMINOSOS E EVITA ASSASSINATO DE PROMOTOR
A conversão de um criminoso levou a uma operação da Polícia que terminou com a prisão de outros 24 envolvidos em um plano de assassinato de um promotor que atua em uma cidade do interior do estado de São Paulo.
A operação, batizada pela Polícia Civil de Judas Iscariotes – em referência ao discípulo traidor de Jesus – foi feita em conjunto com o Ministério Público Estadual, e prendeu, ao todo, 25 suspeitos de integrarem uma organização de traficantes de drogas na cidade de Rosana, localizada na região do Pontal do Paranapanema.
Segundo informações do jornal O Estado de S. Paulo, o alvo do plano de execução era o promotor público Renato Queiroz de Lima, que atua na cidade. O trabalho do promotor estaria incomodando os criminosos, que também podem ter ligações com outros grupos delituosos.
O delegado Ramon Euclides Guarnieri Pedrão, um dos envolvidos na operação, afirmou que as investigações foram iniciadas a partir de denúncias anônimas, e ganharam relevância depois que um dos envolvidos se tornou evangélico e decidiu “entregar” o plano do grupo.
“Observamos que pequenos grupos de traficantes formavam uma rede em que os líderes se comunicavam e faziam referência a uma liderança maior. Eles se ajudavam e trocavam informações”, disse o delegado.
Rosana é uma cidade na divisa com o estado do Mato Grosso do Sul e faz parte da rota dos carregamentos de drogas procedentes do Paraguai. Pedrão confirmou que uma testemunha prestou depoimento sob sigilo e expôs o plano contra a vida do promotor Queiroz de Lima.
“Foi uma menção clara de dar um tiro no promotor de Justiça que atua no enfrentamento do tráfico de drogas no município. Com as prisões, vamos prosseguir as investigações, em parceria com o Ministério Público”, pontuou.
A Operação Judas Iscariotes contou com apoio da Polícia Militar, que acompanhou a ação com um helicóptero e cedeu cães farejadores para a busca de drogas, e a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP).
Os suspeitos tiveram prisão temporária decretada pela Justiça e diversos celulares, rádios comunicadores e entorpecentes foram apreendidos. A operação descobriu ainda que os grupos atuavam como uma espécie de varejo do crime, sempre trabalhando com pequenas quantidades de drogas.
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